Concentração será às 15 h na Praça da Bandeira. Manifestantes solicitam que o presidente tenha mais autonomia para governar
Da Redação, com informações da Folha Press
Concentração dos manifestantes acontecerá na Praça da Bandeira neste domingo, 15, às 15 h. Foto: Google Maps/Arquivo |
Um grupo de iratienses promoverá uma manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 15. A concentração será às 15 h na Praça da Bandeira.
Os organizadores dizem que o movimento foi organizado em grupos de WhatsApp e recebeu adesão de pessoas de vários segmentos da sociedade.
A servidora pública de Irati, Ana Medeiros de Lima, que faz parte do movimento, afirma que o objetivo é fortalecer o presidente e pedir que ele tenha mais autonomia para tomar suas decisões. “Não tem fins políticos o movimento de domingo e nem queremos bandeiras políticas nessa data. É estritamente um movimento Pró-Brasil. Embora alguns participantes do grupo estejam filiados a partidos políticos, nem todos estão. Eu não estou filiada em nenhum. Meu partido é o Brasil. Esperamos os iratienses preocupados com os caminhos traçados pelo congresso e STF [Supremo Tribunal Federal] que venham para as ruas. Queremos fazer valer a nossa voz”, afirma Ana.
Os manifestantes convocam pessoas de outras cidades da região para aderirem ao movimento em Irati e defendem que o presidente não deve sofrer interferências externas para governar, pois foi eleito legitimamente com mais de 57 milhões de votos, ou seja, 55% dos votos.
“Nós brasileiros que estamos preocupados com o que o STF e o congresso estão tentando impor e fazendo negociatas que envolvem dinheiro para provavelmente fazer campanha política dos seus subalternos, não concordamos com isso. Nosso movimento é extremamente pacífico. É uma luta Pró-Brasil. Não existe balburdia, confusão. É um movimento pacífico em prol do nosso país. O povo unido é muito mais forte que os ministros e o congresso. Estaremos usando as cores da bandeira, verde e amarelo. O movimento tem como objetivo fortalecer o nosso Presidente e mostrar ao congresso e ao STF que estamos cansados das trapaças. Queremos que o presidente tenha mais autonomia. Afinal elegemos o presidente e queremos que o congresso e o STF parem de boicotar o governo. Estamos aqui nos solidarizando com o presidente e mostrando as vontades dos patriotas”, defende a servidora pública.
Suspensão das manifestações em virtude do coronavírus
O movimento “Nas Ruas” decidiu suspender a convocação dos atos a favor do governo após o presidente sugerir, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira, 12, que os protestos fossem suspensos devido ao aumento do número de casos de coronavírus. Até sexta-feira, 13, o Paraná havia confirmados seis casos no estado, sendo cinco em Curitiba e um em Cianorte. Esses pacientes permanecem em isolamento domiciliar, sem alteração no quadro clínico. Todos os casos foram importados da Europa. O Ministério da Saúde divulgou na sexta-feira, 13, que são 98 casos confirmados de novo coronavírus no Brasil.
Mesmo assim, o manifesto em Irati está mantido, segundo os organizadores. “O Bolsonaro pediu para repensarmos. Ele como estadista tinha que dizer isso. Porém, nós entendemos que se estão fazendo jogos, bailes e outros eventos, inclusive o carnaval não foi cancelado, não será esse manifesto a céu aberto que vai contaminar as pessoas”, diz Ana.
“Estamos mudando nossa forma de nos manifestar. No dia 15, estaremos online mostrando todo nosso apoio ao governo Bolsonaro e republicando as mensagens da população”, afirmou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), principal nome do movimento.
“O que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão. Se o governo não tomar nenhuma medida, o sistema não suporta. Como presidente da República, tenho que tomar uma posição. O movimento não é meu, é espontâneo e popular. Uma das ideias: adiar, suspender. E daqui a uns dois meses, se faça. Já foi dado um tremendo recado para o parlamento, sobre a questão das emendas de relatores”, afirmou Bolsonaro.
Na quarta-feira, 11, o presidente havia afirmado que “não convocou ninguém” para os atos. Um vídeo chamando para as manifestações, contudo, foi publicado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no mesmo dia. As manifestações provocaram descontentamento no Legislativo e no Judiciário. De acordo com a Folha de São Paulo, no início da semana, ministros haviam sugerido ao presidente que pedisse o cancelamento dos atos.