Rio Azul será sede de Ciclo de Conscientização do fumo no 2º semestre
Evento será realizado no dia 30 de agosto, conforme anunciado pelo assessor de relações institucionais do Sinditabaco, Sérgio Hauber que particiou de uma reunião nesta quarta-feira com o prefeito de Rio Azul, Paulo Clazer de Andrade
Rodrigo Zub
Com o objetivo de esclarecer e dar dicas aos fumicultores sobre saúde, segurança e proteção da criança e do adolescente, o Sindicato da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) realiza todos os anos o evento denominado “Ciclo de Conscientização”.
© Rodrigo Zub
Hauber explica ao prefeito de Rio Azul como irá funcionar o evento
O encontro que acontece desde 2009, no estado do Rio Grande do Sul, será realizado pela primeira vez no Paraná, conforme anunciado hoje pelo assessor de relações institucionais do Sinditabaco, Sérgio Hauber que participou de uma reunião na manhã desta quarta-feira no gabinete da prefeitura de Rio Azul, com o prefeito Paulo Clazer de Andrade.
Segundo Hauber, a cidade de Rio Azul foi uma das duas cidades do Paraná escolhidas para receber o evento (a outra será Rio Negro) em virtude de ser o maior produtor de tabaco do Estado. Por isso, Hauber acha necessário que haja um trabalho de orientação dos produtores para questões importantes, como a aplicação dos agrotóxicos e o uso dos aparelhos de proteção.
“Estamos no município de Rio Azul para comunicar ao Prefeito que, no dia 30 de agosto, estaremos aqui com o Sindicato e a Afubra, para realizar esse evento que tem o objetivo de orientar o produtor para que ele se proteja no momento da aplicação dos agrotóxicos, na destinação adequada das embalagens, que use capa de colheita, e todo esse trabalho estará sendo reforçado com esse Ciclo de Conscientização”, explica Hauber.
Uma das principais finalidades do ciclo de conscientização é combater o trabalho infantil. Perguntado sobre as maneiras de proteger a criança e o adolescente, Hauber afirmou que desde 1998 existe um programa de erradicação para que menores de idade não trabalhem nas lavouras de fumo, principalmente em função dos riscos causados a saúde em razão da grande quantidade de agrotóxicos utilizada pelos agricultores.
De acordo com Hauber, apesar de muitas famílias serem obrigados a utilizar o trabalho de seus filhos nas lavouras de fumo, pois não tem condições de contratar um profissional para realizar este tipo de serviço, ele entende que o produtor precisa se conscientizar que existe uma legislação a ser respeitada e para que o país continue sendo um produtor forte de tabaco, essa situação precisa ser extinta. “O produtor deve ter a consciência que nossos clientes lá fora, que importam nosso tabaco, não aceitam essa situação de trabalho infantil, e assim sendo, pode prejudicar a exportação. Acreditamos que com essa conscientização, esse hábito cultural irá acabar, mas sabemos que demanda um pouco mais de tempo, mas essa campanha será realizada com sucesso”, acredita.
Diversificação da atividade
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Hauber defende diversificação das culturas
Outra sugestão que deverá ser apresentada pelos representantes do Sinditabaco durante o evento, será para que os fumicultores explorem outros tipos de lavoura e não trabalhem somente com a monocultura do tabaco. “Esses produtores podem desenvolver outros cultivos, já que o tabaco usa praticamente apenas 15% da propriedade e é extremamente importante que o agricultor tenha culturas de subsistência, ou outra atividade que possa reforçar o orçamento familiar”, entende Hauber.
* Colaboração de Renata Lima