Em requerimento apresentado à Procuradoria do município, diretoria da Associação de Mulheres Artesãs do Sabão pede que novo prazo para desocupação seja de até 180 dias ou que o espaço continue sendo utilizado até que o prédio prometido pela administração municipal para abrigar a nova sede seja construído/Paulo Henrique Sava
Diretoria da AMASEG solicitou prorrogação do prazo para desocupação do Centro Comunitário de Engenheiro Gutierrez. Foto: Paulo Henrique Sava |
A Associação de Mulheres Artesãs do Sabão de Engenheiro Gutierrez (AMASEG) apresentou nesta terça-feira, 31, um requerimento ao município solicitando prorrogação do prazo para desocupação do Centro Comunitário do bairro, que terminaria ontem. No documento, a diretoria da entidade solicitou que o novo prazo seja de 180 dias ou que o espaço continue sendo utilizado até que o prédio prometido pela administração municipal para abrigar a nova sede seja construído.
A presidente da AMASEG, Rosângela da Luz Souza Gonçalves, disse à nossa reportagem que conversou com a procuradora Carla Queiroz, e confirmou que as mulheres foram autorizadas a continuar ocupando o local. Carla contou que recebeu o requerimento e que conversou com a diretoria da entidade. Tanto ela quanto o prefeito Jorge Derbli, que estão em viagem a Curitiba, irão analisar o pedido para depois emitir um posicionamento sobre o prazo a ser dado por parte do município.
No requerimento, a diretoria da AMASEG alegou que o pedido foi feito porque a entidade não teria outro local para continuar trabalhando enquanto a nova sede não for construída. Outra alegação é de que as mulheres deixariam de realizar seu trabalho social e ambiental de coleta de resíduos de óleo de cozinha, utilizados para a fabricação do sabão ecológico.
A diretoria da entidade também justificou a solicitação dizendo, no requerimento, que “ todo o trabalho de educação ambiental feito em escolas seria paralisado, prejudicando crianças e jovens” e que “as diversas parcerias entre a AMASEG e a Unicentro, em que alunos da universidade desenvolvem atividades voluntárias, seriam prejudicadas”.
O requerimento também apontou que haveria prejuízo no trabalho social desenvolvido pela associação há 15 anos. “Enfim, como a AMASEG não tem outro local para continuar trabalhando em prol do desenvolvimento social e ambiental, caso tenha que desocupar o Centro Comunitário de Engenheiro Gutierrez antes da construção da nova sede, todo um trabalho de 15 anos ininterruptos de ações sociais e ambientais seria interrompido”, justificou a diretoria da AMASEG.
A entidade solicitou apoio do Executivo municipal alegando que não está se negando a desocupar o Centro Comunitário de Engenheiro Gutierrez, mas sim que precisa de um tempo maior para isto. “Observando que a AMASEG em momento algum se nega a desocupar o Centro Comunitário, apenas precisa de um tempo maior para isso, contamos com a compreensão e o apoio dessa administração municipal e reiteramos aqui o nosso pedido de ampliação de prazo para a desocupação, para que as atividades da AMASEG não sejam interrompidas. Diante da certeza do deferimento de nosso pedido, desde já agradecemos”, destacou, em requerimento, a diretoria.
Em entrevista recente o secretário de Indústria e Comércio, Marcelo Rodrigues, destacou que a nova sede poderá ser construída no terreno ao lado do Centro Comunitário, que também pertence ao município. Caso isto não seja possível, existe a possibilidade da cessão de um espaço de cerca de 1500 m² no Condomínio Industrial da Vila São João, onde poderá ser construído um local adaptado às necessidades da Associação.