Vereador alega que filho de Gilvan tentou atropelá-lo

Fato ocorreu quando vereador Valdir Krik (PPS) tentou notificar o prefeito afastado sobre a sessão…

03 de junho de 2015 às 11h43m

Fato ocorreu quando vereador Valdir Krik (PPS) tentou notificar o prefeito afastado sobre a sessão extraordinária que será realizada pela CP, que pode culminar com a cassação do mandato de Gilvan

Da Redação, com reportagem de Elio Kohut

A assessoria da Câmara de Vereadores de Prudentópolis divulgou uma nota na tarde desta terça (2) em que relata que o presidente da CP 02/2015, o vereador Valdir Krik (PPS), quase foi atropelado por um carro conduzido por um dos filhos do prefeito afastado, Gilvan Pizzano Agibert, durante tentativa de entregar a ele a intimação para que compareça à sessão de julgamento, marcada para sexta (5), às 13h30.

De acordo com a publicação, o fato ocorreu no interior da chácara da família Ianuch, em Linha Rio dos Patos, junto do acesso à Pousada Ózera. Mais tarde, acompanhado dos vereadores Marcos Vinício dos Santos (PT), relator da CP; Maurício Bosak (PSC) e Marcos Roberto Lachovicz (PPS), Krik foi, em carro oficial da Câmara, até a empresa da família de Gilvan, em Linha Rio dos Patos, a fim de tentar novamente entregar a intimação, mas sua presença não foi confirmada. Um dos vereadores sugeriu, na saída para a BR-373, que visitassem a chácara do ex-secretário de Esportes de Gilvan, Gilmar Ianuch. Lá, foram recebidos pelo próprio Gilmar, que fazia uma ligação ao celular. Enquanto isso, Gilvan estaria entrando na chácara, em uma Ford Ecosport prata, que estava sendo conduzida por seu filho Thiago Agibert.

Conforme o vereador, numa tentativa de se evadir do local e se esquivar da entrega da intimação, Thiago tentou atropelá-lo, retornando à rodovia, em alta velocidade. “Nós estivemos percorrendo a residência do prefeito, mas não fomos atendidos. Daí fomos nos pontos onde ele poderia estar, em sua empresa no Rio dos Patos, que é na parte de papel, mas como não encontramos ninguém lá. Depois se dirigimos até a chácara da família Ianuch e se deparamos com o ex-secretário [Gilmar Inuch] e também com o senhor Pedro [Denczuk Filho]. Em seguida desceu o carro do Gilvan, uma Ecosport, o qual estava sendo conduzido por seu filho Thiago. Tentei me dirigir até o seu veículo para que notificássemos sobre nossa sessão que será na sexta-feira, dia 5. Ao chegarmos ao carro e ver que estava com um papel para assinar, ele [Thiago] jogou o carro e se evadiu do local”, explica Krik.

Vereador registrou BO

Os vereadores que integram a Comissão Processante entendem que Gilvan e seu filho praticaram o ato como forma de intimidá-los. Por isso, logo após o fato, Krik foi até a Delegacia de Polícia Civil de Prudentópolis para registrar um Boletim de Ocorrência (BO), relatando que foi vítima de uma tentativa de atropelamento. Além de registrar o BO, Krik relata que os vereadores comunicaram o fato ao GAECO e às autoridades competentes.

Campana
Depois disso, os vereadores resolveram, novamente, montar campana diante da casa de Gilvan, que está em regime de prisão domiciliar e ali se recolhe à noite, conforme decisão do TJ-PR. “Estamos até agora, 19 h, e vamos aguardar porque ele [Gilvan] tem voltar para a sua residência e não está. Estamos aguardando para que ele seja notificado. Fomos até a Polícia Militar pedir ajuda. Sendo assim, os policiais podem garantir nossa segurança e cobertura nos trabalhos como vereador. Nós não estamos aqui para julgar apenas aguardamos para notificar a pessoa do Gilvan. Se o Gilvan não chegar a sua residência vamos comunicar a justiça, pois ele tem de se recolher conforme sua prisão domiciliar. Já entramos em contato com a justiça”, enfatiza o presidente da CP.

Julgamento

Krik ainda convida os prudentopolitanos para que acompanhem a reunião extraordinária da CP, que pode culminar com a cassação do mandato de Gilvan. Conforme informações da Câmara de Prudentópolis, os vereadores solicitaram policiamento e telão com som, para ser fixado em frente ao prédio do legislativo, já que a via pública será fechada por motivo de segurança. O acesso ao Plenário será limitado a 160 pessoas. “Se for preciso vai ser lido todo o processo que possui 900 páginas. [O Gilvan] terá todo seu direito de defesa. Nós queremos esclarecer, dar transparência e levar a população o fato da denúncia. Nós não estamos aqui para cassar o Gilvan”, finalizou Krik, quando foi entrevistado pela reportagem da Najuá, por volta das 19 h. 

Outro lado

A reportagem da Najuá tentou entrar em contato com Gilvan e Thiago, por telefone, mas ambos não atenderam as ligações até a conclusão desta matéria. A reportagem da RPC conseguiu falar com o advogado de Gilvan, Fabrício Thomé. Ele negou que o filho de Gilvan tivesse a intenção de atropelar o vereador Valdir Krik.

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