Irati sedia fórum regional da indústria

Encontro acontecerá na sexta-feira, das 8 às 12h, na Faculdade São Vicente/Jussara Harmuch A Federação…

02 de julho de 2025 às 23h46m

Encontro acontecerá na sexta-feira, das 8 às 12h, na Faculdade São Vicente/Jussara Harmuch

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) promove na sexta-feira (4), em Irati, o Fórum Regional da Indústria. O encontro acontecerá das 8h às 12h, na Faculdade São Vicente, com entrada gratuita e limite de 150 participantes. A inscrição deve ser feita antecipadamente pelo link https://t2m.io/forum_regional_irati.

O evento reunirá empresários, profissionais da área de recursos humanos e lideranças dos municípios que integram a região Centro-Sul. O objetivo é retomar e aprofundar as discussões sobre política industrial iniciadas com o restabelecimento das coordenadorias regionais da Fiep, em 2024, sob a presidência de Edson Vasconcelos.

Coordenador da Fiep Centro-Sul, Enezito Ruppel, e a consultora Ananda Chuproski./Imagem João Geraldo Mitz/Najuá

O coordenador regional do Centro-Sul, Enezito Ruppel, participou do programa Meio Dia em Notícias da Super Najuá na terça-feira (1º) e destacou as principais demandas identificadas na região. “São três necessidades que nós tínhamos: empregabilidade, infraestrutura e energia elétrica. Este fórum é uma devolutiva do que foi tratado no ano passado”, afirmou.

A proposta do fórum é transformar essas demandas em projetos concretos. Uma das iniciativas já em desenvolvimento é um projeto piloto voltado à inclusão produtiva de pessoas adultas cadastradas em programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. A ação está em fase de diagnóstico em Rebouças e também ocorre em Londrina, São José dos Pinhais e Corbélia.

A consultora do Conselho Regional dos Campos Gerais, Ananda Chuproski, que também participou da entrevista, explicou que o projeto quer aproximar essas pessoas do mercado formal de trabalho. “Temos muitos adultos, entre 18 e 50 anos, aptos ao trabalho, mas fora do mercado. A ideia é mostrar que vale a pena estar num emprego formal, que oferece estabilidade. Não buscamos experiência, e sim vontade de aprender. Nós treinamos e capacitamos”, explicou o coordenador regional.

Enezito também destacou que o retorno das coordenadorias regionais da Fiep foi essencial para viabilizar esse tipo de ação. “Rebouças já saiu na frente. Muita gente está dependente de benefícios, mas poderia estar na produção. Temos uma grande falta de mão de obra. Se conseguirmos tirar parte dessas pessoas do Bolsa Família e levá-las para o setor produtivo, já será um avanço”, disse.

As questões relacionadas à infraestrutura também terão espaço no fórum. Entre os temas que serão debatidos estão a duplicação da BR-277 entre Irati e o Trevo do Spréa (ligação com Palmeira e Ponta Grossa), melhorias na BR-153 e o novo modelo de pedágios. Quem irá abordar esses temas é o superintendente da Fiep, João Arthur Mohr.

A reportagem da Najuá procurou a Secretaria de Assistência Social e a coordenação da Fiep em Rebouças para mais informações sobre o projeto de inclusão produtiva. De acordo com os responsáveis, o trabalho está em fase de diagnóstico e estruturação de estratégias. O secretário Jader Molinari informou que ainda não há dados consolidados sobre a quantidade de adultos entre 18 e 50 anos cadastrados como família unipessoal no Bolsa Família, aptos para o mercado de trabalho, que seria o foco do projeto.

Dados de Irati

De acordo com o CECAD – Consulta, Seleção e Extração de Informações do Cadastro Único, no mês de junho, 255 pessoas na faixa etária entre 18 e 50 anos estavam cadastradas no Bolsa Família como Família Unipessoal, aquelas composta por um único indivíduo. Destas, 30 possuem deficiência e 23 estão em situação de rua. Em relação ao sexo, 54% são homens e 46% mulheres. O valor médio recebido é de R$ 572,53 por mês. Estas pessoas representam 6,5% do total de famílias cadastradas que é de 3.954. Os dados foram confirmados pelo gestor municipal Luan Felipe Biscaia.

O setor industrial registrou 289 admissões e 251 demissões no mês de maio, segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Já em junho, a Agência do Trabalhador contabilizou 152 vagas abertas para a indústria e ainda não foram contabilizadas as demissões, conforme informou o chefe da unidade, Marcelo de Ávila Francos.

Desregulação do mercado de trabalho acelerou depois da pandemia

Outros fatores como as mudanças culturais, aceleradas depois da pandemia, tem peso quando se pensa nas dificuldades de empregabilidade. O aumento da oferta de trabalho remoto ou híbrido e a flexibilidade de horário são atributos cada vez mais valorizados por quem busca um emprego, assim como o desejo de se tornar empreendedor, um MEI- Microempreendedor Individual.

No início de junho, um levantamento feito pelo Jornal Hoje Centro Sul mostrou que a indústria de Irati teve uma retração, passando de 24% em 2011 para 16% do PIB em 2021. De acordo com o Ministério do Trabalho (RAIS), as atividades econômicas que mais empregam em Irati são o comércio varejista de produtos novos e usados, restaurantes e outros serviços de alimentação, transporte rodoviário de cargas, e atividades de atenção ambulatorial realizadas por médicos e odontólogos.

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