Nova pasta abriga os setores da Assistência Social, da Mulher, Criança e Pessoa Idosa e da Habitação. Assistente social foi nomeada pelo prefeito Emiliano Gomes/Paulo Sava, com entrevista de Sidnei Jorge

A assistente social Maria Helena Orreda assumiu no último dia 1º de janeiro a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social de Irati. Dentro da nova pasta, estão as áreas da Assistência Social, da Mulher, Pessoa Idosa e da Criança e de Habitação.

Em entrevista à Najuá, ela contou como se deu a criação da pasta. “Foi uma proposta que está sendo executada do prefeito Emiliano e da vice Larissa esta união das três secretarias para otimizar recursos profissionais por uma questão de economicidade em alguns pontos, mas principalmente unificando no sentido de fortalecimento e entrelaçamento das ações e também do próprio planejamento de toda a área social do município, ou seja, a criança, o idoso, a habitação, tudo faz parte da Assistência Social, que é uma grande política pública”, frisou.

Coordenações – A pasta terá coordenações para as áreas da juventude, da mulher, da criança, do idoso, entre outras. Elas vão idealizar as políticas públicas que serão aplicadas nos equipamentos sociais existentes no município, a exemplo do Centro da Juventude Nagib Harmuche, na Avenida Perimetral João Stoklos.

”Hoje, nós temos o Centro da Juventude, que é um equipamento específico para a juventude, que vai ser bastante otimizado, vai ser dada uma abertura maior de possibilidades para que a juventude possa usufruir daquele espaço. Para isto, estão sendo pensadas metas agora para os primeiros 100 dias, que o prefeito Emiliano nos propôs, e também faremos um planejamento a curto, médio e longo prazo, ao longo de todo o mandato do prefeito para que as atividades sejam ininterruptas e para que possamos ligar com outras demandasse políticas. Vamos potencializar aquilo que já foi realizado e ampliar bastante o rol e o alcance social desta população, da juventude no Centro da Juventude e nos demais equipamentos”, pontuou.

Para Maria Helena, o principal objetivo do Centro da Juventude é de dar oportunidade de desenvolvimento para os jovens. “É nesta linha mesmo, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento destes jovens, que muitas vezes na nossa cidade não encontram opções de lazer e para desenvolver suas habilidades pessoais. O Centro da Juventude vai ter este caráter realmente propositivo de ações, mas também acolhendo as propostas que os jovens vêm a trazer. Não só entregando pronto, mas oferecendo que o jovem possa auxiliar na construção desta política, destas propostas, e pensando também na qualificação profissional da juventude aqui na nossa cidade”, comentou.

Programas sociais – Programas sociais voltados para famílias carentes promovidos e subsidiados pelo Governo Federal também continuam na programação da Secretaria. “Nós temos esta política pública, acompanhamos todo este trabalho e em todos os CRAS dentro da nossa cidade, temos pessoas que desenvolvem este cadastro e dão orientações para que as famílias possam ser incluídas no Bolsa Família e outros programas que venham a existir, sejam eles habitacionais ou que tragam benefícios realmente à população”, comentou Maria Helena.

A assistente social encara a nova missão como um desafio e uma oportunidade de ajudar as pessoas e de crescer profissionalmente. “Eu enxergo como desafio num primeiro momento, mas no momento seguinte, eu olho aquilo como uma grande oportunidade. Na verdade, todos nós somos desafiados diariamente, e estes desafios na verdade são oportunidades para a gente crescer, evoluir, pensar diferente, ampliar nossa forma de interpretar as coisas. Eu vejo que é uma grande oportunidade de evolução individual e coletiva”, pontuou.

Novos equipamentos sociais – Novos equipamentos sociais para públicos que ainda não têm atendimento específico devem ser implantados em Irati, conforme Maria Helena. “No caso, por exemplo, eu vou citar a pessoa portadora de deficiência. Esta é uma das minhas preocupações e metas, e é também a preocupação do prefeito Emiliano e da vice Larissa, para dar a esta população a assistência e as oportunidades que precisam, tanto para reabilitação quanto para convivência social e comunitária, o desenvolvimento de habilidades e oportunidades de interação em diversas áreas das políticas públicas. Temos um planejamento fantástico para atendimento desta população”, afirmou.

Programas governamentais – Para a secretária, os programas realizados atualmente pelos governos Federal e Estadual em prol de pessoas com deficiência ainda não são suficientes diante das necessidades deste segmento da população. Ela acredita que, além de oferecer vagas no mercado de trabalho, o Poder Público deveria proporcionar opções de acessibilidade e lazer para estas pessoas.

“É preciso muito fazer um trabalho junto à sociedade para que estes espaços, por exemplo, do mercado de trabalho, sejam efetivados, mas principalmente de um trabalho anterior. Muitas destas pessoas ficam em casa e não saem para a rua, para nenhuma atividade social. É importante que estas pessoas possam ter um espaço para estarem presentes não só se desenvolvendo a nível de trabalho, mas também o seu lado emocional e as questões físicas. Principalmente a população surda, que muitas vezes passa desapercebida da grande maioria da população. Em Irati, temos uma comunidade surda. As pessoas que são cadeirantes temos uma quantidade significativa em nossa cidade, que muitas vezes não têm opções de lazer ou de atividades físicas que auxiliem na própria questão física e nas limitações que a pessoa tem”, lamentou.

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Combate à violência – Maria Helena aponta ainda que houve avanços no combate à violência, especialmente contra a mulher, idosos e homossexuais. Ela afirma que agora é o momento de olhar para o futuro.

“Obviamente que agora estamos no momento em que precisamos seguir adiante, ampliando aquilo que já foi criado e está estabelecido, fortalecendo aquilo que deu certo e está bem estruturado e dando a oportunidade para a criação de novos programas e serviços, sempre dentro da perspectiva do ordenamento legal, aquilo que está previsto em lei. Isto é muito importante, a questão das políticas públicas está na nossa Constituição Federal, e depois vêm vários decretos e documentos legais que embasam todas estas políticas públicas. Nada está solto ou vem da cabeça das pessoas: existe todo um ordenamento que precisa ser seguido. Tudo isto é adaptado à realidade dos municípios, e vem a criatividade de cada município colocar em prática aquilo de forma que venha a atender a sua população”, comentou.

Contratações – Em alguns setores da pasta, haverá necessidade da contratação de motoristas, de trabalhadores para as áreas de limpeza e segurança e eventualmente dos setores das áreas social e de psicologia. Porém, antes deve ser feito um remanejamento e reordenamento dos funcionários para atender as demandas.

Princípio de incêndio – Na última sexta-feira, 03, um princípio de incêndio atingiu o pátio da sede da secretaria, na rua Doutor Correia, antigo prédio da APAE. Maria Helena conta como foi o ocorrido.

“Realmente teve um princípio de incêndio, houve um curto circuito que acabou dando um susto em todos nós. Quero agradecer ao Corpo de Bombeiros que rapidamente esteve presente e apagou o princípio de incêndio e à Somaya e o filhinho dela que estavam dentro de um carro passando pela Doutor Correia. A criança olhou e falou para a mãe que estava pegando fogo. Quando ela olhou, viu que a criança estava certa, parou o carro, ligou imediatamente para os bombeiros, para mim e para as outras pessoas. Eu avisei o pessoal da administração e o prefeito. Foi tudo muito rápido, os bombeiros vieram muito rapidamente, e se eles não tivessem sido tão rápidos, o fogo já estava correndo e poderia ter sido uma grande tragédia”, comentou.

Currículo – Maria Helena Orreda é funcionária da Prefeitura de Irati desde 1996, onde atuou no Provopar, através do Programa de Voluntariado da Soja. Depois, ela foi secretária de Assistência Social e dirigiu o Conselho da Comunidade, se tornando presidente da Federação dos Conselhos da Comunidade do Paraná (FECCOMPAR). Ela também atuou na Associação de Meninos e Meninas de Rua (AME), que oferecia orientação e suporte pedagógico para menores de rua.