Água está sendo despejada em tanques sem proteção. Com isso, as substâncias químicas atingiram a vegetação
Da Redação, com reportagem RPC/TV
O ano nem terminou, mas as denúncias de poluição ambiental já triplicaram em comparação ao ano passado na região dos Campos Gerais. Na terça-feira, 29, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Polícia Ambiental encontraram irregularidades em uma fábrica de papel em Palmeira.
Reportagem exibida no telejornal RPC/TV- segunda edição mostra que a água e o solo podem estar contaminados. A água cinza que vem da fábrica é despejada em tanques sem proteção. Com as chuvas recentes, os lagos transbordaram. Desta forma, as substâncias químicas atingiram a vegetação ao redor. “Toda essa água está indo diretamente para o solo. Pode provocar a poluição do lençol freático”, diz o sargento Jonas Grossi, da Polícia Ambiental.
O IAP flagrou funcionários da empresa cobrindo uma tubulação recém construída, que termina no rio do Salto. Do cano sai água suja, que chega a fazer espuma e marchar à correnteza. Uma amostra da água foi coletada para saber se há substâncias poluentes. Esse material deve ser levado para Curitiba e o resultado da amostra deve ser divulgado em 30 ou 40 dias. A Polícia Ambiental encaminhou o caso ao Ministério Público (MP).
O gerente administrativo da fábrica de papel explica que a substância despejada nos tanques e no rio é pouco poluente. Segundo ele, a empresa não fez as adequações necessárias porque não tem dinheiro. “A gente procurou aumentar a produtividade, aumentar nossa carteira de clientes, melhorar a qualidade, mas consequentemente os projetos já estavam andando. Tudo é difícil, demorado, nós temos projetos quase concluindo para realmente abandonar aquela lagoa e aquele passivo nós vamos ser responsáveis em sanar ele”, prometeu João de Lara.