Proposta de criar mais 94 cargos comissionados na prefeitura de Ponta Grossa foi aprovada em primeira e segunda discussão na segunda-feira, 18
Da Redação
Nos últimos anos várias entidades têm procurado incentivar os gestores para realizarem a contratação de funcionários via concurso público. A ideia é evitar que sejam feitas nomeações por acordos políticos e parentes. Porém, em Ponta Grossa, o prefeito Marcelo Rangel (PPS) resolveu seguir o caminho inverso e encaminhou um PL para a câmara solicitando a criação de 94 cargos comissionados na prefeitura.
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Proposta foi aprovada com 16 votos a favor e seis contra
O chamado cabidão do Rangel, conforme foi denominado pela imprensa ponta-grossense foi aprovado em primeira e segunda votação na sessão de segunda-feira, 18, da Câmara de Vereadores. Na mesma lei além de aumentar os salários em quase 15% para os professores e 10 % para as demais categorias, Rangel incluiu uma reforma administrativa que cria 94 cargos novos. Os projetos foram aprovados com 16 votos a favor e seis contra. O vereador Pascoal Adura (PMDB) não participou da sessão. Vereadores de oposição tentaram separar as duas matérias e votar apenas o reajuste. O pedido foi rejeitado.
Pietro Arnaud (PTB) que foi um dos seis legisladores que votaram contra a proposta afirmou que o excesso de cargos comissionados deve ser coibido. “Tem cargos comissionados que ficam o dia inteiro circulando por aí, enquanto vocês estão no sol”, disse, se referindo aos servidores que estavam no plenário assistindo a sessão. Já o vereador George (PMN) afirmou que foi favorável a criação dos novos cargos e não viu problema na aprovação do chamado cabide de emprego. “Aprovo sim, desde que se trabalhe e aí sim, a obrigação de todos nós fiscalizarmos eu não vejo nenhum problema”.
Com a criação dos novos cargos, a prefeitura de Ponta Grossa passa a ter mais de 300 comissionados. A inclusão de novos funcionários irá aumentar os gastos com pessoal em quase R$ 4 milhões por ano. Em Irati, atualmente cerca de 70 funcionários exercem cargos comissionados. Na administração passada, esse número chegou a 101.
Votaram a favor da criação dos 94 cargos em comissão:
Adélia (PSD), Alisson (PPS), Ana Maria de Holleben (PT), Daniel Milla (PSDB), Pastor Ezequiel (PRB), George (PMN), Júlio Kuller (PSD), Pastor Luiz Bertoldo (PRB), Marcelo Careca (PT), Márcio Schirlo (PSB), Mauricio Silva (PSB), Rogério Mioduski (PPS), Romualdo Camargo (PSDC), Sebastião Mainardes (DEM), Paulo Cenoura (PSC), Valtão (DEM).
Votaram contra:
O presidente da Casa, Aliel Machado (PC do B), seu colega de partido Aguinel, Taíco (PTN), Laroca e Jorge da Farmácia (PDT) e Pietro Arnaud (PTB).
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