Comissão poderá fiscalizar obras nas estradas rurais de Irati

Requerimento apresentado pelos vereadores Hélio de Mello (PMDB) e Rafael Felipe Lucas (PSB) solicita a…

06 de março de 2015 às 14h10m

Requerimento apresentado pelos vereadores Hélio de Mello (PMDB) e Rafael Felipe Lucas (PSB) solicita a criação de uma Comissão de Acompanhamento dos Serviços Rurais no município

Paulo Henrique Sava, com reportagem de Sérgio Popo, do jornal Hoje Centro Sul

{JIMG3}Com a finalidade de acompanhar e fiscalizar o desempenho e a qualidade dos trabalhos executados nas estradas do interior de Irati, em função da grande quantidade de pedidos e reclamações de agricultores e usuários do transporte escolar, os vereadores Hélio de Mello (PMDB) e Rafael Felipe Lucas (PSB) apresentaram um requerimento conjunto solicitando a criação de uma Comissão de Acompanhamento dos Serviços Rurais no município. 

De acordo com Rafael, a comissão fará uma fiscalização da documentação e da parte legal dos serviços realizados pelo município. Durante explanação na Tribuna Livre, na sessão do legislativo do dia 2 de março, Rafael comentou o requerimento. “Esta comissão é um primeiro passo para que a gente possa estender um trabalho de investigação de quanto está sendo gasto, quais empresas estão entrando no processo, se o maquinário é próprio, se existe empresa contratada, quanto tempo ela está trabalhando por dia e por mês. Nós precisamos ter acesso a essa documentação, pois já está mais que na hora de a gente conseguir começar um relatório. Já foi metade da gestão, e com este tempo, nós já temos bastante subsídio para que esta casa possa investigar com mais afinco esta questão”, destacou.

O vereador enfatiza que a população do interior gera muita riqueza para o município. No entanto, ele ressalta que as condições das estradas contribuem muito para a desvalorização principalmente dos terrenos nas comunidades.

“A falta de manutenção das estradas rurais contribui muito para que as pessoas tenham deixado de ter vontade de comprar um terreno nestas comunidades. Numa única sessão, foram citadas sete ou oito comunidades, entre elas Linha B de Gonçalves Junior, Campina, Canhadão, Empossados e Pirapó. Não tem como a gente duvidar de ninguém, nós ouvimos as pessoas e andamos pelas estradas e tem negligenciado o fato de que quase todas as estradas são utilizadas pelo transporte escolar”, complementou.

O vereador Hélio de Mello (PMDB) também utilizou a Tribuna para explicar como será o trabalho desta comissão. “A referida comissão terá condições de se reunir com cada setor da sociedade, como por exemplo, os sindicatos, associações e agricultores, para que elas possam, dentro de uma audiência pública, expressar sua manifestação, seu conhecimento, sua causa naquilo que será discutido e que, com certeza, vai contribuir para auxiliar nos trabalhos”, comentou.

Mello também citou a falta de fiscalização, principalmente com relação ao Código de Posturas do Município, se referindo às construções que vêm sendo feitas e ao espaço utilizado nas calçadas. “As esquinas sendo utilizadas, pedestres andando no meio da rua, motoristas tendo que adentrar na outra faixa ou na preferencial para poder fazer o cruzamento com seus carros, colocando em risco a vida da população, e onde está a fiscalização?”, questionou o vereador.

Outros assuntos abordados

O vereador Antonio Celso de Souza (Xoxolo) (PSD) destacou, em seu discurso, a entrega das casas no Jardim das Américas. Ele também agradeceu aos vereadores e a comunidade pela participação na audiência pública do último dia 25 de fevereiro, que discutiu possíveis soluções para os problemas das enchentes em Irati. “Com este debate, com esta audiência, nós estamos encaminhando através desta casa de leis, e cada um de nós vai buscar recursos em Curitiba e Brasília para ajudar o município”, comentou.

O vereador ainda citou a importante emenda viabilizada pelo ex-deputado federal Eduardo Sciarra, que vai beneficiar a comunidade do Guamirim com a construção de um novo Centro Cultural, além de mencionar também outras importantes obras e conquistas para Irati.

Professora da Unicentro fala da greve na instituição

{JIMG2}Professores da Unicentro e da Rede Estadual de Ensino estiveram presentes mais uma vez na Câmara de Vereadores de Irati na última segunda-feira, 02. Eles pediram que os vereadores buscassem apoio junto à Assembléia Legislativa do Paraná para que as reivindicações da classe sejam atendidas. Antes do início da sessão, os parlamentares conversaram com os professores e reafirmaram o seu compromisso de encaminhar as solicitações para os representantes estaduais.

Representando a Unicentro, a professora Cláudia Regina Magnabosco Martins, utilizou a Tribuna Popular para explicar a situação atual da Unicentro. Ela fez um breve relato dos benefícios que a universidade traz para seus 50 municípios de abrangência, através da realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão, as quais, segundo a professora, proporcionam desenvolvimento social, cultural, econômico, científico e tecnológico para a região.

Ela comentou também que, periodicamente, os municípios recebem visitantes de diversos estados e países para participar dos eventos culturais promovidos pela instituição. “Entretanto, no início de fevereiro de 2015, a comunidade acadêmica da Unicentro foi surpreendida por ações do governo estadual que colocaram em risco não apenas a educação paranaense, nos níveis fundamental, médio e superior, mas também a existência de nossa universidade”, comentou.

{JIMG1}De acordo com Cláudia, a universidade vem sofrendo anualmente com cortes em sua verba de custeio, que é utilizada para pagamento de serviços terceirizados, compra de material, além do pagamento de bolsas, entre outras ações. Segundo Cláudia, estes cortes forçam o sucateamento da universidade.

Além da questão da retirada da pauta de votações da Assembléia Legislativa do Projeto de Lei que altera o plano de previdência dos servidores do estado, a Paranaprevidência, e do pagamento imediato do terço de férias, prometido pelo governo para o dia 31 de março, a questão da autonomia das universidades também está em pauta. 

A professora comenta que, da forma como foi lançada, a proposta não possibilita um debate profundo e amadurecido, baseado em critérios e condições que dariam embasamento para esta autonomia.

Porém, conforme Cláudia, a autonomia não se restringe apenas às questões financeiras, mas também abrange a condição que a universidade tem de manejar suas necessidades e de ser autônoma nas suas decisões pedagógicas ou de qualquer outra ordem.

“Uma universidade não impacta somente economicamente uma cidade, mas também culturalmente, em toda sua condição de veiculação e desenvolvimento de debates, de construção de novas formas de ver a vida e a sociedade, não apenas naquilo que a gente consegue impactar de aluguéis, de restaurantes, de hotéis, mas de toda a circulação de saberes e fazeres que nós podemos e contribuímos para acontecerem em uma cidade”, comentou.

Xoxolo e Hélio de Mello manifestaram seu apoio à Unicentro pelo trabalho feito pela instituição nos municípios da região.

Rafael Lucas também declarou seu apoio à Unicentro. “Nós não queremos nunca que a Unicentro retroceda, mas queremos sim sua expansão e crescimento. Para nós, não é somente a economia, é também o símbolo. Quando a gente é incitado a dizer como é a nossa cidade, a nossa região, quase todos nós dizemos que tem uma ótima universidade, que ajuda muito, damos referências da Unicentro, e as pessoas conhecem a universidade, elas sabem hoje o tamanho da Unicentro e o alcance da universidade”, comentou.


Outros projetos

Na ordem do dia, foram aprovados em segunda votação, os projetos de nº 110/2014, o qual autoriza o Poder Executivo Municipal a promover a venda em leilão de máquinas e veículos reputados como de recuperação antieconômica para os cofres públicos e dá outras providências; nº 112/2014, que cria novos cargos e respectiva remuneração, aumenta número de vagas já existentes, acrescentando ao anexo da Lei 1978/2003, Lei 2098/2004, Lei 2412/2006 e Lei 2714/2008, alterando a Lei 3406/2011 e Lei 3443/2012, e dá outras providências; nº 004/2014, autoriza o Executivo Municipal a abrir um crédito adicional especial, na importância de até R$ 360.000,00 e o nº 007/2015, que autoriza o Executivo Municipal a abrir um crédito adicional especial na importância de até R$ 297.000,00. 

Já o PL nº 006/2015, que autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito adicional especial na importância de até R$ 6.000,00 teve pedido de vistas do vereador Rafael Felipe Lucas aprovado, o qual solicitou vistas pelo prazo de cinco dias para melhor análise do projeto.

Em primeira votação foram aprovados os projetos do Legislativo nº 001/2015, de autoria do vereador Alceu Hreciuk, que denomina a Rua nº 07 do Loteamento São Francisco I, de Rua Justina Stanczyk de Castro e o nº 002/2015, do vereador Rafael Felipe Lucas, que institui a “Campanha Permanente de Informação, Prevenção e Combate à Depressão”, no município de Irati e dá outras providências.   

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