Ele estava preso no Corpo de Bombeiros desde quarta (19), no Paraná.
Gaeco investiga mais 3 funcionários da Diocese por desvio de dinheiro.
Do G1 PR, em Guarapuava
O padre da Mitra Diocesana de Guarapuava, suspeito de desvio de dinheiro, foi solto no fim da tarde desta sexta-feira (21). Ele estava preso temporariamente no Corpo de Bombeiros desde quarta-feira (19), data em que a Operação Sacrilégio foi deflagrada. Além do padre, mais três funcionários da Diocese estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo as investigações, o grupo se apropriou de recursos do setor de Obras da Mitra Diocesana, órgão responsável por construções para a Igreja Católica na cidade. Os suspeitos apresentaram notas frias e superfaturadas na prestação de contas. “Por exemplo: o serviço tinha um valor e a igreja estava pagando duas vezes a quantia por ordem de alguém de lá de dentro. Ainda não sabemos para quem ia o dinheiro desviado”, explica o promotor do Gaeco Vitor Hugo Honesko.
Ainda durante a Operação Sacrilégio, foram expedidos sete mandados de busca e apreensão, cumpridos nas casas dos investigados, no setor de documentação da Mitra e em uma empresa, que seria a responsável por emitir as notas fiscais frias. Outras pessoas também foram convocadas a prestar declarações na sede do Gaeco, em Guarapuava. As últimas testemunhas foram ouvidas durante esta sexta-feira. As investigações continuam.
O advogado da Mitra Diocesana, Arthur Bittencourt, declara que as investigações não comprovam as irregularidades apontadas pelo órgão. “As informações que foram levadas até o Ministério Público são um tanto quanto sem fundamento, sem provas concretas. Não existe nada palpável”, alega.
Apesar da declaração do advogado, a Mitra Diocesana de Guarapuava informa que vai colaborar com as investigações e espera que os fatos sejam totalmente elucidados. A Diocese ainda afirma que, se houver provas do desvio de dinheiro, os envolvidos devem ser responsabilizados, embora a Mitra acredite e espera que “os fatos não passem de denúncias caluniosas”.