PC acredita que dívida com traficantes tenha causado morte de jovem em Rebouças

Edson da Cruz Santana, conhecido por “Nego”, de 24 anos, foi assassinado com pelo menos…

01 de fevereiro de 2024 às 19h41m

Edson da Cruz Santana, conhecido por “Nego”, de 24 anos, foi assassinado com pelo menos três tiros em sua residência na manhã de quarta-feira, 31, na Vila Facão/Paulo Sava, com informações da Polícia Civil

Homem foi morto com três tiros na Vila Facão, em Rebouças. Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil de Rebouças acredita que uma dívida com traficantes possa ter causado a morte do jovem Edson da Cruz Santana, conhecido por “Nego”, de 24 anos, na manhã desta quarta-feira, 31. Ele foi assassinado com três tiros em sua residência na Vila Facão.

A afirmação foi feita pelo delegado Thiago França Nunes, que assumiu a Delegacia de Rebouças na última quarta-feira, em entrevista à Najuá na quinta-feira. “As investigações se cercam da situação envolvendo tráfico de drogas. Ainda não se sabe se é uma dívida, mas provavelmente é, pelo que uma testemunha disse. Nós já temos um suspeito, mas não podemos identificá-lo”, frisou.

Foram feitas oitivas, análises de dados e diligências durante a manhã desta quinta-feira. Durante a mobilização, duas testemunhas, de 24 e 32 anos, disseram aos investigadores que retiraram um celular e drogas da casa após pedido de uma terceira pessoa, que está em Curitiba, e também foi indiciada pela Polícia Civil pelo crime de fraude processual. “Elas [essas pessoas] foram confrontadas com a verdade e confessaram que retiraram um aparelho celular que pertencia à vítima e também algumas drogas que estavam no local, e esconderam da polícia. Portanto, assim que eu identifiquei isto e, diante da confissão, dei voz de prisão em flagrante pelo crime de fraude processual e não pelo homicídio em si. São pessoas que estavam ali atuando para atrapalhar as investigações por estarem envolvidas com o tráfico de drogas. Este foi o motivo delas terem tirado o aparelho celular e as drogas do local”, frisou o Delegado.

No dia das prisões por fraude processual, uma das mulheres pagou fiança e foi liberada para responder ao inquérito em liberdade. Já a outra investigada não havia pago o valor da fiança e permanecia presa até a realização da audiência de custódia. A pessoa que atrapalha a investigação policial pode ser condenada a uma pena de até quatro anos de prisão, conforme a Polícia Civil.

Duas pessoas foram detidas por fraude processual após retirarem objetos da casa onde ocorreu homicídio em Rebouças. Foto: PC/Divulgação

Investigações – Em relação ao crime de fraude processual, as investigações foram encerradas pela Polícia Civil, cabendo ao Ministério Público analisar se oferece a denúncia, pede mais diligências ou arquiva o caso. No caso do homicídio, o delegado destacou que novas diligências serão necessárias para que os investigadores confirmem a autoria do crime. “O que eu posso dizer é que nós estamos andando nas investigações, não estamos parados. Pretendo finalizar este inquérito o mais breve possível. Existe um prazo legal de 30 dias, prorrogável por mais 30, e eu pretendo usar o menor prazo possível, mas este é o prazo legal para a conclusão do inquérito”, finalizou.

Relembre o caso – Edson foi morto na quarta-feira, dia 31 de janeiro. Segundo a Polícia Militar, o autor teria entrado na residência da vítima e pedido água. Ele teria disparado três vezes e fugiu do local em um automóvel de cor prata. Qualquer informação pode ser repassada à Polícia Civil de Rebouças pelos telefones 197, 180 e 181 (disque-denúncia) ou pelo WhatsApp da Delegacia, (42) 3457-1630.

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