Secretaria de Cultura confirma apoio à retomada do Teatro da Paixão

Grupo São Francisco resolveu adiar a retomada da tradicional encenação da Paixão de Cristo para…

15 de janeiro de 2015 às 12h41m

Grupo São Francisco resolveu adiar a retomada da tradicional encenação da Paixão de Cristo para 2016, pois não teria tempo hábil para refazer figurinos e cenários

Edilson Kernicki, com reportagem de Rodrigo Zub e Paulo Henrique Sava


A secretária de Cultura, Patrimônio Histórico e Legado Étnico, Claudete Basen, comentou aos microfones da Najuá, durante participação no Meio Dia em Notícias desta segunda (12), que desde o início da gestão, se sabia que a retomada do Teatro da Paixão de Cristo dependia da criação e organização através do Grupo de Teatro São Francisco e que há uma cobrança grande da população para que ele volte a ser realizado.

Claudete, no entanto, afirma que o Teatro da Paixão independe da administração pública e que, em todo o caso, compete à Prefeitura apoiar a realização do evento. “Mas é impossível a administração pública realizar esse espetáculo”, comenta. A secretária, que também é integrante de outro grupo de teatro, o Ir a Ti, da Unicentro, compara que montar uma peça com dez participantes já é complicado. 
“Imagina então montar um espetáculo com 400 voluntários”, complementa.

A secretária observa que, ainda que o resgate do Teatro da Paixão seja promessa de campanha do prefeito Odilon Burgath, ele depende, sim, do envolvimento da comunidade. Claudete disse que, em reuniões feitas junto ao grupo, a Prefeitura tem buscado estimular a retomada do teatro.

Entretanto, ela ressalta que o apoio da Prefeitura Municipal permanece e, ainda que a retomada tenha sido adiada para 2016, ela sugeriu ao diretor do grupo de teatro São Francisco, Célio Marcos de Oliveira (Quinho), que as reuniões não parem, até mesmo porque os trabalhos de montagem da peça devem levar meses, conforme o próprio diretor revelou na semana passada, em participação no programa Meio Dia em Notícias.

Claudete sugere que o grupo, desde já, comece a trabalhar a composição do texto, separe as comissões e prepare o figurino, até porque o grupo não possui mais nenhum material – incluindo figurinos e cenários – após sete anos de inatividade. “Acho que os ensaios deveriam começar ainda esse ano, porque as pessoas se animam e passam a agregar ao grupo. Se deixar para fazer os ensaios só no ano que vem, corre-se o risco de não haver tempo hábil novamente”, opina.

“Nosso apoio continua, se a equipe nos procurar, por exemplo, para fazer o cenário, vamos ver como a Prefeitura pode contribuir, com mão de obra, de repente até com madeira, ou com tecido. Nosso apoio está firme”, afirma. A secretária relata que o apoio que a Prefeitura pode fornecer é através de materiais e de mão de obra. Repasses financeiros diretos não seriam considerados lícitos. “Por exemplo, no momento da apresentação, apoiaríamos com infraestrutura, como palco e som, como foi no 21º Festival de Dança Ucraniana”, explicou.

A secretária destaca que é função do gestor público facilitar as manifestações artísticas e culturais e que, portanto, todos os projetos que são apresentados à Secretaria Municipal de Cultura são analisados pela equipe, com a função de apoiar a difusão da arte através dos agentes culturais locais. “Há grande interesse da Prefeitura em apoiar a realização do Teatro da Paixão, visto que é um espetáculo maravilhoso”, salienta.

Outro apoio que o município pode dar, enquanto a nova montagem da peça está em fase de reuniões para organizar o grupo, seria divulgar através dos meios disponíveis, como as redes sociais, os convites para que os interessados em participar do grupo de teatro venham às reuniões.

Claudete relata que o grupo teria ficado muito satisfeito com a oferta de apoio feita pela Prefeitura Municipal e que a ausência desse mesmo apoio em gestões anteriores teria desestimulado o grupo a manter os trabalhos, que eram subsidiados através de patrocínios comerciais e com arrecadação de fundos por eventos paralelos, como bingos.

Além do trabalho social desenvolvido pelo espetáculo, com a arrecadação de alimentos para instituições de caridade, o resgate do Teatro da Paixão atende também a dois outros interesses: estimular a cultura local, em especial no que tange às artes cênicas, e atrair pessoas de outras cidades e regiões, impulsionando o turismo. 

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