Além do público em geral, o programa possui atendimento específico às gestantes/Lenon Diego Gauron, com reportagem de Juarez Oliveira
Adriane destaca que até mesmo pessoas que já tentaram parar de fumar anteriormente podem participar do grupo. “O programa é aberto para as pessoas que nunca tentaram parar de fumar e até àqueles que já participaram de outros grupos, pararam de fumar na época, e retornaram ao vício. Mas é muito importante que a pessoa chegue com o desejo de querer parar de fumar”, frisa a enfermeira.
Já a enfermeira Isabela Barbosa dos Santos explica como é a abordagem oferecida ao grupo que deseja perder o vício no cigarro. “A gente possui a abordagem cognitiva comportamental, onde fazemos grupos e as pessoas contam os motivos pelos quais elas começaram a fumar. Normalmente, desde criança, ela vê um familiar fumando e começa a despertar o seu interesse em ‘se sentir mais adulto fumando’. Compartilhando experiências em grupo, um ajuda o outro. Além disso, oferecemos o suporte profissional com um médico que irá recomendar um medicamento para que a pessoa tenha êxito em parar de fumar”, descreve Isabela.
Adriane conta que a procura por ajuda profissional pode ser motivada por diversas razões. “Existem vários motivos que levam a pessoa a querer parar de fumar, desde o descobrimento de alguma doença, seja por querer não ser mais exemplo [ruim] para alguém da família, por uma gravidez ou amamentação, entre outros motivos”, relata.
O tratamento é feito em grupo de até dez pessoas. É feita uma avaliação para descobrir qual o tratamento ideal para cada paciente. “O programa é composto por quatro sessões semanais, fazemos um teste para classificar a dependência dele, se é leve, moderada ou grave, e a partir dessa entrevista, vamos direcionando qual tipo de tratamento será realizado com cada pessoa. Temos atendimento em grupo e também individual”, explica Adriane.
Ela afirma também que o período total de acompanhamento aos participantes é de um ano, onde são observadas suas evoluções e dificuldades. “No primeiro momento são quatro sessões semanais, após isso são encontros quinzenais, e, por último mensais, até fechar um ano. Durante um ano, os participantes ficam em acompanhamento com a gente. Durante as sessões a gente vai vendo a evolução do paciente e suas dificuldades, até conseguirmos o êxito em parar de fumar até a quarta sessão”.
Além do atendimento ao público em geral, o grupo oferece também ajuda específica às gestantes fumantes que desejam engravidar no futuro. “A gente viu uma oportunidade de fazer esse grupo levando em consideração o fator da gestante querer parar de fumar por causa do bebê. A gente sabe que a nicotina é responsável por abortos espontâneos ou partos prematuros, o bebê pode nascer com baixo peso ou até problemas pulmonares. Desta forma, vimos a necessidade de oferecer um atendimento especifico para gestantes. As mulheres que são fumantes e que desejam engravidar, podem estar nos procurando para se inscrever para tentarmos ajudar elas a pararem de fumar antes de se tornarem gestantes”, orienta Adriane.
Isabela alerta as pessoas que conseguiram parar de fumar para que não cedam à abstinência, pois isso pode desencadear um retorno ao vício. “Tem uma frase que a gente sempre comenta no grupo que é para evitar o primeiro cigarro, assim evitar todos os outros. Se ela estiver em abstinência, que ela não fume um cigarro e permanecer sem fumar”.
Interessados em participar dos próximos grupos de combate ao tabagismo deverão entrar em contato pelos telefones: 3132-6333 (UBS Adhemar Vieira de Araújo), 3132-6345 (UBS Lagoa) e 3132-6209 (Centro da Juventude).
Foto: Divulgação |