Bispo de Ponta Grossa faz primeira visita pastoral a Irati

Dom Bruno Eliseu Versari, que assumiu a diocese em agosto, celebrou missa na Paróquia São…

01 de outubro de 2024 às 20h20m

Dom Bruno Eliseu Versari, que assumiu a diocese em agosto, celebrou missa na Paróquia São Miguel na última sexta-feira, durante a festa da comunidade/Paulo Sava

Bispo de Ponta Grossa, Dom Bruno Eliseu Versari, presidiu a celebração da missa na Paróquia São Miguel na última sexta-feira, 27, ao lado do Padre Álvaro Nortok e dos diáconos Natalino Mascarello e Hilário Lewandowski (na foto, à esquerda do bispo). Foto: Paulo Sava

O Bispo da Diocese de Ponta Grossa, Dom Bruno Eliseu Versari, fez sua primeira visita pastoral às paróquias de Irati no último fim de semana. Na última sexta-feira, 27, ele presidiu a celebração da missa na Paróquia São Miguel, que comemorou o dia de seu padroeiro no último domingo, 29.

Dom Bruno assumiu a diocese em agosto, no lugar de Dom Sergio Arthur Braschi, que completou 75 anos e se tornou bispo emérito. Antes de ser bispo de Ponta Grossa, Dom Bruno estava no comando da Diocese de Campo Mourão. Em entrevista à Najuá, ele disse que encara a nova missão como um desafio.

“Você sabe que somos pegos de surpresa, eu estava bem na Diocese (de Campo Mourão), e aí um dia o Nuncio Apostólico liga na minha casa para falar comigo e me diz que, como Dom Sérgio completou 75 anos e o Direito diz que devemos, nesta idade, renunciar ao serviço, ele diz que o Papa acolheu o pedido de Dom Sérgio para ficar emérito, e eu fui escolhido. Eu sei que fiquei preocupado por ser uma cidade bem maior que onde eu estava e uma região maior ainda. Eu estou aqui, venho com alegria porque eles já estão aqui fazendo o possível e eu venho junto para dar minha contribuição”, frisou.

Dom Bruno foi presenteado com uma cesta de produtos da região. Foto: Paulo Sava

Histórico – Nascido no município de Cândido Mota, interior de São Paulo, Dom Bruno veio para o Paraná ainda criança. Ele foi ordenado padre em Maringá, onde atuou por 28 anos. Depois, ele foi ordenado bispo e permaneceu em Campo Mourão por sete anos. No total, o bispo tem 36 anos de sacerdócio.

Desafio – Apaixonado por esportes, Dom Bruno comparou a troca de bispos na diocese com a passagem do bastão em provas de revezamento nas olimpíadas, dizendo que vai tentar fazer o melhor trabalho possível dentro do seu período de atuação.

“Agora, eu recebi o “bastão” que Dom Sérgio entregou nas minhas mãos, e eu vou fazer o meu melhor para que, o dia em que eu tiver que passar para outro, eu ter a certeza de que tenha feito o meu melhor. Eu venho para a Diocese sabendo que quem está na Paróquia, na cidade de Irati, tem os padres que estão à frente, os diáconos, as lideranças, as pessoas que se dedicam a serviço do Evangelho e que já estão aqui. Então, eu venho com a missão de Pedro, que é aquele que vem confirmar os irmãos na fé. É assim que eu venho, eu sou, para esta comunidade, o sucessor apostólico, o Pedro de hoje”, comentou.

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Com as visitas pastorais, Dom Bruno busca uma aproximação maior com as comunidades. “Eu vim visitar a São Miguel e agora vou passar visitando os padres. Hoje deu certo de celebrar a missa. Depois, eu vou para outras comunidades, acompanhar os padres das paróquias. Eu quero ver onde eles moram e trabalham, para também gerar esta proximidade da comunidade e fazer aquilo que o Papa Francisco pede tanto aos bispos: ficar próximo e escutar o povo, aquilo que ele tem para falar, elaborar e apontar caminhos. Esta é a missão do bispo: ouvir e apontar caminhos”, afirmou.

Durante a celebração da missa, o bispo abriu espaço para que a comunidade pudesse fazer perguntas. Entre as pessoas que participaram, um menino chamou a atenção ao perguntar se era bom ser bispo. Ele afirmou que é um trabalho muito exigente.

“Eu conversava com os seminaristas, dizendo sobre a minha agenda. Às vezes, eu tenho dificuldade de ter um dia de folga, de não fazer nada, ou ler um livro fora do meu cotidiano. É difícil ter uma folga, eu até brincava que, quando chegamos aos 75 anos, não aguentamos mais porque a vida é muito exigente. Eu sou feliz no que faço, gosto da responsabilidade que Deus me confia e encaro assim. Eu só gostaria também de ter possibilidade de cuidar um pouco daquilo que a gente fala que é humano, de poder estar com os amigos, gastar um tempo, descansar e refazer as forças. Estaremos na semana que vem com os padres em retiro, então é uma forma de descansar e rezar com maior intensidade para poder servir a Deus. Eu digo que sou feliz e gosto daquilo que faço”, finalizou.

O bispo junto com a comunidade que participou da celebração na última sexta-feira, 27. Foto: Paulo Sava
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