Clientes formaram filas para não ficar sem abastecimento
Paulo Henrique Sava
A falta de combustíveis provocou uma verdadeira corrida de motoristas aos postos de Irati. Dos estabelecimentos visitados pela reportagem da Najuá na manhã desta quarta-feira, 25, em pelo menos três deles havia apenas gasolina aditivada. Em outros dois postos os estoques de etanol, gasolina comum e aditivada já haviam acabado. Apenas um posto estava completamente abastecido.
De acordo com funcionários dos postos, ainda não há uma previsão de quando os estoques serão renovados, uma vez que os caminhões estão sendo retidos nos pontos de bloqueio das rodovias provocados por caminhoneiros que estão em greve.
Nos postos que ainda tinham combustíveis, havia filas de clientes esperando para garantir o abastecimento dos automóveis. A reportagem da Najuá conversou com alguns destes motoristas. Muitos deles aproveitaram para encher o tanque.
“Tem que encher o tanque, não dá para ficar a pé”, relatou o motorista Ediclei Machinski.
Flávio José Dalazuana afirmou que não tem como encher o tanque por conta do último reajuste do preço dos combustíveis. “Vamos colocar para a semana, porque completar está meio difícil com a crise do dinheiro”, ressaltou.
{JIMG0}O motociclista Marcos de Oliveira disse que abasteceria sua moto para poder trafegar com ela a semana toda. “Vou colocar 30 reais para andar a semana toda”, comentou.
De acordo com funcionários de postos que ainda dispunham de combustíveis nesta quarta-feira, devido à grande procura, os estoques poderiam acabar ainda pela manhã. Na maioria dos estabelecimentos, havia apenas óleo diesel a disposição. Poucos postos ainda dispunham de gasolina nesta quarta-feira.
Clientes de Fernandes Pinheiro ainda podem abastecer os carros com gasolina. Em Teixeira Soares, motoristas formaram filas no único posto da cidade que ainda tinha combustíveis nesta manhã.
Em Rebouças, havia gasolina em apenas um posto da cidade.
Outras cidades
A falta de combustíveis provocada pelos bloqueios das rodovias estaduais e federais do Paraná levou prefeituras do sudoeste a suspender o transporte escolar por tempo indeterminado. Em Santo Antônio do Sudoeste, 1.700 alunos estão sem aulas desde segunda-feira, 23. Já em Realeza, mesmo sem transporte as aulas continuam e os estudantes prejudicados terão de repor as aulas quando o serviço for normalizado.
A Prefeitura de Ponta Grossa informou que o parque de máquinas começou a racionar o combustível dos veículos da frota municipal. A decisão, segundo a prefeitura, é por causa do risco de desabastecimento causado pelo protesto de caminhoneiros no estado. A frota tem cerca de 200 veículos, entre automóveis e máquinas.
Protestos
Os protestos dos caminhoneiros no Paraná tiveram início no dia 13 e ganharam força depois do carnaval. Com os bloqueios nas estradas, veículos de carga são impedidos de seguir viagem, prejudicando o abastecimento em especial na região sudoeste, principal ligação entre o restante do estado e o sul do país. Em algumas cidades, além dos combustíveis, cujo preço do litro da gasolina chegou a R$ 5, começam a faltar medicamentos e alimentos.
A categoria reivindica por melhores estradas, redução do preço dos combustíveis e mudanças na tabela do frete para que seja cobrado por quilômetro rodado, não mais por viagem. Os caminhoneiros também são contra os altos preços do pedágio e dos impostos.
Representantes do sudoeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina propõem ainda carência de seis meses a um ano para os financiamentos de veículos de carga e aposentadoria integral aos motoristas profissionais com 25 anos de contribuição.
A Prefeitura de Ponta Grossa informou que o parque de máquinas começou a racionar o combustível dos veículos da frota municipal. A decisão, segundo a prefeitura, é por causa do risco de desabastecimento causado pelo protesto de caminhoneiros no estado. A frota tem cerca de 200 veículos, entre automóveis e máquinas.
Protestos
Os protestos dos caminhoneiros no Paraná tiveram início no dia 13 e ganharam força depois do carnaval. Com os bloqueios nas estradas, veículos de carga são impedidos de seguir viagem, prejudicando o abastecimento em especial na região sudoeste, principal ligação entre o restante do estado e o sul do país. Em algumas cidades, além dos combustíveis, cujo preço do litro da gasolina chegou a R$ 5, começam a faltar medicamentos e alimentos.
A categoria reivindica por melhores estradas, redução do preço dos combustíveis e mudanças na tabela do frete para que seja cobrado por quilômetro rodado, não mais por viagem. Os caminhoneiros também são contra os altos preços do pedágio e dos impostos.
Representantes do sudoeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina propõem ainda carência de seis meses a um ano para os financiamentos de veículos de carga e aposentadoria integral aos motoristas profissionais com 25 anos de contribuição.