Jovem, de 23 anos, suspeito de vender ingressos clonados para o show da Banda Coldoplay, em Curitiba, estava preso, mas pagou fiança de R$ 10 mil e seguirá em prisão domiciliar durante a noite
Um jovem de 23 anos, suspeito de ter vendido ingressos falsos para o show da Banda Coldplay, em Curitiba, que havia sido preso em Irati na quinta-feira, 20, pagou uma fiança no valor de R$ 10 mil estipulada pela Justiça e foi solto na tarde de ontem, 24. Ele deverá permanecer em prisão domiciliar durante a noite.
De acordo com o delegado Diego Luiz Ribeiro Troncha, para solicitar a liberdade provisória do suspeito, a defesa alegou que ele tem bons antecedentes. O Delegado explicou o que significa esta expressão, bastante utilizada na área da advocacia. “Para o Direito, os bons antecedentes são julgados antes de a pessoa ter um caso na fase de transitado em julgado, que é uma expressão que significa que não cabe mais nenhuma discussão ou recurso. Nesta questão, a pessoa pode ou não ter passagem pela polícia, mas não quer dizer que ela tenha maus antecedentes”, afirmou.
A defesa alega também que o jovem não cometeu o crime de forma tão elaborada, ou seja, não fez ameaças ou utilizou dados falsos. “Com base nisso, a defesa fez um pedido de liberdade provisória e, embora o Ministério Público tenha discordado, a Justiça acabou concedendo esta liberdade provisória mediante o cumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão”, frisou.
O delegado detalhou quais medidas o jovem deverá cumprir enquanto está em liberdade provisória. “Ele vai cumprir uma monitoração, está de tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar bares, boates e estabelecimentos congêneres. Ele também vai cumprir prisão domiciliar, à noite vai ter que se recolher e também vai cumprir prisão domiciliar e está proibido de manter contato com as vítimas ou testemunhas”, comentou.
O suspeito deverá comparecer mensalmente ao Fórum para prestar informações sobre suas atividades. Como ele é estudante de direito, a Justiça permitiu o seu deslocamento para Guarapuava durante o dia, uma vez que a prisão dele começa a valer a partir das 22 horas e vai até as 6 horas do dia seguinte.
Segundo o delegado, a decisão da Justiça é provisória. À medida que a investigação for avançando, ela poderá ser revogada. “A decisão é precária, cumprindo alguns requisitos, ela se manterá. À medida que a investigação for avançando, caso surja alguma outra questão que altere o estado das coisas, ela será revogada”, frisou.
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Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que o jovem teria enganado várias pessoas com os ingressos falsos. “Ele brincou com o sonho de muitas delas. Nos depoimentos, foi possível visualizar que muitas destas pessoas tinham sonho de assistir este show. Algumas se deslocaram de locais muitos distantes aqui da região, de outros estados. Uma delas disse que essa seria uma viagem e um show em família. Iriam assistir mãe e filha, mas ele acabou enganando as duas pessoas. Depois que elas foram barradas lá, ele continuou conversando, conforme eu havia dito, perguntando se não houve equívoco ou se elas tinham passado os ingressos para outras pessoas. Como nós juntamos um robusto conjunto probatório, representamos pela prisão preventiva, o Ministério Público concordou e ela foi cumprida na quinta-feira”, destacou.
