Corpo de Antonio Marcos Henich foi localizado por um morador de Cochinhos na manhã de ontem, 25. Bombeiros realizaram buscas durante cinco dias
Da Redação

O Subtenente Garcia, do Corpo de Bombeiros de Irati, contou detalhes do trabalho realizado pela corporação durante os cinco dias de buscas com o objetivo de localizar Antonio Marcos Henich. O corpo do artesão, de 51 anos, foi encontrado por um morador de Cochinhos nos fundos de uma chácara nas proximidades da BR-153, no trecho que faz limite entre os municípios de Irati e Imbituva, na manhã de quarta-feira, 25.
Ouça o áudio da reportagem no fim do texto
Garcia afirma que a guarnição recebeu o primeiro chamado por volta das 6h56 da manhã de sábado, 21, quando os bombeiros foram avisados pela Polícia Militar que o veículo Vectra da vítima havia caído no Rio das Antas na esquina da Avenida Vicente Machado com a rua Doutor Armando Van der Laars, nas proximidades do estádio Coronel Emílio Gomes. Depois de avaliar o local do acidente, os bombeiros retornaram ao quartel para fazer a preparação dos equipamentos que seriam utilizados para iniciar as buscas, que começaram no sábado, 21, com a participação de 12 a 14 profissionais.
“Inicialmente buscamos concentrar as buscas desde onde o carro caiu até um pouco à frente da Vila Nova quase chegando na BR-277. Segundo informações de populares esse rio estava cheio durante a madrugada. Tínhamos certeza desde o início que ele tinha rodado. Tinha descido rio abaixo. Embora já no sábado, 21, recebemos informações de várias pessoas e comentários que talvez não estivesse no rio que deveria ter acontecido outra coisa com essa vítima, mas nós desde o início sempre acreditamos que ele estava dentro do rio por causa dos fatores que levaram esse carro a cair. Por exemplo, a porta aberta, vidro quebrado, marcha engatada, pertences dentro do veículo. Foi observado também pelas guarnições o para-choque dianteiro bastante danificado significa que ele deve ter pego uma velocidade e caído de frente para o rio. A porta aberta também indica uma pista. Em outras ocasiões já foi encontrado veículo na água dois, três dias depois, mas com a porta fechada. Se estava com a porta aberta é porque alguém tentou escapar”, ressaltou o Subtenente.
Garcia explica que o Rio das Antas possui diferentes níveis de profundidade. Em alguns locais, o nível da água é raso. Por outro lado, a profundidade chega a dois metros na região do Fórum Eleitoral, da sede do Clube Atlético União Olímpico e da Vila Nova. “Como tinha informações que o rio estava cheio no dia [sábado, 21] possivelmente deve ter passado por cima do capô desse veículo coberto todo ele porque quando a guarnição foi chamada pela PM, que foi a primeira a receber o chamado, tinha sinais no banco que todo o carro estava submerso. Nós desde o início trabalhamos com a hipótese de um corpo mesmo não sabendo em que circunstancia ele caiu, como caiu, porque não tinha informações de pedido de socorro, mas nós sempre trabalhamos com a hipótese de um corpo dentro do rio”, comenta.
A partir de terça-feira, 24, o Corpo de Bombeiros passou a traçar outra estratégia depois que o nível do Rio das Antas baixou, já que na semana passada houve aumento no volume de água em função das chuvas. As equipes percorreram em torno de 17 km até a região do Ibama no limite com Imbituva. Nesse local, as buscas foram prejudicadas em função da presença de árvores, galhos e entulhos em pelo menos oito pontos.
O Subtenente relata que a guarnição estava na região de Cochinhos quando um morador da comunidade localizou o corpo da vítima na manhã de ontem, 25.
“Decidimos entrar direto pela Vila Nova e descer rio abaixo quando foi encontrado rio abaixo por volta das 9h15 na localidade de Coxinhos. Nossa guarnição estava 300 metros acima e logo, logo ia se deparar com o corpo. Desde cedo surgiram comentários talvez não teria se afogado, mas ele teria estado em estabelecimentos comerciais bares da cidade às 21 h e às 2 e pouco da manhã ele estaria no Parque Aquático, então tinha toda a certeza que ele estava dentro do rio. Tivemos demora sexta e domingo frio conserva o corpo e demora a subir. Com tempo seco, tem casos casos que conseguimos encontrar o corpo em dois dias”.