Dez agentes penitenciários assumem custódia dos presos de Irati

Agentes penitenciários serão responsáveis pela custódia de 70 presos que estão na Delegacia. Já os…

01 de fevereiro de 2013 às 08h38m

Agentes penitenciários serão responsáveis pela custódia de 70 presos que estão na Delegacia. Já os policiais civis terão mais tempo para elucidar crimes
Rodrigo Zub

© Diário dos Campos

Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) será responsável pela custódia dos presos de Irati
Elucidar crimes, auxiliar a autoridade policial e combater a criminalidade nas ruas. A partir de hoje, 1, os policiais civis de Irati poderão voltar a desempenhar atividades típicas da função. Dez agentes penitenciários aprovados em concurso assumiram a custódia dos presos que estão na Delegacia da cidade.

Gestão compartilhada

A partir desta sexta-feira, 1, novos agentes penitenciários assumiram a gestão compartilhada e transitória de 31 delegacias administradas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Com a mudança, as cadeias públicas, como é o caso de Irati, serão gerenciadas também pelo Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (DEPEN) órgão vinculado a Secretaria do Estado da Justiça (Seju), até que sejam implantadas novas vagas no sistema penal.

O Agente Penitenciário Cassiano Ricardo Pepe, será o comandante das atividades na 41ª Delegacia de Polícia Civil de Irati.

Com parte da situação resolvida, uma antiga preocupação volta a ser questionada. A superlotação do presídio. Atualmente, 70 presos estão detidos em Irati, num espaço que comporta no máximo 32 pessoas. O Delegado de Irati, Jorge Luiz Wolker, entende que os presos estão seguros em Irati, apesar da superlotação do presídio.

“Em Irati, não temos presos de extrema periculosidade. Todos são nativos da região e querem permanecer aqui porque a família está próxima. O que nos preocupa é o fato da BR-277 cortar a cidade de Irati, sendo rota de bandidos e traficantes que saem de Foz do Iguaçu com destino a capital do Estado”, diz Wolker.

Delegacias cidadãs

No início de 2012 o governo estadual chegou a anunciar que Irati seria um dos municípios contemplados com uma delegacia cidadã, como parte do programa de reestruturação da segurança pública. Na época Wolker disse em entrevista ao repórter da Najuá, Tadeu Stefaniak, que a construção dessas delegacias poderia contribuir para que os policiais deixassem de ser desviados de função. Com isso, eles voltariam a investigar e combater o crime, uma vez que as funções administrativas que hoje muitos deles exercem seriam desenvolvidas por estagiários a ser contratados num breve espaço de tempo.

Porém, um ano depois nota-se que as promessas ficaram apenas no papel. Nenhum dos municípios “contemplados” recebeu recursos para o início das obras das delegacias cidadãs, afirma Wolker. O delegado destaca que as autoridades até se mostraram propensas a ajudar com a aprovação de um projeto de lei para destinar uma área para edificação da nova delegacia.

“Até houve uma discussão sobre isso e no fim optamos por construir a nova delegacia na atual sede. Para isso iríamos transferir os presos. Porém, já passou metade do mandato do governador e nada ocorreu”, analisa.

PG

Outro município da região que tem sofrido na “pele” o problema da superlotação das carceragens provisórias é Ponta Grossa. No ano passado a ex-delegada chefe da 13ª Subdivisão Policial, Valéria Padovani, foi proibida pela justiça de continuar encaminhando mais presos para o cadeião. Na época, ela entrou com um recurso para continuar as prisões. Para reduzir a superlotação, 100 detentos foram transferidos para outras unidades. Porém, o problema continua. No lugar construído para 172 pessoas estão mais de 500 detentos.

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