Novo delegado assume em Imbituva

Thiago Andrade assumiu a Polícia Civil do município no início de janeiro/Paulo Henrique Sava Desde…

17 de janeiro de 2023 às 11h55m

Thiago Andrade assumiu a Polícia Civil do município no início de janeiro/Paulo Henrique Sava

Delegado Thiago Andrade assumiu a Delegacia de Imbituva no último dia 02 de janeiro. Foto: Paulo Henrique Sava

Desde o último dia 02, a Delegacia de Imbituva passou a contar com um novo delegado. Thiago Andrade assumiu a vaga deixada por Luiz Gustavo Timossi, que foi transferido para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, onde atuará como delegado adjunto.

Andrade é natural de Vitória-ES, e atua há 11 anos na Polícia Civil, tendo entrado na corporação em 2011 como investigador, atuando sempre em delegacias especializadas. Foram 8 anos na Divisão de Homicídios, alguns meses na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (no Paraná, chamada de NUCRIA) e depois foi transferido para a Delegacia Patrimonial. Imbituva será a primeira delegacia de Andrade como delegado titular.

Em entrevista à Najuá, Andrade ressaltou que a Delegacia está com uma excelente estrutura física depois de ter passado por uma ampla reforma nos últimos dois anos, e contando com um efetivo suficiente para dar conta de toda a demanda de trabalho no município.

“Pegamos uma delegacia com uma excelente estrutura física, oriunda de uma reforma recente, de 2020 e 2021, feita pelo delegado anterior, Luiz Gustavo Timossi, a quem eu agradeço. Contamos com um pessoal condizente para o trabalho, estamos com 8 profissionais, sendo 3 investigadores, 2 assistentes administrativos, 2 escrivães, 1 estagiário e uma servidora que nos ajuda na parte de apoio diverso. A equipe é condizente com o efetivo necessário para o trabalho, uma vez que Imbituva não é uma cidade tão grande, contando com aproximadamente 30 mil habitantes, segundo o Censo atual”, frisou.

O novo delegado buscará uma maior integração entre as polícias civil e militar e o poder público em prol da segurança da população imbituvense. “A nossa Constituição Federal, a nossa carta maior, diz que a segurança pública é dever do Estado, mas é direito e responsabilidade de todos. Então, penso que a integração entre a Polícia Civil, a Polícia Militar e os órgãos municipais da Prefeitura, inclusive tive reuniões com as secretarias de Educação e Defesa Social do município, e a sociedade. Eu clamo à sociedade para que participe desta atuação da polícia”, comentou.

Sobre a parceria com o município e a Secretaria de Educação, Andrade disse que irá procurar fazer um trabalho preventivo junto às escolas municipais. “Vamos fazer algumas palestras e ações de conscientização da população, mas claro, a Prefeitura vai nos ajudar até em termos de efetivo, se colocaram à disposição para enviar um estagiário para nos ajudar na confecção dos Boletins de Ocorrência. Nós, por nossa vez, vamos ajudar a Prefeitura no trabalho de repressão. Eles já solicitaram a nossa demanda em razão de alguns pontos considerados sensíveis, alguns locais de crescimento desordenado e que precisam de atuação policial. Alguns locais estão servindo como pontos de vendas de drogas, como, por exemplo, a Rodoviária e outros pontos. Então, vamos já realizar trabalhos de repressão nestes locais”, frisou.

A integração com a Polícia Militar é essencial para a segurança da população em geral, segundo o delegado. “A Polícia Militar tem muitas informações, está muito nas ruas enquanto a Polícia Civil fica geralmente fazendo investigações. Então, ela tem muitas informações que a Polícia Militar pode nos passar e trabalhar em conjunto, realizando operações conjuntas, em prol da sociedade. Não adianta cada polícia ficar no seu canto, o trabalho tem que ser junto”, comentou.

Apoio da população – O apoio da população ao trabalho policial se dá através da realização de denúncias. Mesmo que elas sejam feitas de forma anônima, a maioria das pessoas ainda tem medo de fazê-las. “A denúncia é anônima, nós sabemos disso, às vezes a população tem um certo medo de fazê-las, e certamente eu entendo este medo, mas elas ajudam bastante a solucionar os crimes porque a população sabe o que está acontecendo. O morador sabe onde tem aquele ponto de venda de drogas, quem está espancando a mulher ou até fazendo violação contra crianças e adolescentes. Imploramos que as pessoas façam estas denúncias, de modo que isto vai ficar no anonimato”, pontuou.

Violência contra a mulher – O delegado percebeu que há um índice muito grande de violência contra a mulher em Imbituva. Entretanto, ainda não foi possível levantar dados estatísticos sobre este tipo de ocorrência. Um dos casos foi registrado nesta segunda-feira, em que uma mulher chegou até a Delegacia com o olho roxo. Foram solicitados exames e as medidas protetivas de afastamento do agressor de sua casa. Andrade solicita que as vítimas tenham seriedade ao fazer as denúncias.

“Com a mesma seriedade que vou conduzir estes casos, onde houver realmente ameaça ou lesão corporal, também vou apurar eventuais responsabilidades se a denúncia não for verdadeira. É bom que a mulher saiba utilizar a lei, mas também que ela tenha noção de que existe a lei contra ela. Caso venha a fazer uma denúncia que não seja verdadeira, ela poderá ser punida por calúnia ou denunciação caluniosa, que são crimes graves”, afirmou.

Quer receber notícias locais pelo WhatsApp?

Carceragem desativada – A carceragem da Delegacia de Imbituva já foi desativada há algum tempo, ou seja, o local já não recebe mais detentos, apenas em casos de flagrante. Depois, eles são transferidos para Irati ou Ponta Grossa. Segundo Andrade, cuidar de presos não é uma das atribuições da Polícia Civil.

“Foi desativada porque a Polícia Civil não tem atribuição de guardar presos, de custodiá-los. Esta é uma atribuição do DEPEN (Departamento Penitenciário). A Constituição Federal estabelece uma diferença muito clara nas atribuições. A Polícia Militar atua de forma preventiva, ou seja, o policial militar anda fardado para prevenir o crime e não deixar que aconteça. Mas o crime é um fato social e pode acontecer. Aí entra a Polícia Civil, que existe para investigar e identificar quem praticou o crime, levantar as provas e verificar circunstâncias. Então, não é atribuição da Polícia Civil custodiar presos: existe uma polícia penal para isto e cada um tem que cuidar da sua atribuição”, frisou.

Parceria com o município – O prefeito de Imbituva, Celso Kubaski, destacou que o município sempre teve um bom relacionamento com os órgãos de segurança. Ele também garantiu que pretende fazer melhorias no sistema de câmeras e criar uma Guarda Municipal.

“Sempre mantivemos um bom contato, tanto com a Polícia Civil quanto com a Militar, e o município sempre esteve aberto ao diálogo. Pretendemos melhorar o sistema de segurança, tanto em melhorias no sistema de câmeras quanto na criação da Guarda Municipal. Isto faz parte dos nossos projetos para 2023, já contratamos uma empresa especializada na criação de cargos e salários para criar o cargo de Guarda Municipal, para depois implantarmos o órgão, que faz parte do nosso plano de trabalho. Tanto eu quanto o Zaqueu, quando eleitos, assumimos este compromisso de criarmos a Guarda Municipal de Imbituva”, comentou.

Depois de finalizada a elaboração do Plano de Cargos e Salários, o concurso poderá ser aberto para Guarda Municipal e outros cargos. “São vários profissionais de diversas áreas, mas precisamos primeiro colocar a casa em ordem, fazer o nosso processo de Plano de Cargos e Salários para depois abrirmos o concurso para as áreas necessárias. É possível que façamos até o final deste ano para admissão em 2024. Se tudo correr bem, pretendemos fazer um pouco antes, mas basicamente estamos trabalhando com estes números, de 2023 finalizar o processo e abrir o concurso para admitir este pessoal no começo de 2024”, finalizou.

Este site usa cookies para proporcionar a você a melhor experiência possível. Esses cookies são utilizados para análise e aprimoramento contínuo. Clique em "Entendi e aceito" se concorda com nossos termos.