Irati Vôlei começa preparativo para estreia na Superliga B

Jogo de estreia está marcado para acontecer na sexta-feira (12), às 19h30, no Ginásio Batatão/Texto…

05 de janeiro de 2024 às 18h59m

Jogo de estreia está marcado para acontecer na sexta-feira (12), às 19h30, no Ginásio Batatão/Texto de Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava, Juarez Oliveira e Edinei Cruz

Primeiro treino do Irati Vôlei em 2024, antes do jogo contra São Carlos, na próxima sexta-feira, 12, às 19h30min, no Ginásio Batatão. Foto: Paulo Sava

A equipe do Irati Vôlei iniciou nesta quarta-feira 03) a preparação para sua estreia na Superliga B. A partida será contra a equipe de São Carlos, de São Paulo. A disputa está marcada para acontecer na sexta-feira (12), às 19h30, em casa, no Ginásio Agostinho Zarpellon Junior, o Batatão.

Em entrevista à rádio Super Najuá FM, a atleta Ana Cláudia Pedroso, mais conhecida como Aninha, conta como estão os preparativos do Irati Vôlei. “Nós já estamos com peças novas na equipe para reforçar. Atletas experientes. É outro técnico também, um pouco mais experiente e as atletas também”, conta.

O acesso à Superliga B acontece depois da vitória no ano passado na Superliga C, quando a equipe conquistou o título de campeã ao vencer o SESI/Bauru por 3 sets a 2. “Aquele jogo foi o que marcou o nosso ano. Marcou de quem estava aquele dia no ginásio, com certeza, saiu de lá renovado de tanta emoção que sentimos, além do que queríamos sentir. Foi um teste mesmo aquele jogo”, relembra a atleta.

O título veio após a equipe conseguir virar o placar, que estava com 2 sets a 0, conseguindo a vitória nos três últimos sets. Para Aninha, a torcida foi o sétimo jogador que ajudou a mudar o placar. “O principal é o psicológico. Nessa hora quem ajudou o nosso psicológico foi a torcida que puxou. Eu acho que foi muito isso. A união do time, de acreditarmos que podia virar, conta muito, mas é o psicológico. De saber que pode e saber que conseguimos para poder virar um jogo daquele”, disse.

Atleta Ana Cláudia Pedroso, a Aninha, líbero do Irati Vôlei. Foto: João Geraldo Mitz (Magoo)

Desafio – O desafio para esse ano é conseguir uma boa colocação na Superliga B, que dá acesso à primeira divisão do Campeonato Nacional de Vôlei, onde as equipes nacionais de elite disputam. A atleta destaca que os preparativos também envolvem ter estratégia. “Eu acho que tem que jogar mais com inteligência. Temos que estar bem fisicamente, tem que ter força, mas tem que ir na inteligência porque não vai ter nenhum bobinho do outro lado. Está todo mundo no mesmo nível e todo mundo querendo ganhar. Não podemos vacilar e tem que jogar com inteligência”, conta.

Em entrevista à Najuá, Marcela, que ficou de fora da decisão do Campeonato Paranaense de Vôlei contra o Maringá por conta de uma cirurgia no joelho, falou sobre a expectativa para a estreia na superliga B. “As expectativas são altas, somos um grupo que estávamos na C e a chegada de seis meninas vai ajudar muito. Estamos muito empolgadas e felizes, acredito que vamos fazer uma grande competição. Agora é trabalhar até o dia 12, quando é nossa estreia. Escutamos tudo o que o professor Fernando falou e acho que foi muito bom, acrescentou demais à nossa cabeça. É uma competição curta, e se a gente não tiver uma cabeça muito boa, acabamos nos prejudicando. Eu acho que ele é muito bom nisso e falou tudo o que temos para fazer, e então a partir de agora é trabalhar bastante para chegarmos grandes ao final”, comentou.

Carol Demczuk, que integrou a comissão técnica da equipe em 2023, diz que o time está ansioso e, ao mesmo tempo, confiante para a disputa. “A expectativa está grande e estamos muito ansiosas e confiantes. Estamos fazendo um trabalho muito sério e árduo, e achamos que vamos colher os frutos mesmo. Não há favoritos, vamos trabalhar para nos tornarmos um deles. Eu não tenho dúvida, pois fizemos um ciclo de preparação bem pegado, tiramos uns dias de folga e agora estamos retornando para sexta-feira, dia 12, estrearmos com o pé direito”, afirmou.

Fernando Bonato assumiu o comando técnico do Irati Vôlei. Foto: Paulo Sava

Para o técnico Fernando Bonato, o emocional das atletas também precisa estar equilibrado para uma competição nacional. “O trabalho emocional tem que estar bem equilibrado, juntamente com a parte física e técnica. É um trabalho que eu gosto de fazer, principalmente neste início porque estamos nos conhecendo, eu estou conhecendo as jogadoras e elas o meu trabalho. É importante nivelar isso e discutir alguns elementos que podem fazer a diferença dentro da quadra”, pontuou.

Fernando também afirmou que não gosta de rotular esta ou aquela equipe como favorita em uma competição. “Eu não gosto de seguir estes protocolos porque o esporte proporciona sempre um desafio de limite do ser humano. Se você acha que chegou no limite, pode se desafiar ainda mais. Nós temos investimentos acima do nosso, mas a capacidade do ser humano jamais podemos limitar. Nós queremos fazer bons jogos, equilibrados, buscar ter um time corajoso, agressivo, com poder de ataque muito grande porque já temos algumas jogadoras com esta característica e queremos fortalecer isto”, frisou.

O fator casa pode fazer a diferença para o time. “Com o fator casa bem aproveitado e se estiver todo mundo legal, bem fisicamente e psicologicamente, pode fazer diferença. São seis jogos no meio com o apoio do nosso torcedor”, comentou.

A competição reunirá equipes de todo o país: Brasília (DF), Brusque (SC), Chapecó (SC), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Sorocaba (SP), São Carlos (SP), Tijuca (RJ), Natal (RN) e Mackenzie (MG), além do Irati Vôlei (PR). A final está marcada para 07 de abril e será transmitida pelo canal SporTV.

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Atleta Aninha – Aninha está no esporte desde jovem. Com cerca de 11 anos, descobriu o vôlei durante as férias escolares, em 2010, quando uma vizinha convidou para participar da equipe que jogava. “Acabou as férias, eu voltei para a escola. Era à tarde. Quando eu estava na escola, eu ia de manhã. Tinha poucas pessoas. Eu estava sempre animadinha para ir. Fui pegamos o gosto e foi passando os anos, ali com o professor Machinski, treinando direto. Ia para as ligas, os jogos da Juventude, as Copinhas aqui em Irati, onde participamos de todas, e não paramos mais”, conta.

Em 2015, participou de uma peneira e foi selecionada para jogar na equipe do Ibirapuera, em São Paulo. “Foi uma experiência única em uma cidade gigantesca, sozinha. Tinha cerca de 16 anos. Conheci e aprendi muita coisa. Amadureci. Tanto que o vôlei era muito mais desenvolvido lá. Agora, em geral, está igual. Mas em 2015, lá era uma elite muito alta”, explica.

No ano seguinte, Aninha voltou para Irati, mas em 2017 passou a competir pelas equipes de Telêmaco Borba e Londrina. Em 2018, foi para a equipe de Brasília, onde teve a primeira oportunidade de competir na Superliga C.

A atleta voltou a Irati em 2019. Com a pandemia em 2020 e a paralisação dos jogos, Aninha foi trabalhar em um posto de combustíveis. A volta do Irati Vôlei em 2021 trouxe a esperança para conseguir voltar às quadras. No entanto, Aninha teve conciliar o trabalho com o esporte. “Quando as meninas voltaram em 2021, foi a volta do Irati Vôlei, na equipe adulta. As meninas treinavam à noite. Como eu estava trabalhando nesse horário, não podia. A Marilda abriu as portas da lotérica para mim, para conseguir conciliar os dois. Eu conseguia trabalhar de dia e saía correndo do serviço para ir no treino, à noite”, disse.

Para Aninha, vencer essas dificuldades e superar os desafios são um meio de incentivar novas atletas para o esporte. “Temos uma grande responsabilidade nas mãos, em fazer tudo muito bem feito, para essas crianças mais novas se inspirar em nós porque também somos uma inspiração para elas”, conta.

Reunião do técnico Fernando Bonato com as atletas aconteceu na última quarta-feira, 03, no Centro da Juventude Nagib Harmuche. Foto: Paulo Sava
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