O comandante da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), major Joas Carneiro Lins, avalia de forma positiva o resultado da Operação Natal, que iniciou em 30 de novembro e se encerrou na segunda (24). As ações e operações concentraram o efetivo em locais com maior circulação de pessoas e de valores, como áreas comerciais centrais e de bairros e agências bancárias, por exemplo, em decorrência do aumento da circulação de pessoas no comércio para as compras de final de ano e iniciaram simultaneamente ao início do horário estendido nas lojas e ao pagamento da parcela do 13º salário.

“Fechamos o balanço com saldo positivo de atividades desenvolvidas pela Polícia Militar. Vale a pena ressaltar que temos o apoio do Batalhão de Patrulha Escolar (BPEC), da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. Tivemos a aplicação do policiamento extraordinário, que seria a aplicação desses policiais que trabalham no expediente [administrativo]. Compusemos viaturas e nos horários específicos para a atividade de comércio, nós alocamos essas viaturas com os policiais”, diz.

O major destaca que, com o aumento da circulação de dinheiro nas ruas, em função do pagamento do 13º salário e das compras de Natal, coube aos policiais prestar orientações de segurança aos consumidores, aos comerciantes e a todos os que deixam suas residências durante as festividades, seja porque foi passar as festas na casa de familiares em outros bairros ou mesmo porque foi viajar.

Segundo Joas, a operação se encerrou sem que fossem registradas ocorrências de maior impacto, como roubos de malotes ou aplicação de golpes de estelionato – a exemplo do “golpe do paco” ou do bilhete premiado.

Questionado se ampliação da presença policial nas ruas desestimula a criminalidade, o comandante da 8ª CIPM opina que o trabalho da PM, nesse sentido, é o de ampliar a sensação de segurança. “Trabalhamos com a sensação de segurança. Não conseguimos mensurar a segurança, senão dessa forma. Se você me pergunta quantos policiais e quantas viaturas são necessárias: quanto mais, melhor. Quanto mais policiais e quanto mais viaturas rodando, mais se inibe a ação de marginais. A sensação de segurança também é voltada para a população nesse sentido, quando você aloca viaturas em pontos estratégicos, inibe a ação de marginais”, argumenta.

O trabalho estratégico da PM é feito com o levantamento de pontos específicos onde há registro mais frequente de ocorrências, onde é aplicado o efetivo. De acordo com Joas, essa presença policial ampliada não é mantida ao longo de todo o ano porque a atividade administrativa é muito importante para que se vença a atividade operacional. A aplicação de policiais que executam serviços administrativos.

“Não posso colocar todo o efetivo na rua se eu não conseguir dar condições de trabalho a ele, com o setor administrativo, que já é enxutíssimo. Trabalhamos com poucas pessoas no expediente. No passado, tínhamos mais policiais que desenvolviam atividades administrativas, tanto na área de trânsito, quanto na de transporte, de alimentação e de pessoal. Enxugamos esse efetivo colocando-o na escala operacional esses policiais. Mas eu não posso deixar de lado a administração, que trabalha com o planejamento”, justifica.

Hoje, cerca de 150 policiais militares atuam na área da Companhia, que abrange 10 municípios: Irati, Inácio Martins, Fernandes Pinheiro, Teixeira Soares, Imbituva, Rio Azul, Rebouças, Ipiranga, Ivaí e Guamiranga. 

“Aplicamos, aproximadamente, 30 a 40 policiais, dependendo de quando a ROTAM estava aplicada em Irati ou em outra região. Surtiu um efeito muito positivo. Tivemos que dar apoio para a Araupel [Guarapuava] e também para Ponta Grossa, que pediu apoio da ROTAM por conta de algumas festividades que ocorreram nesse período de Natal. Esperamos contar com as duas equipes todos os dias na nossa região de Irati”, conclui o major.

Todos os tipos de policiamento ostensivo, a pé e motorizado, foram empregados na operação, que inclui as equipes de motociclistas, ROTAM e Rádio Patrulha. O reforço do policiamento nas ruas será feito com o efetivo do serviço administrativo, além do policiamento já existente. O comando da PMPR estima que o emprego de policiais que atuam em serviço administrativo ampliou em até 20% a atividade policial nas ruas, nos turnos das 9h às 23h.