Governo do Paraná faz estudo para evitar deslizamentos de terra na BR 277, em Irati

Estudo está sendo feito em parceria entre a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros…

28 de janeiro de 2023 às 11h37m

Estudo está sendo feito em parceria entre a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município. Trabalhos devem ser concluídos em até 60 dias/Paulo Henrique Sava

Trincas foram encontradas no acostamento e nas canaletas da rodovia BR 277, proximidades da entrada para a Vila Nova, em Irati. Foto: Paulo Henrique Sava

O Governo do Paraná está fazendo um estudo técnico para evitar deslizamentos de terra na BR 277, entre os quilômetros 238 e 240, nas proximidades da entrada para a Vila Nova, em Irati. Os trabalhos estão sendo realizados em parceria entre a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município e devem ser concluídos em até 60 dias. O estudo está sendo acompanhado por um geólogo contratado pelo Executivo estadual.

Em entrevista à Najuá, o comandante do 10º Subgrupamento de Bombeiros Independente de Irati, Major Jorge Augusto Ramos, ressaltou que a área vem apresentando uma pequena movimentação de terra, o que pode ter causado trincas nas canaletas de escoamento da água construídas pela empresa Caminhos do Paraná, antiga concessionária de pedágio da região.

“Já é um problema antigo, houve obras de contenção e de escoamento de água, que na época incomodava a comunidade. Havia algumas residências em risco e a Caminhos do Paraná fez algumas obras, mas observamos que o terreno tem alguma suscetibilidade à movimentação”, comentou.

A rodovia foi inaugurada em 1969. Para que ela fosse construída, o terreno, que era um fundo de vale, precisou ser levantado. De acordo com Ramos, o estudo tem como objetivo avaliar ações que possam prevenir desastres ambientais na região. “Quando identificamos áreas de risco, temos que ir fazendo os estudos, observando e acompanhando para evitar problemas graves posteriormente. Nesta fase, observamos algumas trincas e, nesta fase, foi feita uma nova tentativa de contenção de encosta com pedras e mais um trecho de canaletas, mas ainda assim encontramos pequenas trincas nas canaletas e na área de acostamento, confirmando assim esta movimentação de terreno”, frisou.

A partir da constatação das trincas no acostamento e nas canaletas, será elaborado um laudo geológico para observar possíveis causas da movimentação do solo e avaliar as ações de prevenção a serem realizadas no local.

No cenário estadual, quedas de barreira vêm sendo registradas constantemente nos últimos dias. “Em áreas que não imaginaríamos que teriam problemas, observamos cotidianamente isto na Serra do Mar, Serra da Esperança e na descida para Santa Catarina. Isto nos dá um alerta de que, quando identificamos problemas, temos que fazer os trabalhos de prevenção e orientar a próxima empresa que assumir o pedágio sobre as intervenções necessárias. Para isto, o laudo do geólogo é muito importante para dar subsídio às equipes de engenharia e fazermos a contenção definitiva deste terreno e eliminar qualquer risco nesta área muito suscetível”, pontuou.

Qualquer incidente poderá causar problemas para o trânsito na rodovia e transtornos para a comunidade próxima, como deslizamentos de terra que poderiam atingir não só a BR 277, mas também casas que foram construídas naquela região. “Imagine o caos que tomaria conta da cidade com um desvio do trânsito da rodovia por dentro da cidade. Por isto, temos que fazer este trabalho na fase de prevenção para eliminar um possível risco e minimizar um potencial de dano para a nossa comunidade”, ressaltou.

A rodovia foi construída 15 metros acima do nível das residências próximas. Antes da construção da canaleta, a água da chuva que descia da Serra dos Nogueiras acumulava na lateral direita e depois foram encontrados pequenos focos de erosão do lado esquerdo. Depois da construção das canaletas, houve uma certa estabilidade, porém, uma nova movimentação do terreno foi constatada, segundo o major. Ele contou que o monitoramento do local vem sendo feito constantemente.

“Este acompanhamento é permanente, tanto da Defesa Civil quanto nosso, e, para medida de prevenção e preparação para o futuro, temos que fazer este tipo de trabalho para eliminar os riscos aos quais a nossa comunidade possa estar exposta de maneira geral, mas no ponto específico ali da BR 277”, comentou.

O estudo conta com um investimento aproximado de R$ 300 mil por parte do Governo do Estado, que também subsidiará possíveis intervenções a serem feitas pelo Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER) ou pelo Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT). Caso seja necessário, o governo manterá os trabalhos mesmo durante o novo período de concessão das rodovias. “Estamos aguardando estas movimentações das forças públicas, tanto do governo federal quanto do estado, para finalização da modalidade de licitação que teremos na BR 277”, finalizou.

Quer receber notícias locais pelo WhatsApp?

Este site usa cookies para proporcionar a você a melhor experiência possível. Esses cookies são utilizados para análise e aprimoramento contínuo. Clique em "Entendi e aceito" se concorda com nossos termos.