Campanha de vacinação contra a gripe atinge meta em Irati

Apesar de atingir metas grupos prioritários como gestantes, crianças e adultos de 55 a 60…

16 de julho de 2020 às 19h35m

Apesar de atingir metas grupos prioritários como gestantes, crianças e adultos de 55 a 60 anos ficaram com cobertura vacinal abaixo da meta

Vacinação contra a gripe atingiu 90,5% dos grupos prioritários, conforme o Departamento de Vigilância Epidemiológica

A campanha de vacinação contra a gripe em Irati atingiu a meta geral de 90% de imunização recomendada pelo Ministério da Saúde, segundo dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica. Entretanto, alguns grupos prioritários ficaram bem abaixo da meta proposta.
Uma das novidades neste ano foi a inclusão das pessoas entre 55 anos e 60 anos como um grupo prioritário. Porém, foi este grupo que menos teve imunização, cobrindo apenas 59,72% de pessoas nesta faixa etária. Gestantes e crianças também ficaram abaixo da meta.  Nas gestantes, a cobertura vacinal ficou em 65,62% e nas crianças, 71,06%.

Já outros grupos como idosos, profissionais de saúde e puérperas ficaram bem acima da meta proposta. Nos idosos, a cobertura foi de 111,35% e nas puérperas de 132,38%. Nos trabalhadores de saúde a cobertura atingiu 129% da imunização. Ao todo, a cobertura geral em Irati atingiu 90,5% de todos os grupos prioritários. A vacinação também foi realizada em clínicas particulares, atingindo a imunização de cerca de 22 mil pessoas no município.

A Secretaria de Saúde de Irati chegou a liberar a vacinação em pessoas de fora do grupo prioritário após o término da campanha, mas todas as doses que sobraram já foram aplicadas. “Agora não temos mais vacinas disponíveis, temos apenas reservada para as crianças a segunda dose. As crianças que receberam a primeira dose têm a segunda dose garantida pelas unidades de saúde. Mas além disso não temos mais”, explica a responsável pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica, a enfermeira Denise Homiak Fernandes.

Drive-thru
Devido à pandemia do coronavírus, uma modalidade que foi utilizada foi a vacinação por meio do drive-thru. As pessoas eram vacinadas dentro de seus carros, sem precisar ir em um local com aglomeração. “Foi uma modalidade diferente que nunca havíamos utilizado. Foi muito produtiva, rendeu bastante resultado mesmo. A população procurou, a população aderiu à ideia. Nós conseguimos vacinar muita gente sem estar expondo as mesmas às aglomerações”, explica Denise.

A boa adesão é importante, já que a vacinação ajuda a imunizar a população. “Temos vários vírus que provocam a síndrome respiratória, a síndrome gripal, que estão circulando. O principal deles é o coronavírus, que por enquanto não tem vacina. Porém, nós temos os outros vírus que também provocam as síndromes gripais na população. Com o acompanhamento e monitoramento rigoroso que temos feito das síndromes gripais com exame, nós temos identificado que ainda tem os outros tipos de vírus circulando, não é apenas o coronavírus. Então para esses outros tipos de vírus nós temos a vacina que protege. Como não consigo vacinar contra o coronavírus, vacinando contra Influenza estou imunizando dos outros tipos que estão circulando”, conta a enfermeira.

Síndrome respiratória
De acordo com Denise, os casos de síndrome respiratória aumentaram neste ano. No entanto, ela alerta que o ano é atípico por causa da pandemia.

Uma das situações é a questão da procura por atendimento que pode influenciar no número de casos totais. Antes, a recomendação para quem tivesse algum sintoma gripal leve era de que não buscasse atendimento. Porém, a recomendação mudou. “Todas as pessoas que apresentem sintomas graves gripais, por mais que sejam leves, a orientação é que procure a unidade de referência para estar fazendo a coleta de exame para identificar qual é o tipo de vírus que está provocando a síndrome gripal”, destaca.

Por isso, os números podem ter aumentado. “Esse ano com a pandemia do coronavírus como todas as pessoas estão procurando atendimento e a orientação é notificar e coletar exame, por isso vamos ter um número bastante elevado. Os outros anos, as síndromes gripais em geral não eram de notificação compulsória, então só ficávamos sabendo de casos graves que internavam”, relata a responsável pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica.

Mais de 700 exames já foram realizados para verificar se os sintomas poderiam ser de coronavírus.

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