“Adesão a greve é a maior dos últimos tempos”

Afirmação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e região. Categoria solicita…

03 de outubro de 2014 às 14h27m

Afirmação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e região. Categoria solicita 12,5% de reajuste salarial

Paulo Henrique Sava

“A greve dos bancários, que teve início na terça-feira, dia 30, tem a maior adesão de todos os tempos na região.” É o que afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e região, Gilberto Lopez Leite.
    
Reivindicações

Em entrevista à Najuá, ele afirmou que todas as cidades da região aderiram ao movimento. Gilberto disse também que a greve deste ano iniciou com uma adesão maior dos bancários que em 2013. Ele afirmou que isso se deve principalmente as condições de trabalho que os bancários enfrentam no dia a dia das agências. 

“O bancário hoje não está em greve somente por uma questão salarial, o que pesa também são as condições de trabalho, são as metas abusivas e o assédio moral constante que ele vem sofrendo nas agências bancárias”, afirmou.

Para Leite, outras situações relacionadas a maiores investimentos em segurança, em saúde do trabalhador e contratação de pessoas melhorariam as condições de trabalho dos bancários e consequentemente haveria melhorias no atendimento a população. 

O presidente do sindicato afirmou que, enquanto não houver negociação com a Federação Nacional dos Bancos (FEBRABAN), o movimento tende a crescer ainda mais. 

“A gente espera que esse impasse todo para o qual os banqueiros, nossos patrões, nos empurraram, se resolva. Não necessitaria, justamente no setor mais lucrativo do país, os bancários estarem passando por uma greve. Eles poderiam sim chegar a um meio termo, numa situação que fosse boa para ambas as partes e resolvesse toda esta situação, o que evitaria o 11º ano consecutivo de greve desta categoria”, ressaltou.

Segundo Leite, além das melhorias nas condições de trabalho, os bancários solicitam 12,5% de reajuste salarial. Ele afirmou que os banqueiros ofereceram cerca de 7% de reajuste, o que significaria 0,6% de aumento real. 

“Enquanto outras categorias não tão lucrativas fecharam seus acordos reajustando seus salários com índices bem maiores, os banqueiros estão querendo rebaixar o salário dos bancários e não reconhecem o trabalho que tem trazido lucros recordes para todo o setor bancário”, pontuou.

O presidente do sindicato afirma que o Sindicato dos Bancários sempre esteve de portas abertas para as negociações. “Os banqueiros é que historicamente têm tomado esta atitude, esta postura realmente de se calar, de se fechar e de não continuar negociando e manter os bancários em greve ao longo dos anos. A gente espera que o banqueiro tenha bom senso e sensibilidade, pois esta não é uma negociação difícil se resolver, mesmo porque não estamos negociando com uma empresa quebrada”, ressaltou.

Adesão na região

Além das agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, funcionários dos bancos privados também estão aderindo à greve. De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Marcos Constantin, em toda a região 64 agências bancárias aderiram a paralisação. 

Em Irati, as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão fechadas desde terça-feira, 30, e os bancos privados fecham suas portas a partir desta sexta-feira, dia 3. Na região, agências do Banco do Brasil de Rebouças e Teixeira Soares estão fechadas. Em Palmeira, todas as agências permanecem fechadas.

Em Ponta Grossa, além das agências dos bancos estatais, pelo menos uma agência de cada banco privado está fechada, para que não haja total prejuízo no atendimento a população.



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