Suspeito seria namorado de uma estudante de direito, que também está presa acusada de ser mandante do crime ocorrido em Guarapuava

Da Redação, com informações G1 e Rede Sul de Notícias

O homem acusado de atirar no motorista de ônibus de Prudentópolis, José Luiz Marcondes, de 37 anos, que morreu após ser baleado no estacionamento de uma faculdade particular de Guarapuava, no dia 15 de maio, foi preso na terça-feira, 5. O suspeito identificado como Edison de Souza, 31 anos, seria namorado da estudante de direito, Carolyne Thais Trevisan Pereyra, suspeita de ser mandante do homicídio. A jovem, de 25 anos, foi detida no dia 16 de junho e permanece à disposição da justiça. 

Segundo a Polícia Civil de Guarapuava, Edison deve responder por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e morte com emboscada. Zé Luiz como era conhecido foi alvejado com dois disparos, sendo um nas costas e outro no abdômen. O motorista chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho da Urgência Municipal de Guarapuava. O laudo médico indica que os tiros partiram de um revólver calibre 22.

Edison foi preso na Avenida Manoel Ribas, no bairro Bonsucesso, em Guarapuava. Ele estava em veículo Escort, que foi abordado logo após deixar uma farmácia nas proximidades do trevo do cavalo. Ao observar a presença da viatura policial, o motorista do carro ainda tentou fugir dando marcha ré no veículo. No entanto, o veículo foi interceptado pelos policiais.  O motorista e o irmão de Edison, que também estava no carro foram presos. Ambos foram levados até a Delegacia de Polícia Civil de Guarapuava e serão investigados, para saber se também tiveram participação no crime.  

Edison, conhecido como Gambá, estava foragido da cadeia de Guarapuava desde abril de 2012. Ele cumpria pena por furto, informou a polícia.

A polícia ainda investiga se Edison de Souza é o autor dos disparos que mataram Zé Luiz. “Nós ainda estamos apurando qual o real envolvimento da estudante e do suspeito no homicídio”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Alexandre Rorato Maciel.


 Crime

O crime pode estar relacionado a um acidente de trânsito que ocorreu no estacionamento da universidade, no dia 13 de março. Na oportunidade, Zé Luiz manobrava um ônibus que transporta estudantes universitários de Prudentópolis, quando colidiu em um veículo Citroen prata, que seria da estudante de direito Carolyne Thais Trevisan Pereyra. A suspeita ficou revoltada com o acidente e procurou o motorista e o dono da empresa para que pagassem o concerto do veículo. Ambos, porém, não aceitaram fazer o pagamento, pois acreditavam que o valor pedido, cerca de R$ 3 mil, era injusto e que a suspeita também teria contribuído com o acidente por estacionar em local inadequado.

Após o fato, o motorista teria recebido ameaças da estudante e do seu namorado, que seria Edison de Souza, por meio de mensagens de celular e ligações telefônicas. A jovem chegou a enviar mensagens para colegas de faculdade perguntando se conheciam “alguém que mataria por dinheiro”. Apesar das ameaças, nenhuma pessoa presenciou o crime.

Em seu primeiro depoimento, a suspeita ocultou a identidade de seu namorado, alegando que o seu companheiro seria outra pessoa, que nada teria a ver com o caso.

A estudante foi presa em junho depois que um dos investigadores do caso solicitou que ela comparecesse na delegacia para prestar depoimento a respeito do homicídio. Quando o crime ocorreu, ela já havia prestado depoimento à polícia, mas acabou sendo liberada.

Assim como Edison de Souza, Carolyne também responde por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por morte com emboscada. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.