Apresentações da peça “Carmela, Caramelo e Remela” estão acontecendo até sexta-feira, 15, no Auditório Denise Stoklos da Unicentro/Paulo Sava
A produtora X-Plan produções artísticas e a Companhia Teatro de Breque trouxeram um verdadeiro mundo de magia e imaginação para as crianças das escolas municipais. A apresentação da peça “Carmela, Caramelo e Remela” encantou o público que acompanhou as duas primeiras apresentações realizadas nesta segunda-feira, 11, no Auditório Denise Stoklos da Unicentro, em Irati.
O espetáculo, que integra a 2ª edição do programa “Crianças no teatro”, realizado pelo Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Cultura e do programa Palco Paraná, com apoio da Audi do Brasil, terá apresentações às 09h e às 14 horas ao longo desta semana, até sexta-feira, 15.
O grupo é composto por quatro atores, além de equipe técnica e de direção. A atriz Michele Bittencourt, que interpretou a personagem “Babu”, conta que o projeto foi idealizado e vem sendo dirigido por Giovana de Liz e foi concebido a partir do primeiro livro da poetisa Adélia Prado, denominado “Quando eu era criança”. Michele contou como foi construído o espetáculo.
“A peça é toda feita em uma construção colaborativa, então os atores foram lendo o livro e, a partir de cada tópico foram sendo criadas as cenas, tudo em uma construção colaborativa. Todos criaram o espetáculo juntos”, frisou.
Além de Michele, também atuam Fabiele Gouveia, que interpreta a Teteia; Renê Lion, que faz o Feijó; e Gide Ferreira, que representa o Cadu. Para Michele, é gratificante levar o teatro para as crianças de todas as idades.
“É muito gostoso e muito legal. Tem muitos lugares para onde vamos e passamos em que as crianças nunca foram ao teatro, nunca tiveram este contato. Vemos os olhinhos delas brilhando, é muito gostoso e gratificante. Ele é um espetáculo feito para crianças, mas costumamos dizer que crianças o são até 80 anos de idade, pois todos temos uma criança dentro de nós. Ela alcança crianças desde pequenininhas até um Ensino Fundamental, que são as que estão vindo assistir”, comentou.
Apresentações – As apresentações começaram na semana passada em Guarapuava, está em Irati nesta semana e depois deve seguir para Rebouças, Palmeira, Ponta Grossa e Telêmaco Borba, dentro do projeto elaborado para levar o teatro para as crianças paranaenses, de acordo com Michele.
“Estamos indo até as cidades e toda a produção, feita pela Companhia Teatro de Breque agendou com as escolas municipais das cidades. Nós temos um ônibus que pega estas crianças e leva para o teatro da cidade ou auditório. No caso de Irati, estamos no auditório da Unicentro, e as crianças vêm até a gente para assistir ao espetáculo”, pontuou.
Todos os atores têm um carinho especial por esta apresentação, na opinião de Michele. “Trabalhar com crianças é sempre muito gostoso porque olhamos nos olhinhos delas e vemos o quanto estão gostando, então elas entram na peça com a gente. Então, é muito legal e gostoso, principalmente porque tem muita criança que nunca foi ao teatro. Elas ficam extasiadas e só recebemos isto de volta. É isto que faz o teatro acontecer”, comentou.
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Estrutura – Toda a peça foi pensada para que a equipe leve a estrutura de cenários durante as viagens. “É um cenário pequeno e prático, fácil de viajar. Esta peça já foi para a Ilha do Mel, para a praia e outros lugares. São quatro cadeirinhas com as cores dos figurinos de cada personagem. Temos alguns elementos lúdicos em cena também. A nossa iluminação é feita pelo Ange Haider, iluminador que acompanha a gente”, comentou.
Toda a parte de sonoplastia da produção é feita ao vivo, contou Michele. “Os atores tocam e cantam, os meninos tocam violão e gaita, a gente canta, é tudo feito ao vivi, não tem nada gravado, e isto é um desafio. Tem que estar com a voz boa e segurar a garotada, mas eles estão sendo muito queridos e fofos, eles escutam e prestam atenção, é bem legal”, afirmou.
No total, serão feitas 46 apresentações da peça. A realização de outros projetos depende das leis de incentivo e de apoio, do qual o grupo sempre precisa. “A nossa ideia é sempre estar produzindo e podendo levar e proporcionar isto para a garotada e para quem for também”, frisou.
Alunos – Nossa reportagem conversou com alguns alunos que acompanharam a apresentação. Arthur Vinícius, de 07 anos, estudante da Escola Municipal Antonina Fillus Panka, da Vila Nova, gostou da apresentação. “Foi ótima”, elogiou.
João Guilherme, também de 07 anos, aluno da Escola Municipal Antonina Fillus Panka, disse que aprendeu a escrever poema com a apresentação. “Eu aprendi a escrever poemas, e vou escrever poesia”, pontuou. Gabriel, de 07 anos, também gostou de ver a peça. “Foi muito bom”, afirmou.