O prefeito de Ipiranga, Roger Selski (PR), rebateu o conteúdo das investigações listadas em um inquérito aberto pelo Ministério Público. Selski listou falhas na denúncia, que também motivou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Selski afirma que a investigação, que visa “apurar notícia de irregularidade na distribuição de 1.000 cestas básicas e 1.000 cobertores que deveriam ser destinados às vitimas das chuvas que levaram a decretação do estado de emergência do Município de Ipiranga”, contém um primeiro erro, o qual não seriam mil cestas básicas, mas sim 200. O prefeito mostrou um recibo da Defesa Civil no qual atestaria o recebimento destas cestas. 

“Um segundo equívoco é que o estado de emergência foi decretado pelo governo do Estado do Paraná e a distribuição pela Defesa Civil, e não pela prefeitura”, comenta Selski.

O prefeito de Ipiranga ainda aproveitou para questionar alguma ações tomadas pelo Ministério Público no município. “Causa estranheza o Ministério Público não apurar fatos graves, como uma denúncia de um pedido de propina feito por um vereador da cidade, que até agora não se tem resposta”, bradou Selski.

De acordo com o promotor da comarca de Ipiranga, Leandro Cézar Ataídes, em junho do ano passado a cidade foi atingida por chuvas e o município pediu auxílio ao governo do Estado, que teria vindo na forma de mil cestas básicas e mil cobertores. No entanto, o MP constatou que a cidade não foi atingida de forma tão severa pelo mau tempo, sendo que apenas uma casa teria sido prejudicada. Uma CPI na Câmara de Ipiranga também apura as mesmas denúncias e o MP aguarda a conclusão do relatório, que deverá ser encaminhado ao órgão.