Segunda fase da VII Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF) acontece de sexta-feira, dia 21 de novembro, a domingo, dia 23 de novembro/Marina Bendhack com entrevista de Paulo Sava

Resumo
- A 2ª fase, nacional, da VII Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF) acontece de sexta-feira, dia 21 de novembro, a domingo, dia 23 de novembro em Irati.
- A prova acontece na sexta-feira, mas sábado terá uma série de atividades, oficinas, palestras, minicursos e a premiação domingo.
- A abertura e fechamento do evento, sendo na sexta-feira, dia 21 às 19h e domingo, dia 23 às 9h, respectivamente, serão abertos ao público e realizados no Pavilhão do Parque Aquático.
O câmpus Irati do Instituto Federal do Paraná (IFPR) sediará a segunda fase da VII Olimpíada de Matemática das Instituições Federais (OMIF). O evento contará com a participação de cerca de 450 estudantes de todo o Brasil. A abertura oficial será na sexta, dia 21 de novembro, às 19 horas, no Pavilhão do Parque Aquático, que será palco também do encerramento no domingo, dia 23 de novembro, a partir das 9h. A abertura contará com show da banda Rádio Radar às 21h e, assim como o fechamento, é aberta ao público.
Os professores de matemática e membros da comissão organizadora da OMIF Laynara dos Reis Santos Zontini e Diego Dutra Zontini, e a diretora do campus Irati do IFPR, Patrícia Tiumann, contaram detalhes sobre o evento em entrevista à Najuá.
A abertura do evento ocorrerá na sexta-feira, às 19h, no Pavilhão do Parque Aquático, mas antes disso, será realizada uma feira científica na sexta-feira de manhã, no câmpus Irati, também aberta à comunidade, reitera Laynara, que é coordenadora da pesquisa e extensão do campus Irati.
“Sexta-feira de manhã tem credenciamento e tem uma feira científica, uma amostra de banners que está aberta à comunidade. Quem quiser vir ao campus de Irati na sexta de manhã, vai ser muito bem-vindo. Sexta à tarde o pessoal vai fazer prova, aí aqui vai estar bem quietinho na sexta-feira, que eles vão estar em sala fazendo prova, concentrados. […] No sábado, palestras, oficinas, minicursos, o dia todo. Uma programação bem ampla para darmos conta desse pessoal e, domingo de manhã, o encerramento no Pavilhão do Parque. A abertura e o encerramento vão ser no Pavilhão do Parque Aquático. O pessoal está convidado, a comunidade que quiser prestigiar, estar lá com a gente, será muito bem-vindo”, convida a professora.
Diego pontua que a segunda fase da OMIF é um evento grande, no qual representantes de todos os estados do Brasil participam da olimpíada. O professor reforça que uma das intenções do evento é trazer a comunidade para dentro do Instituto Federal.
“A gente está com em torno de 450 estudantes do Brasil todo vindo participar dessa Olimpíada e são alunos destaques já, alunos que já ficaram em primeiro, segundo lugar do seu campus. Junta os melhores do Brasil para esse momento e é uma Olimpíada grande, acho que essa organização toda desde o começo, junto com a direção do campus, apoio da prefeitura, da ACIAI, vários parceiros trabalhando junto, a gente tem conseguido trazer o evento para o município, um evento grande que em geral são feitos nas capitais e a gente tá conseguindo trazer aqui para a nossa cidade”, relata Diego.
Para ser sede desta etapa, todos os campus do país interessados em participar se candidatam por meio de um edital. O principal fator para ser aceito é que o campus possua recursos para fornecer alimentação, alojamento e condições gerais de organização do evento, diz Laynara.
“Tem um evento que integra professores e estudantes da rede federal para celebrar mesmo esse gosto pela matemática. Então, tem a prova na sexta-feira, mas sábado vai ter uma série de atividades, oficinas, palestras, minicursos e uma equipe de professores corrigindo a prova para fazermos a premiação domingo. A gente faz uma movimentação muito grande, olhar para o campus Irati e perceber: ‘nós temos salas o suficiente? Temos banheiro com chuveiro?’. Precisamos olhar todas essas estruturas e o campus Irati dá conta e vai conseguir acolher muito bem todos que estão vindo”, relata.
“Queremos deixar o nosso campus reconhecido nacionalmente, a nossa cidade também, como uma cidade que celebra a educação, que valoriza a ciência, a tecnologia e a educação e valoriza a matemática e os estudantes. A gente vê que eles vêm aqui para a Olimpíada e eles engajam nos estudos, eles têm um futuro melhor, a gente já tem ex-alunos que passaram pelas Olimpíadas e hoje estão em cursos superiores e estão participando das áreas das exatas e contribuindo com a sociedade de modo geral. Eu acredito realmente que faz diferença para a nossa história trazer um evento desse porte para nossa cidade, para o nosso campus”, continua a professora.
O objetivo das Olimpíadas é poder proporcionar aos estudantes o desenvolvimento do interesse pela matemática, pois a OMIF não é apenas uma prova, explica Diego.
“As Olimpíadas são feitas com a ideia de incentivo da matemática, incentivo ao estudo da matemática. Nós juntamos estudantes que têm um interesse em comum para discutir, conversar sobre isso. Porque muito além da prova, é esse momento de palestras, minicursos em que eles se juntam, tem essa discussão toda que muitas vezes as principais, a maioria das Olimpíadas são constituídas apenas de prova, então é só uma competição, e a gente faz questão de que não seja apenas uma competição. Tem a parte da competição, mas é um evento de matemática, é um momento que os estudantes sentam para discutir matemática. Isso traz um engajamento, um gosto pela matemática, que é um dos objetivos que a gente precisa desenvolver nos nossos estudantes”, reitera o professor.
A diretora do câmpus Irati do IFPR, Patrícia Tiumann, diz que o evento só está sendo realizado por conta das parcerias feitas com o município.
“Essa parceria tem acontecido desde o início do mandato do prefeito Emiliano. Nós vamos conseguir com eles o transporte para esses alunos, a maioria dos alunos vai ficar alojado aqui no campus e nós não tínhamos um espaço, nós não temos um auditório, não tínhamos espaço para fazer cerimônia de abertura. Então, houve o empréstimo do pavilhão do Parque Aquático para fazer a cerimônia de abertura com toda a infraestrutura necessária, palco, som, cadeiras, que parecem detalhes, mas que fazem toda a diferença, a transmissão também da cerimônia de abertura e de encerramento. Vamos encerrar a abertura com um show maravilhoso da banda Rádio Radar, vamos ter o apoio ali da Secretaria de Segurança para ter mais rondas aqui no bairro, a gente avisou a Secretaria de Saúde também”, declara a diretora.
A reitoria do IFPR também ajudará nos custos para a alimentação dos estudantes, café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
Olimpíada de Matemática das Instituições Federais
O projeto da OMIF surgiu em 2018, no meio do biênio da matemática, dois anos focados na matemática, com a intenção de mostrar aos estudantes e comunidade a importância da matemática. Laynara relata que começou sua trajetória na OMIF desde 2019, na comissão científica.
“A gente começou com a OMIF, integramos a comissão desde 2019, no primeiro ano que a gente levou dois estudantes para Campos de Goytacazes, para participar da segunda fase e fomos nos aproximando e integrando a comissão. Eu comecei na comissão científica, o professor Diego na comissão de comunicação e estamos juntos nisso. No ano passado veio a feliz ideia de trazer para cá, trazer para o Paraná. E […] nada melhor do que trazer para casa. A Patrícia abraçou a causa com a gente e estamos trazendo a segunda fase da OMIF para Irati.”, diz.
A comissão nacional da OMIF tem em torno de 20 pessoas espalhadas pelo Brasil, nos Institutos Federais. Do Paraná estão em três, sendo dois de Irati.
A prova é estruturada em duas etapas, uma estadual e uma nacional, esclarece Diego. “Dentro da comissão nacional existem subcomissões, uma delas é a subcomissão de prova, a comissão que é responsável por organizar essa prova. Ela [a prova] é feita em duas etapas, na primeira fase, é uma prova de 21 questões, de três níveis diferentes, nível um, dois e três de dificuldade, onde os estudantes fazem no seu próprio campus, duas horas e meia, provas de múltipla escolha. A partir disso, eles são classificados para essa fase nacional. A prova da fase nacional é uma prova composta de seis questões, também com duas horas e meia para eles fazerem e questões abertas, onde eles têm que não só resolver, mas justificar, escrever, a redação matemática é valorizada também nesse momento, ele tem que saber justificar com detalhes o que ele está fazendo, tudo tem que ser justificado, tudo tem que ser escrito.”, explica.


