Vereadores voltam a cobrar melhorias nas estradas rurais de Irati

Câmara estabeleceu uma Comissão Especial para acompanhar execução de serviços nas estradas rurais, principal alvo…

19 de março de 2015 às 11h27m

Câmara estabeleceu uma Comissão Especial para acompanhar execução de serviços nas estradas rurais, principal alvo dos requerimentos apresentados pelos vereadores há muitos anos

Edilson Kernicki, com colaboração de Sergio Popo/Hoje Centro Sul

Ordem do Dia

Aprovados em segunda votação, e seguem para sanção do Executivo, os seguintes projetos de lei:

– PL 009/2015: autoriza o Executivo Municipal a abrir um crédito adicional especial de até R$ 100;

– PL 010/2015: autoriza crédito adicional suplementar de até R$ 90 mil;

– PL 011/2015: autoriza o Executivo Municipal a conceder subvenção ao Asilo Santa Rita, na ordem de até R$ 47.628,00;

– PL 012/2015: autoriza o Executivo a conceder subvenção à ASI – Associação Santos Inocentes – Cidade da Criança, de até R$ 110 mil;

– PL 013/2015: autoriza o Executivo a conceder subvenção à SOS Amigo Bicho de até R$ 37,5 mil.

Em primeira votação, aprovados os projetos:

– PL 015/2015: autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito adicional suplementar de até R$ 3 milhões;

– PL 016/2015: autoriza abertura, pelo Executivo Municipal, de crédito adicional especial de até R$ 38,3 mil;

– PL 017/2015: autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito adicional suplementar de até R$ 955 mil.

Do Legislativo, em primeira votação, foi aprovado o PL 003/2015, de autoriza do vereador Emiliano Gomes (PSDB), que declara de Utilidade Pública no Município de Irati a Associação Coral Iratiense – ACI.  

{/block} Justificativa da grande maioria dos requerimentos apresentados pelos vereadores nas sessões ordinárias nos últimos anos, a manutenção das estradas rurais de Irati voltou a ser o assunto central dos discursos proferidos durante a Palavra Livre na sessão da Câmara desta segunda (16). Há algum tempo, os vereadores têm enfatizado a necessidade de recuperar as condições de trafegabilidade em vários trechos das estradas rurais, diante do risco de prejuízos aos agricultores e também para garantir o acesso dos moradores dessas regiões a serviços essenciais como saúde e educação, por exemplo. Pelo menos três vereadores aproveitaram seu espaço na tribuna para tocar no assunto.

O peemedebista Hélio de Mello subiu à Tribuna e citou duas reuniões de que participou na semana passada. A primeira delas na segunda (9), na Associação dos Funcionários Públicos Municipais, com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (Conder), da qual também participaram os colegas Alceu Hreciuk (PT) e Antonio Celso de Souza (PSD). Mello comentou que o Conselho, apesar do empenho e dos esforços em manter a representatividade das comunidades, corre o risco de definhar com o passar do tempo, pela ausência de respostas do poder público aos pedidos que são feitos. No entanto, o vereador destacou que, nessa reunião, pôde notar o interesse e preocupação da comunidade em superar as dificuldades enfrentadas pelo povo do interior.

Na quinta (12), Mello, Souza e Hreciuk, além do vereador Rafael Felipe Lucas (PSB), participaram da reunião no Sindicato Rural, que também teve a presença do prefeito Odilon Burgath. Conforme o vereador, na oportunidade, o Sindicato apresentou solicitações feitas pelos agricultores, protocolos feitos há dois ou três anos. “Denúncias, inclusive, e questões de abuso de poder dos próprios funcionários, em questões como utilização do próprio maquinário. Estamos atentos, com a Comissão criada nessa Casa de Leis, estamos ouvindo os agricultores. Estamos atrás de informações para que possamos, dentro de um período curto, tecer mais comentários sobre a Comissão”, disse.

Mello elogiou a organização da atual administração – segundo ele, pela primeira vez desde que se tornou vereador – por ter apresentado o projeto do subpátio de máquinas. “A preocupação e angústia dos vereadores, nós sentimos na pele. A forma como eles comentavam e argumentavam. Teve mãe que chegou a chorar com a dificuldade de acesso ao transporte escolar dos seus filhos”, pontuou.

O vereador relatou que a reunião no Sindicato estava repleta de agricultores, alguns até com mais de 70 anos. Segundo ele, o salão estava cheio, ainda que vários agricultores estivessem ausentes em função da safra da soja. “Durante as duas reuniões, em especial na última, percebi que os agricultores não saíram convencidos das soluções. Precisamos dar uma resposta para esse povo do nosso interior”, disse. Ainda segundo ele, se esses moradores resolverem abrir ação contra o município por danos ao patrimônio, em função do desgaste dos automóveis que transitam pela estrada Irati-Gonçalves Júnior, por exemplo, seria enorme a despesa.

Mello falou que, durante a reunião, o prefeito teria dito que, o secretário da pasta estaria doente e colocado a vaga à disposição do Executivo e que, portanto, nos próximos dias, deve ser substituído. “Esperamos que o novo secretário e seus fiscais conheçam as estradas e onde fica Palmital, Arroio Grande, Pinho de Baixo e tenham uma noção dos carreiros do nosso município”, alfinetou. O vereador falou ainda da dificuldade de pacientes renais para chegar até a hemodiálise diante da situação dessas estradas. “Nesse sentido, gostaria que fosse olhado com mais carinho e com mais atenção os nossos agricultores e o interior do nosso município”, solicitou.

O tema pautou também a manifestação do vereador Valdenei Cabral da Silva (PDT), que disse estar preocupado e insatisfeito com a situação das estradas do interior. O vereador relatou que ele mesmo, acompanhado do vereador Alceu Hreciuk (PT), atolou o caminhão há cerca de 100 metros da área central do Guamirim, no domingo (15), e disse que chegou a ficar constrangido. 

“Uma senhora passou ao meu lado e disse: se os vereadores estão atolando, imagine nós”, contou. Sobre as reuniões da semana passada, Nei elogiou as Comissões e demonstrou temor de que elas se esvaziem, pelo pouco estímulo que têm recebido, com a falta de respostas efetivas às reivindicações.

“Não estive presente à reunião do dia 12, e agradeço o convite do Sindicato, porque imaginava o que ia acontecer: o Executivo estava lá, acalmava a população, dizia que está organizando o planejamento. Para mim, planejamento é no primeiro ano de mandato. Precisamos de ação”, criticou. O vereador emendou dizendo que a preocupação com o escoamento de safra é um pouco tardio, pois já é a terceira safra desde o início do atual mandato e que os problemas observados são os mesmos das anteriores.

Nei não poupou críticas ao Executivo e cobrou promessas de campanha, como a dos sub-pátios do Guamirim e do Cerro da Ponte Alta. De acordo com ele, durante as prestações de contas de 2014, o prefeito prometia que ainda nos primeiros dias desse ano implantaria os sub-pátios, o que não ocorreu até o presente momento.

SOS Amigo Bicho

Hélio de Mello falou a respeito do PL 013/2015, que autoriza a subvenção no valor de até R$ 37,5 mil à ONG SOS Amigo Bicho, pediu para que se atente ao trecho que cita que o valor é o teto da subvenção (“até R$ 37,5 mil”) e declarou que o melhor seria que a entidade pudesse obter o valor todo numa parcela só. “É uma entidade reconhecida pela nossa cidade, com pessoas envolvidas, que além de zelar e cuidar dos animais, também colaboram até com questões de saúde pública”, congratulou.

José Renato Kffuri (PDT) aproveitou o aparte concedido pelo colega Nei para elogiar o trabalho desempenhado pela SOS Amigo Bicho, ao dizer que é “lindo e magnífico o carinho que vocês têm [pelos animais]”. Na visão do vereador, quando o saneamento e o controle de zoonoses eram competência do Estado (via 4ª Regional de Saúde), as ações de combate à raiva, por exemplo, eram mais efetivas do que depois da municipalização do serviço.

“Há muitos anos testemunho o trabalho da SOS Amigo Bicho, que não é uma entidade de propaganda, mas uma entidade que põe a mão na massa”, comentou o vereador Rafael Felipe Lucas (PSB). Segundo ele, boa parte das pessoas não compreende as condições de funcionamento da entidade, acreditando que basta ligar a eles e que a ONG recebe dinheiro do governo para isso. “Entendemos essa situação difícil e esperamos que vocês consigam crescer ainda mais em estrutura, repasses e tudo o que diz respeito ao poder público. Precisamos ter um pouco mais de respeito com essas entidades que fazem um serviço que a Prefeitura não consegue fazer”, disse o vereador.

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