Celulares são apreendidos dentro de panelas em cadeia de PG

Situação aconteceu na cadeia pública de Ponta Grossa‘Precisando das panelas, pois situação está precária’, diz…

12 de novembro de 2014 às 15h16m

Situação aconteceu na cadeia pública de Ponta Grossa
‘Precisando das panelas, pois situação está precária’, diz bilhete de detento.

Do G1 PR, em Ponta Grossa

Os agentes penitenciários da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, encontraram quatro celulares colocados em fundos falsos de panelas, nesta segunda-feira (10). De acordo com a direção do presídio, a desconfiança surgiu depois que um preso mandou um bilhete para os agentes solicitando a entrega das duas panelas. A mãe dele teria deixado os objetos na sexta-feira (7), mas que ainda não havia passado pela triagem.

Segundo a direção, o bilhete do preso dizia: “Estamos precisando das panelas, pois a situação das que estão aqui é precária. Ontem [domingo] estava difícil fazer o alimento para a visita. Tivemos que emprestar dos outros barracos [barracões] e demorou pra sair o almoço, pois tivemos que esperar eles usarem para daí emprestar. Minha mãe ficou de trazer sexta e tenho certeza que ela trouxe, pois estava escrito em minha sacola”.

O recado despertou a curiosidade dos agentes penitenciários, que trataram de analisar os materiais. Durante a verificação, uma parte da panela amassou ao ser tocada com mais força. Como ela é feita de um material mais resistente, os agentes suspeitaram que as panelas tivessem sido modificadas. Na sequência, elas foram abertas com uma serra elétrica. Os celulares estavam envoltos por uma camada de espuma, havendo dois em cada panela.

Ainda de acordo com a polícia, o detento que iria receber os celulares está na cadeia desde 1º de outubro acusado por tráfico de drogas. Ele vai ser isolado até que o caso seja apurado. Além disso, o preso vai responder por uma sanção disciplinar.



Apreensões

Até esta segunda-feira, já foram apreendidos 77 aparelhos celulares na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, segundo informou o vice-diretor Rodrigo Furman. Em 2013, foram apreendidos cerca de 500 celulares. “Adquirimos certa experiência nas apreensões. Hoje é preciso de uma alternativa diferente para fazer o celular chegar aqui dentro”, explica. A última apreensão de celular aconteceu em julho. O aparelho foi encontrado no fundo do tênis do filho de um preso, que chegava para fazer visita.



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