Neste ano, Teatro da Paixão volta a ser apresentado em Irati uma semana antes da Sexta-Feira Santa, no dia 23 de março/Texto de Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava e Edinei Cruz
No próximo domingo (14) acontece a primeira reunião geral para o 26º Teatro da Paixão e 5º Teatro da Paixão de Cristo. A reunião será às 19h30min, na Capela São Francisco de Assis, em Irati.
O objetivo da reunião da reunião é de distribuir os papeis do teatro e reunir os voluntários que participam do espetáculo. “Fazer com que todas as pessoas que são integrantes do grupo de teatro se encontrem novamente. Começa aquele trabalho com a oração, a preparação e toda aquela caminhada juntos para que possamos chegar lá no dia e reviver essa história”, explica o diretor do Teatro da Paixão de Irati, Célio Marcos de Oliveira, o Kinho.
Quem ainda não integra o grupo de teatro e deseja participar como um dos voluntários também pode participar na reunião do domingo.
Mudanças – Uma das mudanças do Teatro da Paixão neste ano é a volta da apresentação do espetáculo uma semana antes da Sexta-Feira Santa. A apresentação está marcada para acontecer no dia 23 de março, às 19h30min, no Estádio Municipal Abrahm Nagib Nejm.
A retomada acontece após dificuldades com as agendas de parceiros que não puderam participar da edição do ano passado por causa de compromissos. Foi o caso de voluntários que fazem parte de coordenações de paróquias e estão envolvidos com as liturgias. “Tiveram muitas pessoas que já tinham assumido compromisso. Acabou não vindo participar. Nós perdemos a parceria com o Rio Azul. Eles iam participar conosco porque era uma semana antes e nós íamos participar com eles na Sexta-Feira. Sempre essa parceria, que deu certo com o pessoal do Rio Azul. Esse ano, nós estamos voltando para uma semana antes. Vai ser no dia 23, no sábado, que antecede ao Domingo de Ramos. Houve várias controvérsias. Alguns eram a favor, outros contra. Mas teve uma votação. Devido a essa divergência e esses compromissos, o pessoal acabou votando para nós retornarmos”, conta o diretor.
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A apresentação do teatro também deve retornar ao modo como era feito anteriormente. No ano passado, a organização testou uma nova estrutura que não teve o resultado esperado. Segundo o diretor, a equipe observou que as pessoas buscam assistir o espetáculo sentadas da arquibancada. “A outra é que você mudar a logística de posicionamento não deu certo também. Ficou, no ano passado, um teatro com um cenário mais compacto. A crucificação ficou em um lugar estratégico, mas poucos conseguiram observar porque ficou de lado, para quem estava nas arquibancadas. Nesse ano, nós vamos reestruturar novamente para que o pessoal que está nas arquibancadas pegue uma totalidade, tenha uma visão ampla, de frente, para os cenários, para que possam prestigiar mais e aproveitar mais a encenação”, disse.
Participantes – Atualmente, são 20 pessoas que atuam na organização e mais de 300 pessoas participando como atores voluntários durante o espetáculo. De acordo com o diretor, apesar do alto número de voluntários, tem sido difícil manter o trabalho. “Hoje eu acho que mais difícil que iniciar um trabalho, é dar continuidade porque no início, tudo é novidade, o pessoal animado, empolgado. O que acontece hoje? Não é só um problema do Teatro da Paixão de Cristo, mas todos os eventos que nós vemos, que nasceram na época de ouro dos grupos de jovens, não tem renovação. Nós estamos trabalhando, o nosso mundo, a geração da juventude está tendo mil e um atrativos que tiram eles do foco do voluntariado, que na nossa época era o auge. O pessoal gostava de ir lá, se dedicar, trabalhar e fazer uma coisa, todos voluntários. Por isso que hoje a nossa continuidade vai se tornando cada ano mais difícil”, explica.
Mensagem de fé – Mesmo com a dificuldade de reunir voluntários, o diretor destaca que essa é uma oportunidade de expressar a sua fé. “É levar essa mensagem de paz de amor a todas pessoas que, por vários motivos, se desfocam do verdadeiro objetivo da nossa vida, que é buscar a nossa fé, buscar Jesus Cristo. Nós queremos mais uma vez reviver com a comunidade essa história de fé, de amor, para que possamos olhar para dentro do nosso coração e ter uma mudança de vida”, disse.