Jogador de futsal Claudinho e tradutora ucraniana se dirigiam a um supermercado de Kherson quando ocorreram duas explosões bem próximas a eles. Guerra entre Rússia e Ucrânia entrou no 12º dia/Paulo Henrique Sava
Claudinho e uma tradutora brasileira quase foram atingidos por bombas em Kherson, na Ucrânia. Guerra com a Rússia já está no 12º dia. Foto: Reprodução Instagram |
Claudinho ainda não relatou o ocorrido de hoje para a sua família. Ele informou também que o estoque de alimentos na cidade está escasso. Já os fornecimentos de água e energia elétrica continuam normais.
Nesta segunda-feira, 07, o governo brasileiro anunciou o envio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o resgate de brasileiros que escaparam da guerra. A previsão é de que a aeronave, que levará também 11,5 toneladas de material de ajuda humanitária, como roupas térmicas, itens de primeiros socorros e alimentos, volte ao Brasil na quinta-feira. Cerca de 28 brasileiros estão no país, e outros 150 saíram da região e foram para países vizinhos, como a Polônia e a Romênia. Mesmo com esta notícia, por estar em uma zona de guerra, Claudinho não acredita que voltará ao Brasil tão cedo.
“Não vou para o Brasil nesta oportunidade porque não conseguiremos alcançar a fronteira. Estamos em uma região de conflito, é muito arriscado viajar agora sem um cessar-fogo, e vamos permanecer aqui, até porque não temos carona para viajar até a fronteira, não tem trem e ninguém pode levar a gente. Por enquanto, estamos aqui em segurança”, comentou.
A guerra entre a Ucrânia e a Rússia entrou hoje no 12º dia. Claudinho espera que haja um cessar-fogo o mais rápido possível. “Nós temos esta expectativa porque estamos há 12 dias em guerra e é muito triste. A população está morrendo, muita gente está passando fome e frio, crianças estão nas ruas sem os pais devido aos ataques. Não é possível que eles (políticos) não estejam vendo isto, que eles não sintam a dor dos outros. Esperamos que isto acabe o quanto antes, oramos para que isto aconteça”, finalizou.