Governo do Estado já se comprometeu a enviar recursos para auxiliar o hospital que possui R$ 400 mil de déficit por mês/Reportagem de Jussara Harmuch com texto de Karin Franco
Os municípios da região Centro-Sul estudam uma forma de viabilizar mais recursos para serem repassados à Santa Casa de Irati. A informação foi confirmada pela presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amcespar), Cleonice Schuck, que participou nesta terça-feira (25) da Tribuna Popular na sessão na Câmara de Irati.
Com déficit mensal de R$ 400 mil, o hospital passa por dificuldades financeiras que podem levar a uma paralisação dos serviços oferecidos. Segundo a presidente do CIS/Amcespar, o Governo do Estado já se comprometeu a revisar o contrato com o hospital dentro de um período de 60 dias, que foi determinado em uma reunião com a entidade, como condição para suspender a paralisação, e buscar repassar um valor de R$ 180 mil a R$ 220 mil.
Agora, os municípios buscam viabilizar uma forma de complementar o valor. “Para fecharmos os R$ 400 mil negativos, que é apresentado pela Santa Casa, nós estamos estudando uma forma dos municípios poderem fazer esse aporte, que não seja através da compra de serviços, que é o que já fazemos e fez no ano passado num valor total de quase R$ 3 milhões”, relatou.
Os municípios pagam por serviços prestados, especialmente os que não possuem pronto-atendimento e precisam dos atendimentos da Santa Casa quando os postos de saúde estão fechados, como é o caso de Fernandes Pinheiro e Guamiranga.
De acordo com a presidente do CIS/Amcespar, a dificuldade de maior repasse está na legalidade da transação, já que o hospital precisa de recursos livres, que podem ser usados para pagamento de contas, enquanto os municípios podem firmar contratos apenas de serviços, incluindo um planejamento de gastos. “Nós não temos legalidade nos municípios para estar repassando este recurso de forma livre. Nós temos que comprar serviços ou fazer uma subvenção, que da mesma forma tem um plano de trabalho e deve ser apresentado com o pagamento de folha, de luz, de algo que seja é contratualizado”, disse.
Por isso, os municípios devem aguardar a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) para uma nova orientação de como podem repassar mais recursos “Nós estamos aguardando esse chamamento da SESA para que lá nós possamos estar estudando se existe alguma outra viabilidade que nós não conhecemos, que os nossos jurídicos ainda não identificaram, para estar passando de uma forma livre esses outros R$ 200 mil ou R$ 180 mil, se o Estado complementar com R$ 220 mil”, explica Cleonice.
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