Rebelião foi encerrada por volta das 19h deste domingo (7), diz Seju.
Detentos renderam três agentes carcerários quando recebiam o almoço.
Do G1 PR, em Guarapuava
Depois de 9 horas, a rebelião na cadeia pública de Guarapuava, foi encerrada por volta das 19h deste domingo (7). De acordo com a Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Seju), três agentes carcerários foram feitos reféns. Eles foram liberados pelos detentos no mesmo horário. Ainda conforme a Seju, não houve feridos e as celas não foram danificadas.
Os detentos reivindicavam melhores condições na cadeia e transferências para outras cadeias e penitenciárias do estado. A cadeia pública de Guarapuava foi projetada para abrigar 166 detentos entre homens e mulheres, porém, estava com 301 quando a rebelião começou. As negociações começaram às 11h30 com dois promotores e com o delegado Alexandre Rorato Maciel. Os presos exigiram a presença de um advogado para seguir com as negociações de transferência. Segundo a Seju, um advogado de Curitiba que representa os detentos chegou a Guarapuava ainda na tarde deste domingo e auxiliou nas negociações.
A Seju também informou que dez presos foram transferidos ainda neste domingo para a Penitenciária de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Além disso, entre terça (9) e quarta-feira (10), mais 29 detentos homens e 35 presas mulheres também serão transferidos para a Penitenciária de Piraquara, de acordo com a pasta.
A Seju informou ainda que a Polícia Militar (PM), juntamente com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), fará uma vistoria geral em todas as alas na segunda-feira (8). Neste domingo, não foram encontradas armas de fogo com os presos, apenas armas artesanais confeccionadas pelos próprios detentos.
Segundo a PM, os agentes carcerários foram rendidos por um grupo pequeno de detentos quando entregavam o almoço para os presos. Após renderem os agentes, os presos foram abrindo as celas e liberando outros presos. Durante a rebelião, a área no entorno da cadeia pública foi isolada pela Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) permaneceram no local.