Saúde deve priorizar efetivação dos prontuários eletrônicos até 2020

17 de janeiro de 2019 às 10h25m

Houve um investimento do Município em informatização do Pronto Atendimento e das então 24 Unidades Básicas de Saúde em 2012, que não vingou

Da Redação, com reportagem de Jussara Harmuch 
A Secretaria de Saúde de Irati, a exemplo do que já ocorre em outros municípios, deve priorizar a efetivação dos prontuários eletrônicos até 2020. O prefeito Jorge Derbli (PSDB), ao retomar o expediente da Prefeitura no início do ano, organizou uma reunião com os secretários municipais e pediu que cada um elencasse a prioridade de investimento do setor para essa segunda metade do mandato.
Na Saúde, a opção foi pela efetivação dos prontuários eletrônicos até o final de 2020. Em entrevista na Rádio Najuá, o prefeito assegurou que será implantado ainda neste ano. Houve em 2012 um investimento do Município na informatização do Pronto Atendimento (PA) e das então 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS). A informatização das Unidades de Saúde as tornaria interligadas e agilizaria o atendimento de pacientes e a distribuição de medicamentos. O prontuário eletrônico seria acessado em qualquer uma das unidades, e exibiria um histórico clínico de cada paciente cadastrado. O projeto, entretanto, não chegou a vingar e vem sendo alvo de novas promessas desde então.
A implantação do prontuário eletrônico nas unidades de saúde foi uma proposição do Legislativo em 2011, através do PL 012/2011, do ex-vereador Rafael Felipe Lucas. Na ocasião, o também ex-vereador Vilson Menon alertou para a dificuldade de implantação do sistema, que poderia sofrer sobrecarga de dados e provocar ainda mais lentidão no atendimento, com crescente demanda.
“É uma rede em que cada paciente de Irati, cada iratiense que é tratado, por exemplo, em Gonçalves Júnior, imediatamente temos acesso aqui no centro, através do programa, para sabermos o dia em que ele foi atendido, o exame que foi solicitado, o remédio que foi entregue a ele. E depois, consegue-se acessar, pelo CPF, o histórico desse paciente para saber quais atendimentos ele recebeu”, comenta.
Na visão de Derbli, a informatização serve inclusive para economizar recursos da Saúde, porque inibe aquele paciente que costuma frequentar mais de um posto para pedir uma “segunda opinião”. “Por exemplo, o paciente vai no Riozinho, o médico atende, pede três exames e dá tal tipo de remédio. Duas semanas depois, ele vai no posto da Vila São João e não conta que foi no Riozinho. O médico, novamente, pede mais três exames, dá mais remédio. E, assim, sucessivamente”, diz.
Com o prontuário, o médico vai saber se o paciente já foi atendido, que exames foram solicitados e, até mesmo, seus resultados e o histórico clínico daquele paciente. O histórico clínico em mãos permite ao médico também indicar mais corretamente a receita para o paciente, considerando eventuais hipersensibilidades a seus componentes ou reações adversas, se houver.
“A Secretaria de Saúde, o Hospital [Santa Casa], o Consórcio de Saúde (CIS/Amcespar) e a Regional de Saúde (4ª RS), os quatro devem integrar um sistema só, para que resolva. Isso vai ajudar ao paciente a resolver o mais breve possível. Recentemente, quando fizemos uma triagem dos exames requisitados, para uma mesma pessoa foram solicitados em quatro, cinco postos diferentes”, ressalta.
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