Instituição, com sede na Colônia Rio Bonito, atende cerca de 150 alunos com necessidades especiais e oferece ensino e qualidade de vida a eles/Paulo Sava

Oferecer ensino e qualidade de vida para os alunos é a missão dos profissionais que atuam na Escola José Duda Júnior, a APAE Rural de Irati. A instituição, localizada na Colônia Rio Bonito, atende cerca de 150 alunos de todas as idades com necessidades especiais, oferecendo atividades como marcenaria, jardinagem, artesanato, esportes, natação, entre outros.

A Rádio Najuá visitou a instituição nesta quinta-feira, 14, e patrocinou o lanche com o “X Solidário”, campanha do Grupo Ivasko realizada em prol da Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (ANAPCI). No período da tarde, o Bonequinho Najuá fez a festa dos alunos.

Em entrevista, a diretora auxiliar Nadicler dos Santos de Souza, destacou que o foco da instituição é escolar e pedagógico. “Então, nós temos desde a educação infantil, com a estimulação essencial e a pré-escola, o Ensino Fundamental, que é dividido em ciclos e etapas, e temos a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Dentro da parte pedagógica, os alunos recebem atividades dentro das disciplinas de português, matemática, ciências, geografia, ensino religioso, aulas de educação física e artes também”, frisou.

Além disso, a APAE conta com unidades ocupacionais de marcenaria, artesanato e jardinagem. Nestas alas, professores e instrutores trabalham atividades para desenvolver a qualificação dos alunos. “Na marcenaria, eles cortam cabides, trabalham com a madeira, fazem casinhas para passarinhos, diversificando as atividades que o professor e o instrutor vão propor para os alunos. No artesanato, a professora trabalha com várias lembrancinhas junto com as meninas para ofertar isto em aniversários. Além disso, o material também é feito para a venda”, comentou Nadicler.

O carro-chefe das atividades é a jardinagem, com a produção de mudas de flores e árvores frutíferas, que são vendidas para toda a região. Toda a renda é revertida para a APAE. Porém, segundo Nadicler, o principal objetivo desta atividade não é arrecadar recursos, mas sim desenvolver as habilidades nos alunos. “O objetivo é trabalhar o aluno para ele desenvolver sua habilidade. Quando produzimos um trabalho, colocamos à venda e o dinheiro arrecadado é para melhorar o ambiente onde eles estão trabalhando. Este é o objetivo de desenvolver este tipo de trabalho com os alunos”, pontuou.

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A professora Cleia Lúcia Dlugosz, que atua há 17 anos na APAE, é a responsável pelo setor de jardinagem. Atualmente, a escola dispõe de mudas de flores da época, semeadas pelos próprios alunos: tagete, begônia, tagete simples, crista-de-galo, Alisson, funcionária, petúnia, mini girassol, zínia e cravina. “Todas as flores são da época, feitas pelos alunos com orientação minha e da outra professora. Eles surtam, choram, dão risada, mas tudo isto fazemos com amor e carinho, e as flores estão bonitas”, frisou.
Para Cleia, ver o resultado dos trabalhos dos alunos nas estufas da instituição traz um sentimento de alegria. “Sim porque eles estão aqui, gostam de vir e se sentem donos daqui, pois isto pertence a eles, não é para mim nem para as professoras, a APAE Rural é dos alunos, aqui é um cantinho do céu”, comentou, emocionada.

Entre as mudas de árvores frutíferas, são produzidas laranjas, poncan e mimosas. Em breve, serão oferecidas cerejas e ameixas. Quem quiser adquirir mudas frutíferas ou de flores, pode se dirigir até a APAE Rural, na Colônia Rio Bonito. Seguindo pela Avenida Vicente Machado e indo em direção à localidade de Gonçalves Júnior, é possível ver as placas indicativas do local. O telefone para contato é (42) 3422-1122.

Qualidade de vida – Além de toda a estrutura pedagógica, a APAE Rural também oferece qualidade de vida para os alunos, segundo Nadicler. “Hoje temos piscinas cobertas, que estamos trabalhando para buscar o aquecimento, temos Academia da Terceira Idade, pista de caminhada e toda esta área verde que é ofertada para esta qualidade de vida”, comentou.

Estrutura – A chácara da APAE Rural conta com 9 alqueires de área, dos quais uma parte foi arrendada para um agricultor. O dinheiro obtido através deste arrendamento ajuda a custear melhorias, como pinturas, troca de portas e ampliação de salas, por exemplo.

Funcionários – A instituição conta hoje com 22 professores, além de atendentes, instrutores, auxiliares de serviços gerais, equipe administrativa e pessoal para serviços de apoio. Aproximadamente 50 pessoas trabalham no local. Entre os alunos matriculados, estão 50 cadeirantes. “Cada sala tem um atendente, porque, quem vem olhar, nossas turmas são pequenas, de 8, 10 ou 12 alunos, mas elas dependem de uma demanda de atendimento. Hoje, temos 50 cadeirantes que precisam de trânsito para deslocamento entre os blocos, precisa de ajuda para ir buscar e levar. Precisamos de uma equipe grande para desenvolver este trabalho”, frisou.

Desde setembro de 2022, a APAE Rural está centralizando todas as atividades da instituição em Irati. Antes, ela possuía outra unidade no centro de Irati. Porém, após uma recomendação da Secretaria de Estado da Educação (SEED), a diretoria da entidade decidiu unir todos os alunos na unidade rural. Desde então, o local vem recebendo diversas melhorias, oferecendo cobertura e acessibilidade para os alunos em toda a sua estrutura.

Alunos – Nossa reportagem conversou com alguns alunos da unidade também. Jaci disse que gosta muito de ajudar na jardinagem da chácara. “Gosto de varrer a chácara”, comentou. Já Thiago Léchiw Tozetto Fernandes, de 21 anos, disse que também gosta de ajudar na jardinagem. “Eu junto a grama, as pinhas, ajudo a professora Cléia e gosto da APAE”, comentou.

Eduardo Roberto de Paula se apresentou como defensor da Escola José Duda Júnior. Ele disse que é fã das duplas Victor e Léo e Munhoz e Mariano, além de gostar de música sertaneja, balada e rock. “Me apresento como defensor da Escola José Duda Júnior, gosto das músicas de Victor e Léo, Munhoz e Mariano, sertanejo, balada e rock. Eu toco violão”, comentou.

O aluno Cleverson também disse que é defensor da APAE de Irati. “Eu gosto de trabalhar, plantar florzinha, cortar grama, de plantar na beira da pista. É este serviço que nós fazemos aqui. Quem quiser vir visitar a APAE Rural pode vir para nós demonstrarmos o serviço que fazemos”, finalizou.