Criadores devem vacinar todos os bovinos e bubalinos até 30 de novembro
Paulo Henrique Sava
© Divulgação
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) lança neste sábado, 1º, a segunda etapa de vacinação contra Febre Aftosa, que vai até o dia 30 de novembro.
Em entrevista a Najuá, a médica veterinária e fiscal agropecuária da ADAPAR, Cristina Barra do Amaral Bittencourt, disse que os criadores devem vacinar todo o rebanho de bovinos e bubalinos, desde os recém-nascidos até as vacas, bois e búfalos adultos.
Ela explicou que, para fazer a compra e a comprovação da vacinação, o produtor deve levar o cartão que recebeu no momento em que adquiriu a primeira dose da vacina e deve verificar todos os animais existentes em sua propriedade.
“Ele deve fazer uma anotação dos animais para não esquecer, deve levar o cartão do produtor, a relação dos animais existentes e uma caixa de isopor para adquirir a vacina”, afirmou.
De acordo com Cristina, com os documentos, as anotações e a caixa de isopor em mãos, o produtor deve procurar uma casa agropecuária de sua preferência e adquirir a vacina. Ela afirma ainda que, com o cartão do produtor em mãos, o próprio funcionário da loja agropecuária fará a comprovação da vacinação pela internet, repassando todos os dados diretamente para a ADAPAR.
Segundo a médica veterinária, caso o criador não tenha o cartão do produtor, ele deve procurar a sede da ADAPAR, que funciona junto ao escritório regional da SEAB, na Rua Doutor Correia, 100.
“Alguns produtores de outros municípios, como Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro, ainda não receberam o cartão. Eles devem nos procurar primeiro para a gente regularizar esta situação e para que eles possam fazer a compra da vacina”, pontuou.
Em último caso, se o cadastro do criador ainda não estiver informatizado, ele deverá comprar a vacina de qualquer maneira e fazer a comprovação manualmente, preenchendo o comprovante de vacinação.
Conservação e aplicação da vacina
© Paulo Henrique Sava
Médica veterinária e fiscal agropecuária da ADAPAR, Cristina Barra do Amaral Bittencourt
Cristina explicou que o produtor deve conservar a vacina em um refrigerador, em temperatura entre 2 a 8 graus. “Ele não pode congelá-la, pois a vacina pode estragar, e nem pode aquecê-la, porque a vacina é muito sensível e pode perder o seu valor”, afirmou.
A veterinária explica que, no momento da aplicação das doses, o produtor deve utilizar seringas e agulhas esterilizadas e fervidas, para evitar que haja qualquer tipo de contaminação dos animais.
Movimentação dos animais
Cristina comenta que existem alguns prazos para a possibilidade de movimentação dos animais após a vacinação. “Por exemplo, os bezerros de primeira vacinação somente podem ser movimentados 15 dias depois de terem recebido a dose; os bezerros de segunda dose (desmamados) somente podem ser movimentados sete dias depois da vacinação; os animais de terceira dose em diante têm trânsito imediato, bastando estar em dia com a vacinação”, ressaltou.
Área livre
Atualmente, o Paraná é considerado área livre de febre aftosa com vacinação, mas os esforços estão sendo intensificados para que, assim como o estado de Santa Catarina, também conquiste o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de área livre de febre aftosa sem vacinação.
“Existem algumas exigências pela OIE, que são a formação de algumas barreiras, a vigilância epidemiológica, e a questão de se atingir 100% dos vacinados, o que, enquanto a gente não melhorar os índices, não vai conseguir”, frisou.
Prazo
Cristina afirmou que, se a comprovação não for feita até o dia 30 de novembro, além de vacinar o gado, o criador terá que pagar uma multa de R$752,80.
Caso ele perca o prazo da campanha, deve comparecer a sede da ADAPAR para pegar uma autorização de compra da vacina, que não é vendida fora do prazo de campanha sem este documento.
Sugestão de correção