Município diz que vai aguardar término da investigação do Gaeco a respeito do caso para constatar se há envolvimento de funcionários na situação
A Prefeitura de Irati não abrirá sindicância para apurar um possível envolvimento de funcionários em um suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro que envolve o ex-secretário de fazenda do município, Valmir Emiliano, e uma construtora que mantém contratos com o município. O caso está sendo investigado pelo núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP).
Segundo a Secretaria de Comunicação (SECOM), o município vai aguardar o final das investigações do caso por parte do Gaeco. “A Prefeitura aguarda o final da investigação e se for constatado algo ilícito cometido por servidores, serão devidamente responsabilizados”, destacou o Executivo, em contato com nossa reportagem. A SECOM também afirmou que ninguém da Prefeitura teve acesso ao teor da investigação e que somente tomou conhecimento dos fatos através da imprensa.
Em nota emitida no início da tarde de hoje, 27, a Prefeitura de Irati esclareceu que o ex-secretário atuou entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2019, tendo sido exonerado por recomendação do MP devido à utilização do cargo em proveito próprio. O Executivo frisa que a exoneração não tem qualquer relação com esta investigação.
“A Prefeitura frisa que a exoneração não tem qualquer relação com a atual investigação do Gaeco. Por fim, cabe a administração municipal aguardar o final das investigações, a fim de que, se constatados ilícitos cometidos durante o exercício do cargo, haja a devida responsabilização do ex-secretário”, frisou a Prefeitura em nota.
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Relembre o caso: Na manhã de quinta-feira, o Gaeco cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Irati e Rio Azul. A ação faz parte da Operação Premium, que investiga um possível caso de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo ex-secretário de Finanças de Irati e uma construtora que mantém contratos com o município. As ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Irati. Durante a operação, foram apreendidos documentos, HDs, celulares e cerca de R$ 16 mil na residência de um familiar do ex-secretário.
Na sexta-feira, a defesa do ex-secretário entrou em contato com à Najuá e alegou que não teve acesso ao processo, pois ele está em “segredo absoluto”. A defesa ainda disse que vai se manifestar futuramente. A assessoria do Ministério Público também foi questionada por nossa reportagem sobre os nomes dos funcionários envolvidos no processo. “Infelizmente não temos esse detalhamento, o processo tramita sob sigilo”, respondeu a assessoria do MP.