Reunião entre fumicultores e empresas fumageiras irá discutir preço do fumo

Fumicultores ameaçam abandonar a atividade devido a falta de recursos e a pouca rentabilidadeRodrigo Zub…

24 de março de 2011 às 12h21m

Fumicultores ameaçam abandonar a atividade devido a falta de recursos e a pouca rentabilidade
Rodrigo Zub com colaboração de Renata Lima

Insatisfeitos com o preço pago pelo fumo agricultores ameaçam abandonar o cultivo (Fotos: Rodrigo Zub)
Insatisfeitos com o preço pago pelo quilo de fumo durante a safra 2010/2011, vários fumicultores de Irati solicitaram ao Sindicato Rural, uma reunião para discutir com as empresas fumageiras, soluções imediatas para garantir a sustentabilidade dos agricultores, principalmente em função do valor abaixo  da média anual pago pelas indústrias neste ano.

Por esse motivo, acontece amanhã, 25, a partir das 9 h, no sindicato rural de Irati uma assembleia com produtores e também com as empresas fumageiras para tratar sobre a insatisfação dos fumicultores, que ameaçam abandonar a atividade devido a falta de recursos e a pouca rentabilidade. “Percebemos essa insatisfação. Muitos produtores procuraram o sindicato reivindicando das empresas que elas cumpram o que foi determinado. Porque enxergamos a situação assim, existem anos que a situação é melhor, outros é pior, mas devido ao preço baixo pago pelo fumo neste ano fica difícil de ele ser uma atividade sustentável”, entende o presidente do sindicato rural de Irati, Mesaque Kecot Veres.

Em Irati existem cerca 1.300 produtores de fumo
A principal reivindicação dos produtores é de que não existe uma explicação para que o preço médio do fumo ter caído tanto do no ano passado, em relação há este ano, essencialmente porque a qualidade do fumo continua praticamente a mesma ou até melhor em relação à safra passada. “Ano passado o preço médio foi de aproximadamente R$ 7,50 o quilo. Já em 2011, a média caiu para apenas R$ 4,20. Hoje, se analisarmos que para se produzir um quilo de tabaco custa R$5,81, e a média está abaixo desse valor, fica claro que o produtor terá prejuízo e a atividade não tem sustentabilidade”, reflete Veres.

Segundo o presidente do sindicato rural, a reunião servirá também para que as empresas fumageiras e os agricultores cheguem a um acordo na tentativa de buscar a definição de uma tabela unificada de preço, como era feito até alguns anos atrás. “Desta forma, iríamos garantir a sustentabilidade dessa atividade o que seria bom para os dois lados, tanto as para indústrias, como para os agricultores que teriam tranquilidade para trabalhar”, afirma Veres.

Programação

A reunião no sindicato rural terá início às 9h com uma reunião com os fumicultores. Em seguida, a partir das 9h30, cinco empresas fumageiras foram convidadas a participar de uma assembleia com os agricultores. Lembrando que cada uma delas terá 20 minutos para apresentar suas propostas e ouvir as reivindicações dos produtores.

Programação:
9h30: Empresa Souza Cruz
9h50: Alliance One
10h10: Univesal Tabacos
10h30: Premium
10h50: CTA

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