Assistente de chefia do Núcleo Regional de Educação de Irati, Itamar Vaz Toniolo, diz que a reforma do colégio terá início em aproximadamente seis meses
Rodrigo Zub, com reportagem de Clayton Burgath
© Clayton Burgath
Itamar (à direita) se reuniu com pais, alunos, professores para dar a boa notícia que governo assumiu o compromisso de reformar o Colégio
Fim da agonia. É desta forma que pais, alunos, professores e toda comunidade reboucense comemora o anúncio feito pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Irati. A boa notícia chegou através do assistente de chefia do Núcleo, Itamar Vaz Toniolo. Ele anunciou que o Colégio Estadual Professor Júlio César será reformado completamente. Ao todo, serão investidos aproximadamente R$ 1 milhão na infraestrutura do prédio. A confirmação aconteceu na noite desta quinta-feira, 24, durante uma reunião que contou com a participação da direção e da APMF da instituição de ensino.
Até o momento ainda não foi estipulada uma data para que as obras tenham início. Já o projeto deu seus primeiros passos nesta semana quando um engenheiro do Núcleo Regional de Educação de Irati começou a desenvolver a planta e a discutir a viabilidade técnica da obra. Toniolo diz que a reforma do colégio terá início em aproximadamente seis meses. Lembrando que as planilhas terão que ser refeitas, assim como as licitações para execução do projeto.
“A data para começar não tem prazo, mas o fim começou hoje. Devemos entender que existem dezenas de colégios no Paraná inteiro. Várias ações foram feitas como construções de quadras, ginásios cobertos, mas reformas e ampliação de escolas foram poucas nos últimos dez anos”, lembra.
Nova planilha
A grande novidade do projeto é que será feita uma nova planilha, onde será acrescido em torno de R$ 250 mil a mais em relação cronograma anterior que previa investimentos na ordem de R$ 750 ml. Na visão de Toniolo, o projeto apresentado em 2009 está totalmente defasado, principalmente porque as condições do colégio pioraram consideravelmente nos últimos três anos. “Onde tinha 10 m de parede danificada, hoje está com 30% a mais”, relata.
Toniolo diz que a visita ao colégio reboucense foi um pedido do secretário de Educação, Flávio Arns que já assumiu o compromisso de reformar a instituição de ensino. De acordo com ele, a passagem por Rebouças também teve o intuito de discutir com a comunidade de que forma serão realizadas as obras. Existem duas opções: fechar o colégio e reformá-lo totalmente ou providenciar as melhorias por etapas. “Nós fazemos questão que a comunidade participe e de suas opiniões. Temos a intenção de preservar a estrutura histórica, fachada, telhado quase o mesmo, porque temos um padrão arquitetônico muito rico”, diz o assistente de chefia do Núcleo.
Mudança de planos
O assistente de chefia do Núcleo diz que o Colégio reboucense não constava na lista de prioridades da secretaria estadual de Educação. A situação mudou completamente após a mobilização dos alunos que organizaram um manifesto no dia 8 de maio.
“O Flávio Arns tinha uma série de fotos, pedidos, laudo técnico em mãos, mas aquilo não demonstra o que tem na escola. A mobilização sim o sensibilizou para que mandasse uma assessora visitar a nossa escola. Os olhos dela determinaram que a escola fosse totalmente refeita”, diz Toniolo, comentando sobre a visita técnica da assessora de gabinete, Rosecler que esteve no Colégio Júlio César, na última sexta-feira, 18.
Reforma de salas de aula
O diretor do Colégio, Wesley Molinari entende que o momento mais difícil foi superado. Ele brinca e afirma que o período de reuniões e mobilizações chega ao fim depois que o secretário assumiu o compromisso de reformar o Colégio. Molinari comenta que a diretoria volta suas atenções para outra prioridade, que será a construção de novas salas de aula. “Essas salas saindo seis meses antes das reformas ajudam para que possamos ter uma forma mais prática de remanejar os alunos”.
Sobre a mobilização dos alunos, Molinari diz que vê com orgulho a forma como os estudantes estão cobrando direitos e reivindicando melhorias. “É uma pena uma coisa que é uma obrigação do Estado temos que estar pedindo. Por outro lado nossos alunos estão dando noção de cidadania”, destaca.