Julgamento de envolvidos na chacina da Vila São João segue hoje em Irati

05 de novembro de 2025 às 11h39m

Testemunhas relatam detalhes e tensões no local do crime que matou cinco pessoas em 2022/Paulo Sava, com informações do Jornal Folha de Irati

Foto: Arquivo Najuá

Resumo: – Irmãs de uma das vítimas foram ouvidas e sofreram ameaças no Fórum;

  • Outras testemunhas do caso também foram ouvidas;
  • Investigador disse que havia manchas de sangue em um veículo próximo do local do crime.

Continua hoje, 05, o julgamento dos envolvidos na chacina que vitimou cinco pessoas em uma residência na Rua Rondônia, na Vila São João, no dia 16 de junho de 2022. Ontem, foram ouvidos o delegado responsável pela investigação, Paulo César Eugênio Ribeiro, que comandava a Delegacia de Irati na época, e também Janiele e Juliane Fernandes, irmãs de uma das vítimas, Jaine Shaiane Fernandes. Elas disseram que passaram a tarde na residência onde ocorreu o crime e voltaram ao local assim que souberam do ocorrido.

As irmãs de Jaine afirmaram terem ouvido de Wellington Vieira de Andrade, conhecido como “Tom”, uma das vítimas da chacina, que o policial e uma mulher envolvida no caso teriam passado em frente à residência antes do crime. Houve necessidade de intervenção da Polícia Militar, que informou em boletim enviado à imprensa que as irmãs teriam sido ameaçadas no local.

Também foram ouvidas outras testemunhas do caso, sendo um vizinho que disse ter visto um dos disparos, e outras pessoas que afirmaram ter ouvido os tiros no momento do crime. O filho de Jaine, que ainda era bebê na época do crime, estava na residência, mas foi poupado pelos atiradores e levado do local por outras pessoas.

Na manhã de hoje, o investigador Roberto, da Polícia Civil, também deu seu depoimento a respeito das investigações. Ele afirmou que um dos automóveis utilizados na fuga tinha marcas de sangue de uma das vítimas. A perícia constatou que o sangue no veículo era de Tom e que ele era o dono da residência onde aconteceu o crime.

O promotor Eduardo Ratto Vieira questionou o fato de haver sangue no veículo pertencente a uma das envolvidas na situação. O investigador contou que a perícia apontou que alguns tiros partiram de uma espingarda pertencente ao policial. Ele também disse que havia uma desavença entre Tom e uma das envolvidas. O investigador ainda ressaltou que Jaine tinha medo de que o próprio irmão matasse ela e o seu filho.

Outra testemunha ouvida na manhã de hoje foi o cabo Pedroso, da Polícia Militar. Ele afirmou que o policial esteve na residência dele por volta das 21h30min no dia do crime, ao contrário do que havia afirmado em depoimento anterior, quando disse que, a pedido do réu, afirmou que a visita teria acontecido antes do horário do crime, por volta de 19h30min.

Ainda hoje devem ser ouvidas outras testemunhas do crime. Depois, haverá um debate entre defesa e acusação, antes de o juiz Dawber Gontijo proferir a sentença. A reportagem da Najuá continua acompanhando as oitivas.

Os homicídios ocorreram no dia 16 de junho de 2022. Na oportunidade, a Polícia Militar foi acionada por volta das 20h40. As pessoas assassinadas foram: Jaine Shaiane Fernandes, de 27 anos, Wellington Vieira de Andrade, 21, Danilo Vinícius Gaioch Conrado, 18, Alex César Ferreira, 24, e Edinaldo de Souza Nascimento, de 33 anos.

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