Pedido é para que o Colégio Estadual Professor Júlio Cesar será reformado. “Sendo educação prioridade, não podemos deixar nosso colégio cair”, dizia uma das mensagens exibidas pelos estudantes.
Rodrigo Zub, com reportagem de Clayton Burgath
Cansados de ver a falta de soluções por parte das autoridades, os alunos do Colégio Estadual Professor Júlio Cesar, liderados pelo grêmio estudantil, resolveram arregaçar as mangas e ir à luta. Na manhã de terça-feira, 8, eles realizaram um manifesto através de uma passeata pelas principais ruas da cidade. A reivindicação é para que seja efetuada a reforma do colégio que já vem sendo requisitada há vários anos.
Ao som de apitos e vestidos de preto, os estudantes exibiram faixas e cartazes retratando a realidade do colégio. Um deles exibia o sentimento comum de pais, alunos e professores. “Sendo educação prioridade, não podemos deixar nosso colégio cair”, dizia uma das mensagens.
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Alunos pedem socorro
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“Sendo educação prioridade, não podemos deixar nosso colégio cair”, dizia uma das mensagens
Cabos e fiação elétrica danificados, telhado e banheiros quebrados e paredes de sala de aula apresentando rachaduras. Construída há 63 anos, a instituição de ensino reboucense apresenta sérios problemas em sua estrutura.
Segundo o diretor do Colégio, Wesley Molinari, uma planilha foi apresentada em 2009 prevendo várias ações na estrutura do estabelecimento. No entanto, as obras ficaram apenas no papel e pouco feito até agora. A promessa era de que R$ 740 mil seriam investimentos. Porém, somente metade desta verba será disponibilizada. Para Molinari, esse dinheiro não seria suficiente para cobrir todos os custos necessários para a realização da reforma. “Falaram-nos que existem R$ 374 mil disponíveis para executar as obras. O valor tem que ser atualizado, pois ele não é suficiente. Se for ter que escolher onde será usado o dinheiro fica bem difícil”, analisa.
Colégio
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Colégio Estadual Profº Júlio Cesar foi construído em 1949
Desde quando foi edificado em 1949 até agora, o Colégio ainda não passou por nenhuma grande intervenção. Por isso, um dos pedidos dos alunos, professores e da diretoria, é para que as autoridades olhem e analisem com carinho a situação. “Quantas pessoas passaram por aqui. É uma escola tradicional e que deve ser respeitada”, enfatiza Molinari. De acordo com ele, atualmente existe 1.100 alunos matriculados no estabelecimento de ensino. Outros 160 estudantes também estão vinculados ao colégio, mas de forma descentralizada em Inácio Martins e Prudentópolis.
A estudante Agda Sharay Thomas lembra que o colégio é a única instituição de ensino de Rebouças, que oferece ensino fundamental, médio e normal. Além disso, ela questiona que medidas devem ser tomadas o mais rápido possível a fim de evitar algum tipo de tragédia. “A gente precisa urgentemente de reformas, tem estragos não só na rachadura, como na fiação que pode ocasionar acidentes fatais. Com essa passeata nós temos o objetivo de chamar atenção das autoridades”, declara Agda.