TCE-PR, no entanto, pode não autorizar cessão de imóvel em função do ano eleitoral. Empresa fabrica sachês de condimentos, como catchup, maionese, mostarda e molho verde
Edilson Kernicki, com reportagem de Rodrigo Zub e Paulo Sava
Empresa fabrica sachês de condimentos, como catchup, maionese, mostarda e molho verde. Foto: Divulgação |
A empresa Áurea planeja instalar uma unidade no Parque Industrial de Irati. Na semana que antecedeu o carnaval, o prefeito Jorge Derbli se reuniu com diretores da empresa e conheceu a fábrica, para tratar da possibilidade de instalar uma filial em Irati.
O entrave, nesse momento, fica por conta do ano eleitoral, uma vez que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) não autoriza a cessão de imóveis da Prefeitura. “A cada dois anos, temos um ano eleitoral. Um ano você pode trabalhar, no outro, não. Tudo fica travado, as coisas não acontecem. O jurídico me informou sobre a necessidade de fazer uma consulta ao TCE-PR quanto à cessão de terrenos e imóveis em ano eleitoral. Essas coisas atrapalham. Se as eleições fossem a cada cinco anos, desde vereador até presidente da República, ficaríamos em apenas um período preocupados com eleição e o resto preocupado em trabalhar”, reclama o prefeito.
De acordo com Derbli, para a instalação imediata, a Áurea Alimentos solicitou a cessão de barracões com área de pelo menos 4 mil metros quadrados. “Vimos alguns barracões que tem aqui para alugar, de empresas particulares, mas acabou não dando certo. Estamos vendo um terreno para eles construírem”, comenta.
A empresa que pode se instalar em Irati fabrica sachês de condimentos, como catchup, maionese, mostarda e molho verde, que são vendidos principalmente para lanchonetes, panificadoras e restaurantes. A fábrica também produz palitos de madeira (palitos de dente, de sorvete, de churrasco, entre outros), canudos biodegradáveis e guardapanos, entre outros suprimentos para lanchonetes e restaurantes.
A expectativa é que a futura unidade possa gerar até 300 empregos diretos no município. “Eles querem se instalar aqui, pois vendem muito para Argentina, Paraguai, Uruguai, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, diz.
Derbli ressalta que as empresas definem os municípios onde vão se instalar com base em características relacionadas às necessidades e que a estrutura demandada por elas não se limita a espaço em Parque Industrial e barracões. Conforme o prefeito, os empresários questionam sobre logística – acesso a rodovias, portos e aeroportos; se há hospitais e universidades com cursos relacionados ao que é produzido. “Hoje, eles analisam de modo geral, a logística, as estradas, as saídas, se tem linha férrea, asfalto, duplicação na BR”, acrescenta.