Na oportunidade, alunos receberam uniformes de malha e de Educação Física. A farda, que fará parte do vestuário, será entregue em 2022/Paulo Henrique Sava, com reportagem de Sidnei Jorge
Novos uniformes dos colégios cívico-militares foram entregues na última quinta-feira, 25. Foto: Sidnei Jorge |
Eloísa ressalta que houve uma grande modificação no sistema de trabalho da escola, com algumas regras sendo implantadas pelos militares. No início, alguns alunos apresentaram uma certa resistência, mas depois acabaram aceitando e perceberam a tranquilidade da adoção das normas dentro do colégio. “Hoje vemos a tranquilidade de ter regras no colégio e elas serem claras. As famílias também nos apoiam e estão junto com a gente. O aluno precisa de regras claras porque tudo o que vai ser cobrado lá fora, nós cobramos aqui”, comentou.
A partir deste ano, os colégios cívico-militares passaram a contar com as disciplinas de Cidadania e Civismo e Educação Financeira. Além disso, o número de aulas diárias passou de cinco para seis. Neste ano, o Duque de Caxias contou com onze turmas pela manhã e duas à tarde; a partir do ano que vem, continuarão as mesmas onze turmas no período matutino, porém à tarde o número será de oito salas, com fila de espera para o 6º e o 9º ano do Ensino Fundamental e para o 1º ano do Ensino Médio.
O diretor militar do Colégio Duque de Caxias, Valdir do Prado, bombeiro da reserva que atuou também como palestrante, acredita que trabalhar com jovens dentro da instituição é uma experiência bem diferente e ao mesmo tempo agradável. “Traz para mim uma experiência até agora agradável, porque estou lidando com vários comportamentos, tipos de classes sociais dos alunos, e isto tem trazido para mim uma satisfação em poder ouvir e entender como os nossos jovens estão caminhando dentro do nosso sistema de ensino”, afirmou.
Na visão de Valdir, alguns alunos ainda encontram dificuldades para compreender as novas regras dos colégios cívico-militares. “Eles entendem que aquilo que eu estou dizendo é uma regra ou algo que não pode, e simplesmente são contra, sem entender que aquilo pode trazer benefícios para eles e não traz nada que vá prejudicar o seu desenvolvimento, o seu crescimento”, enalteceu.
O major Fábio Ferraz, comandante da 8ª Companhia Independente da Polícia Militar (8ª CIPM) de Irati, comentou que os policiais da reserva envolvidos neste trabalho não irão interferir na atuação dos professores em sala de aula. “Não há interferência dentro da sala de aula, mas nós procuramos passar valores militares inerentes à nossa profissão, o que é muito importante para ajudar no engrandecimento e crescimento das crianças que neste momento fazem parte do colégio cívico-militar. A entrega dos uniformes coroa o bom trabalho executado pelo Governo do Estado neste sentido. Uma escola reformada, com bons profissionais, professores e servidores da educação que fazem um trabalho muito importante, pois são eles que darão o direcionamento para que as crianças sejam cidadãos melhores”, comentou.
O prefeito de Irati, Jorge Derbli (PSDB) demonstrou satisfação com a implantação dos colégios cívico-militares em Irati. “Os alunos, com certeza, com estes conhecimentos amplos que têm sobre a questão militar, os levam para o resto da vida. Para nós, a distribuição dos uniformes do dia-a-dia é muito boa, e quando tivermos o uniforme de gala, a farda, com certeza veremos nas ruas os alunos fardados e isto nos traz orgulho e também para os pais e alunos, despertando em muitos deles a vontade de vir a estudar em um colégio cívico-militar”, comentou.
Já a comandante do Corpo de Bombeiros de Irati, Capitã Carla Adriana Spak Sobol, ficou satisfeita com a implantação dos colégios cívico-militares nas cidades do interior. “Aqui, agora com a escola cívico-militar, além de embutirmos na cabeça das crianças o amor à Pátria e aos nossos símbolos, trazemos a esperança de que eles terão o contato com a nossa área, como funciona, como é ou não é, e quem sabe amanhã teremos novos comandantes do Corpo de Bombeiros de Irati e da Polícia Militar que saíram dos colégios cívico-militares de Irati e região. Eu digo para os pais e as crianças sonharem e quererem ser mais, em tudo o que escolherem ser, façam o melhor que vocês puderem ser naquele dia e tudo dará certo no final”, comentou.
O prefeito de Rio Azul, Leandro Jasinski, faz uma avaliação positiva sobre a presença do colégio cívico-militar no município e da entrega dos uniformes. “Dentro do colégio cívico-militar, se trata mais das questões do patriotismo, do civismo e da formação das pessoas, não somente na área educacional. Eu fico muito feliz por Rio Azul poder contar com um colégio cívico-militar, que com certeza pode atrair estudantes de outras cidades não contempladas. Temos uma alegria muito grande em poder contar com este colégio na nossa cidade e em estar aqui hoje recebendo estes uniformes”, frisou.
Programa – O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares foi idealizado pelos ministérios da Defesa e da Educação. No total, devem ser implantadas 216 escolas cívico-militares em todo o Brasil até 2023, sendo 54 por ano. O modelo de trabalho está baseado nos colégios militares do Exército, das polícias e dos Corpos de Bombeiros. Policiais e Bombeiros Militares da reserva foram chamados para atuas nas escolas do Paraná.
Fotos: Sidnei Jorge
Ao centro, a diretora geral Eloísa Van Der Neut, ladeada pelos diretores militares Valdir do Prado (à esquerda) e Cabo Elias (à direita) |
A diretora Eloísa, ao lado do prefeito Jorge Derbli (PSDB) |