Incidente ocorreu na Subestação da Copel em Rio Azul no último dia 11 e também afetou consumidores de Mallet e Paulo Frontin
Rodrigo Zub
O furto de cabos de aterramento na Subestação da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em Rio Azul causou transtornos para a população e prejuízos materiais para a empresa. O incidente foi registrado na segunda-feira, 11.
A Copel através de sua coordenadoria de Marketing que responde pelas regiões Centro-Sul, Oeste e Sudoeste informou a nossa reportagem por meio de nota que os ladrões cortaram um cabo que ocasionou a “queima de cinco equipamentos responsáveis pela distribuição de energia na região, deixando cerca de 11.500 consumidores sem luz nos municípios de Rio Azul, Mallet e Paulo Frontin”. Os dois últimos citados recebem energia da Subestação de Rio Azul.
Em função do problema, alguns moradores de Rio Azul ficaram mais de dez horas sem energia elétrica entre 11h30 e 22 h. Isso prejudicou os agricultores familiares, principalmente produtos de leite e fumo, que neste caso dependem da luz para realizar a secagem do produto nesta época de colheita da safra 2018/2019.
No dia do furto, a empresa conseguiu restabelecer o fornecimento de energia com um procedimento de remanejamento da carga. “Desde segunda-feira [dia 11], equipes de manutenção da Copel vem trabalhando na substituição dos equipamentos queimados, além da reposição dos cabos furtados e reparos nos demais componentes afetados pela ocorrência. Para agilizar a conclusão do serviço, foi montada uma força tarefa com equipes de Irati, Ponta Grossa e União da Vitória”, informou a Copel.
A empresa também relata que os reparos na Subestação, que fica nas proximidades do trevo do portal de Rio Azul na saída para a comunidade de Cachoeira dos Paulistas, foram realizados sem o corte de energia, o que poderia ocasionar mais prejuízos para os consumidores dos municípios atendidos.
Para evitar que situações como essa se repitam, a Copel está tomando algumas medidas de segurança. “A Copel está investindo na aplicação de novas tecnologias de vigilância e monitoramento nas subestações consideradas críticas para o sistema, a fim de evitar novas ocorrências semelhantes”, afirmou a empresa.
Segundo um funcionário da Copel que conversou com a nossa reportagem, o furto de materiais é um problema “crônico”. De acordo com ele, a situação se agrava porque existem pessoas que adquirem os materiais furtados. Os receptadores compram os produtos com valor abaixo do mercado e muitas vezes revendem. O funcionário citou como exemplo os cabos de cobre, que tem valor considerável. “Se as pessoas não comprassem material furtado não iam incentivar a prática desse crime”, resume o funcionário.