Deputado estadual do PSL afirma que, no momento, a fase é de reunir lideranças que pretendam formar o bloco de oposição ao atual prefeito Luiz Adyr
Da Redação, com reportagem de Rodrigo Zub
O deputado estadual Emerson Bacil (PSL) afirma que, ao menos por enquanto, não pretende concorrer à Prefeitura de São Mateus e que não é pré-candidato. O parlamentar destaca que, no momento, reúne lideranças interessadas em formar o bloco de oposição ao atual governo municipal do prefeito Luiz Adyr.
“As pessoas me perguntam: Emerson, você é pré-candidato? Não sou, hoje, pré-candidato. Amanhã, se você me perguntar é outra história. Hoje não sou e não tenho intenção de disputar as eleições esse ano. Mas quero e tenho a intenção de que uma pessoa que dispute em São Mateus, onde eu resido, seja uma pessoa que tenha o companheirismo as portas [abertas] para um diálogo, uma conversa, para que possamos discutir os problemas do município”, justifica.
Candidaturas na região
Em outros municípios da região que o deputado representa na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP), como São João do Triunfo, o PSL já discute nomes para concorrer à Prefeitura e fazer oposição ao atual gestor. “É a cidade onde me criei e onde, recentemente, meu nome foi aprovado para o título de cidadão honorário. Esses são os dois municípios [São Mateus do Sul e São João do Triunfo] que mais me deram votos na região”, comenta. O nome do pré-candidato a prefeito em São João do Triunfo é Odiney Bacil.
O PSL está formando diretórios e comissões provisórias nos municípios da região e pretende lançar candidatura própria em todos eles, conforme o deputado. “É um número próximo de 30 cidades em que montamos as [comissões] provisórias e, pelo menos, de 15 a 20 pré-candidatos a prefeito nós estaremos anunciando”, diz.
Em Irati, o nome indicado para concorrer, pelo PSL, é o do professor Ico Ruva. Bacil já passou pelos municípios de Prudentópolis, Teixeira Soares, Rio Azul, Paulo Frontin, Mallet e Paula Freitas em reuniões com as provisórias a fim de levantar nomes para concorrer aos pleitos municipais em 2020.
Segue no PSL
Bacil afirma que, apesar da aparente cisão entre os bolsonaristas, diante da crise com o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, e o trâmite iniciado pelo presidente Jair Bolsonaro para fundar uma nova sigla, denominada “Aliança Pelo Brasil” – ainda em fase de coleta de assinaturas – ele segue no PSL e mantém o apoio ao governo federal.
“Não é uma situação que chegou até nós no âmbito estadual. Continuo sendo bolsonarista, continuo sendo PSL, por ser um partido que acreditou em mim, que fez o convite para mim. Tenho respeito, acima de tudo, por esse partido. Estou trabalhando com ele por terem me dado condição para isso. Não tenho ‘janela’ para saída ou não; não tenho escolha. Agora é a janela dos vereadores a partir de 3 de março”, comenta.
A janela partidária é o período em que é permitido ao detentor de um mandato parlamentar troque de legenda sem perder o mandato por infidelidade partidária. Em 2007, três partidos (PSDB, DEM e PPS – atual Cidadania), acionaram o Supremo Tribunal Federal e pediram o mandato de 23 deputados que saíram de suas respectivas legendas. O STF entendeu que mandatos eletivos proporcionais pertencem aos partidos. Cargos majoritários – presidente, governadores e prefeitos – podem trocar livremente.
Mais tarde, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu quatro causas que permitem a um parlamentar trocar de partido sem perder o mandato: incorporação ou fusão de partido; criação de novo partido; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal. Foi este último o caso do deputado federal Alexandre Frota, eleito pelo PSL de São Paulo, com 156 mil votos. Expulso do partido após divergir do bolsonarismo, ele não perdeu o mandato e se filiou ao PSDB.