Obras na Santa Casa de Irati devem ser retomadas em breve

Projeto de reforma e ampliação do hospital foi paralisado devido aos atrasos de repasses governamentais…

19 de maio de 2015 às 12h29m

Projeto de reforma e ampliação do hospital foi paralisado devido aos atrasos de repasses governamentais

Da Redação

Quase R$ 2 milhões deverão ser investidos no projeto que prevê a ampliação do pronto socorro, da recepção e a construção de um alojamento conjunto para a maternidade da Santa Casa de Irati. No entanto, segundo a direção do hospital, devido à recessão econômica e do atrase de repasses governamentais, foi necessário desacelerar e até mesmo paralisar as obras de reforma e ampliação. Das oito etapas em que a obra se divide, já foram realizadas quatro medições.

“Tivemos uma conversa com o secretário de Saúde [Michele Caputo Neto] e ele nos garantiu que ainda essa semana haverá o repasse dessa quarta medição para que demos continuidade a essa obra, que deve contribuir ainda mais para a melhora do fluxo de atendimento e conseguirmos dividir a emergência e urgência do atendimento eletivo, para que o paciente tenha um conforto maior”, disse o administrador do hospital Sidnei Barankievicz em entrevista no programa Meio Dia em Notícias.

A expectativa da administração da Santa Casa de Irati é que as obras sejam retomadas no prazo entre 10 a 15 dias.

Com a ampliação, será possível melhorar o fluxo de pacientes, macas, cadeiras de rodas e agilizar o credenciamento de pacientes da sala de emergência para sala de exames de tomografias e raio-x.

O projeto ainda prevê a construção de mais um consultório e a ampliação da sala de atendimento para pacientes de emergência. A maternidade teve aumento de 35% nos atendimentos e realiza em média 100 partos por mês via SUS. Devido essa demanda, serão criadas mais cinco enfermarias, com 11 leitos no alojamento conjunto.

Atualmente, o Pronto Socorro da Santa Casa de Irati realiza por mês cerca de 2 mil procedimentos e 460 internamentos pelo SUS. Isso gera grande fluxo de pessoas que acompanham seus familiares ou necessitam dos tratamentos oferecidos pela instituição.

Direção nega paralisação e diz salários estão sendo pagos em dia

Hoje a Santa Casa emprega um quadro de 314 funcionários diretos, além de uma equipe de cerca de 30 médicos plantonistas. O salto em qualidade resultou também num aumento nos custos para manter o hospital, ao passo que os repasses não se ampliaram, analisa Barankievicz. Há três anos não ocorre o reajuste do repasse governamental, conforme ele.

“Houve um pequeno reajuste no programa Mãe Paranaense, mas temos a Rede de Urgência e Emergência, que está sem reajuste há três anos. Do governo federal, em 2014 havia uma possibilidade de sair um reajuste retroativo a agosto, que era o que poderia vir a ajudar, mas isso não ocorreu”, conta.

A falta de reajuste nos repasses governamentais impacta nas finanças da Santa Casa, uma vez que ao passo que não se aumentam as receitas, crescem as despesas, pois anualmente ocorre o dissídio salarial, um aumento entre 8% a 10% nos salários dos funcionários. Já em medicamentos, com reajuste médio de 20%, as despesas são de R$ 180 mil mensais.

Barankievicz também desmentiu a possibilidade de que o hospital venha a paralisar as atividades através de greves de seus funcionários, e assegurou que todos os salários estão em dia.

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