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Segundo o diretor da Fauepg, Everson Krum, o atendimento voltou ao normal no sábado
O Promotor Público, Fuad Faraj, requisitou ontem a instauração de um Inquérito Cívil Público sobre o fato ocorrido na última sexta-feira no Hospital Municipal Amadeu Puppi. De acordo com o promotor, o inquérito será enviado para o prefeito Pedro Wosgrau Filho, para a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e também para a 3º Regional de Saúde solicitando esclarecimentos no prazo de 24 horas. Na noite de sexta-feira até a madrugada do sábado, o Hospital Municipal fechou as portas por falta de médicos de plantão. Pacientes tiveram que tentar atendimento em outros hospitais.
“O inquérito será para apurar eventuais omissões de socorro, também para investigar os motivos da falta de médicos e do fechamento das portas do hospital naquela sexta e vamos apurar as responsabilidades”, afirma.
Para Fuad, o principal erro da gerência do hospital foi a não elaboração de um plano contingencial para o atendimento dos pacientes. “Foi muito triste o que aconteceu, parece que todos cruzaram os braços. Queremos saber se existem planos contingenciais estabelecendo critérios para onde serão levados os pacientes se acontecer de faltar médicos no Hospital Municipal novamente”, diz o promotor.
A 3º Regional de Saúde também será oficializada, segundo Fuad, para justificar a razão pela qual deixou de providenciar outras portas de pronto atendimento nos hospitais do município na noite de sexta. “Igualmente, deve a 3ª Regional de Saúde responder esta Promotoria de Justiça por que os hospitais da cidade não realizam atendimentos de natureza ambulatorial ou fora dos casos referenciados pelo Samu e Siate, deixando de atender a demanda espontânea de pacientes que acorrem diretamente às portas de tais hospitais”, disse.
De acordo com o professor e diretor da Fauepg, Everson Krum, a escala dos médicos foi normalizada no sábado. “Nós já estamos voltando ao normal, no domingo à noite, nós tínhamos quatro médicos de plantão. A escala dos outros dias também já está fechada”, afirma.
Sobre as contratações dos profissionais, Krum garante que serão feitas o mais rápido possível. “Nós estamos tentando contratar os médicos o mais breve possível. Estou pesquisando alguns profissionais para trabalhar no Hospital Municipal. As contratações é uma dificuldade notória, mas que vamos resolver”, diz.
O Secretário de Saúde, Edson Alves, também afirmou que a situação no hospital foi regularizada. “Agora tudo voltou ao normal e nós estamos regularizando todas as escalas”, disse.
Segundo o chefe da 3º Regional de Saúde, Jaime Menegoto Nogueira, os atendimentos ambulatoriais nos outros hospitais não foram feitos devido a grande demanda. “Eles foram avisados sobre a necessidade em receber os pacientes, mas o Hospital Bom Jesus e a Santa Casa de Misericórdia já atendem pacientes de Samu e Siate e por isso não puderam receber”, diz.