Colégio SESI de Irati realiza Feira de Ciências

Evento, denominado “Sesi Interação”, teve como tema o meio ambiente e reuniu alunos do Ensino…

01 de setembro de 2023 às 17h10m

Evento, denominado “Sesi Interação”, teve como tema o meio ambiente e reuniu alunos do Ensino Médio, que apresentaram trabalhos nas áreas de Biologia, Física, Química e Matemática/Paulo Sava

Thaís Gnatcoski, orientadora pedagógica do Colégio SESI de Irati, ao lado de parte dos alunos que partiparam da 5ª Feira de Ciências Sesi Interação. Foto: Paulo Sava

Estudantes do Ensino Médio tiveram a oportunidade de participar da 5ª edição da Feira de Ciências Sesi Interação na última semana. O evento, organizado pelos professores Luís Alexandre, de Física, Regiane Volski, de Biologia, Fabiana, de Matemática, Samuel, de Química, e Nelson de Língua Portuguesa, teve como tema o meio ambiente.

O objetivo principal da feira foi de estimular o pensamento crítico e científico dos estudantes e dos visitantes. A equipe da adolescente Ketlin Gabriela, de 15 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio, apresentou um trabalho explicando como funciona o tratamento de água. Ela contou que esta foi sua primeira experiência em feira de ciências e como foi o processo para a montagem do trabalho.

“Foi minha primeira experiência com este tipo de feira, já que, na minha escola antiga, era quem queria mesmo e eu não participava. O processo foi bastante puxado, teve vários problemas, especialmente dentro da equipe, que não é muito unido. Teve bastante nervosismo de apresentar pela 1ª vez algo para muitas pessoas, do que para poucos dentro da sala. Foi muito nervoso, mas também foi uma experiência única que eu nunca pensei que passaria”, comentou.

Ketlin e a equipe que apresentou trabalho sobre o sistema de tratamento da água. Foto: Paulo Sava

Ketlin destaca a importância do tratamento da água e da hidratação para a humanidade. “Nós temos que nos hidratar para ter um funcionamento muito bom (do nosso corpo) e seria bom visitar a estação (de tratamento de água) para ver como é feito o processo”, frisou.

Leonardo Alexandre de Paula Vaz, de 17 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio, participou da Feira de Física no ano passado e da Feira de Ciências neste ano. Ele também integrou a equipe de robótica, que tem o mesmo objetivo da Feira de Ciências. Para o jovem, mesmo não sendo uma experiência totalmente nova, o desafio foi bom. O experimento apresentado pela equipe de Leonardo tratou sobre a eletrólise da água e demonstrou uma forma de usar o hidrogênio como combustível.

“Atualmente os métodos combustíveis são todos poluentes, e isto está acabando com o planeta. Como o hidrogênio é uma forma mais limpa de se obter (combustíveis) e de proteger o planeta e o meio ambiente”, destacou.

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Emanuelle Duda, de 15 anos, participo pela 1ª vez da Feira de Ciências, demonstrando juntamente com sua equipe o funcionamento de uma usina hidrelétrica e seus impactos ambientais. A jovem acredita que a humanidade precisa pensar em maneiras melhores de utilizar estas usinas e a energia. “Elas acabam afetando o meio ambiente na questão das enchentes, apodrecendo árvores e liberando gases que não fazem bem. É importante pensar um pouco mais na sustentabilidade e no meio ambiente”, destacou.

Maria Fernanda, de 16 anos, já participou de outras feiras no colégio e também integrou a equipe de robótica. Ela e sua equipe apresentaram um precipitador eletrostático, dentro do tema do meio ambiente. A adolescente conta que a feira a ajudou a desenvolver sua comunicação. “Da feira, eu destaco a parte de me comunicar melhor e a experiência de conversar e mostrar as coisas. Tem a parte da escrita do artigo que, segundo a tia Thaís, vamos utilizar muito no futuro, e a questão da ecologia e do meio ambiente”, frisou.

Gabriele Opata de Siqueira, de 15 anos, e sua equipe apresentou um trabalho sobre a energia solar fotovoltaica. A adolescente afirmou que o trabalho em equipe, apesar de ser um pouco complicado, é importante para a formação dos estudantes. “São várias pessoas que não se conhecem e estão se conhecendo. É muito legal conhecer e trabalhar com outra pessoa e ver como ela trabalha com você. No trabalho, nunca vamos trabalhar sozinhos, mas sempre em equipe”, comentou.

Feira de Ciências do Colégio SESI foi aberta ao público. Foto: Paulo Sava

De acordo com Gabriele, a energia solar vem sendo apresentada durante as aulas como uma fonte renovável. “Aqui no SESI trabalhamos bastante com meio ambiente em si, com o não poluir, então isto é muito importante”, comentou.

A estudante Ana Lúcia participou da Feira de Física em 2022 e também da Feira de Ciências deste ano. Para ela, foi importante apresentar questões relevantes para a sociedade, como a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.

“Eu acho que a questão da sustentabilidade e do meio ambiente, de apresentar e saber dialogar com as pessoas. É uma coisa que vamos levar para o futuro e utilizar muito na faculdade ou, quando ficarmos adultos, no trabalho. Às vezes é um pouco difícil porque não é todo mundo que colabora, acaba tudo saindo para uma pessoa só, que acaba carregando tudo ‘nas costas’. Tem que ter diálogo com o restante da equipe”, pontuou.

Thaís Gnatcoski, orientadora pedagógica do Colégio SESI, ressaltou que a Feira de Ciências tem a proposta de incentivar o trabalho em equipe entre os alunos. “Como temos o trabalho em equipe dentro da sala de aula, como eles relataram o desafio que é trabalhar com pessoas, com cada uma tendo seu ritmo, aqui na Feira de Ciências vemos este trabalho concretizado. Eles têm que organizar o pit de apresentação, escrever o artigo científico e demonstrar o experimento na prática. Vemos todo este trabalho, esse movimento em relação ao convívio materializado ali. Eles podem tomar consciência do que eles aprenderam ao longo do trimestre, quando os professores foram trabalhando isto em sala de aula”, destacou.

Para Thais, o incentivo ao trabalho em equipe é essencial dentro da metodologia do Colégio SESI. “Tanto é que os alunos que saem do Colégio SESI, quando vêm nos visitar, a primeira coisa que eles nos falam é sobre o trabalho em equipe. ‘A gente sofria tanto no trabalho em equipe, mas hoje, lá no meu trabalho, no meu serviço, é o que me ajuda muito. Quando acontecem os conflitos, eu já sei como resolver, pois já tive esta vivência’. Então, às vezes eles estão aqui e não compreendem muito como é esta dinâmica, porque lidar com o ser humano é difícil, cada um tem seu tempo, o seu estilo de aprendizagem. Este é o X da questão: a convivência com a diversidade e aprender a aceitar que o outro não é do meu jeito. Eu aprendo a conviver”, frisou.

Na opinião da orientadora, o diferencial no estudante que está sendo formado é o aprendizado do trabalho em equipe. “Isto, lá no mundo do trabalho, faz muita diferença, pois hoje, a maioria das demissões que acontecem não são por competências técnicas, por aquilo que eu sei que é da minha profissão, mas sim pelo campo relacional, por não saber resolver conflitos, conviver com o outro. Os alunos que passam pelo Colégio Sesi têm esta vivência de equipe e desse trocar de ideias e atitudes com os outros”, comentou.

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