Manifestantes queimam pneus e impedem o tráfego, no sentido Guarapuava
Rodrigo Zub, com reportagem de Elio Kohut
Caminhoneiros fecharam às 15h desta quarta-feira, 25, o quilômetro 263 da rodovia BR-373, em Prudentópolis. Cerca de 300 pessoas participam do protesto. Os manifestantes queimam pneus e impedem o tráfego, no sentido Guarapuava. Com isso, o acesso as vias marginais da rodovia estão bloqueados.
Apenas veículos com carga estão sendo parados pelos caminhoneiros. Ônibus, ambulâncias, carros de passeio e transportadores de cargas consideradas perigosas trafegam normalmente pela rodovia.
Um dos líderes da manifestação, o caminhoneiro Edmilson Muller, afirmou a reportagem da Najuá que o bloqueio deverá ser interrompido no período da noite. Contudo, os manifestantes devem retomar o protesto a partir da manhã de quinta-feira, 26.
Edmilson também disse que o movimento deve seguir por tempo indeterminado, ou seja, até que as reivindicações dos motoristas sejam atendidas. “Espero que seja por tempo indeterminado, é muito roubo no País, roubo na Petrobrás, os caminhoneiros que estão pagando por isso. O pedágio está muito caro, óleo diesel muito caro, frete a R$ 10, se nós não pararmos o Brasil vai continuar essa roubalheira toda”, complementou.
Fotos do bloqueio em Prudentópolis
51 pontos de bloqueio no Paraná
Os bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros, que protestam há oito dias, cresceram no Paraná e no Brasil nesta quarta-feira. Em todo o país, já são 12 os estados com manifestações. No Paraná, os pontos de bloqueios subiram de 46 para 51 no começo da manhã, com a ampliação dos protestos nas rodovias estaduais (de 26 para 32). Ao longo do dia, 14 trechos interditados em rodovias estaduais foram liberados, restando 23 pontos de bloqueio final da tarde desta quarta.
Caminhoneiros pedem redução de R$ 0,50 no preço do óleo diesel
Empresários, representantes do governo e trabalhadores estão reunidos desde as 11h desta quarta-feira, 25, para tentar chegar a um acordo que dê fim à greve dos caminhoneiros. O encontro ocorre no Ministério dos Transportes. Ivar Luiz Schmidt, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte, disse, ao chegar ao Ministério, que a principal demanda é reduzir o preço do óleo diesel em R$ 0,50. “Se reduzir, a greve para imediatamente”, garantiu.
Os caminhoneiros também pedem a redução na tarifa do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho, entre outros itens.